Autores
- CAROLINA B L CRUZUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEmail: carolinableite@usp.br
- FABIANO N. PUPIMUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULOEmail: f.pupim@unifesp.br
- GIOVANNY NOVAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEmail: gionovar@usp.br
- CAIO BREDAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEmail: bredacaio@usp.br
- MAURICIO PARRAUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEmail: m.parra@iee.usp.br
- FERNANDA C G RODRIGUESUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEmail: cgrfernanda@usp.br
- PRISICLA E. SOUZAUNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULOEmail: priemerich97@gmail.com
- ANDRÉ O. SAWAKUCHIUNIVERSIDADE DE SÃO PAULOEmail: andreos@usp.br
Resumo
O estudo da evolução de longo-prazo de grandes cadeias de montanhas é tarefa
complexa e dependente de métodos analíticos modernos. Atualmente, métodos
geocronológicos (e.g., datação de zircão) e termocronológicos (e.g., traço de
fissão e U-Th/He) em sedimentos detríticos são as principais ferramentas
utilizadas na quantificação de mecanismos e estimativa do tempo de exumação e
subsidência das cadeias de montanhas e bacias sedimentares associadas. No
entanto, esses métodos dependem de infraestrutura e procedimentos analíticos
caros e que demandam de longo tempo de trabalho. Neste contexto, o presente
trabalho tem como objetivo testar a viabilidade do uso de sinais de
luminescência opticamente estimulada (OSL) e termoluminescência (TL) para
rastrear a proveniência de sedimentos e extrair informações sobre a evolução da
topografia da Cordilheira Oriental Andina, Colômbia. As medidas de sinais OSL e
TL foram realizadas em grãos de quartzo e convertidas para índices de
sensibilidade de luminescência. Foram medidas de 26 amostras de rochas e 15
amostras de sedimentos quaternários e de rios modernos. Os resultados indicam um
domínio de grãos de quartzo com baixa e média sensibilidade. Os grãos com
sensibilidade mais baixa estão relacionados com proveniência sedimentar andina e
os grãos com sensibilidade mais alta com proveniência cratônica. As variações da
sensibilidade de luminescência em rochas que datam desde o Proterozoico até
sedimentos modernos coincidem com incorformidades estratigráficas e podem ser
correlacionadas com dados termocronológicos, contribuindo na identificação de
ciclo de exumação da cordilheira andina e subsidência das bacia de antepaís.
Assim, demonstrou-se que sinais de luminescência presentes em rochas são uma
nova ferramenta, mais rápida e de baixo custo, para registrar proveniência
sedimentar e interpretar a evolução de longo-prazo da topografia.(Projeto
associado FAPESP Grant #2020/11047-1 e PRH 43.1- Geologia do Petróleo,
financiado pela ANP)
Palavras chaves
proveniência sedimentar; sensib. de luminescência; evolução da paisagem