• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

TRANSFORMAÇÕES AMBIENTAIS NA MAIOR PLANÍCIE ALAGÁVEL CONTÍNUA DO PLANETA

Autores

  • GABRIELA ELIDIO DA SILVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: elidio.gabriela@unemat.br
  • FERNANDA ALMEIRA PIRESUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: fernanda.pires1@unemat.br
  • PAULO VITOR BEZERRA DA SILVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: paulo.vitor1@unemat.br
  • MARIA ANDRIELY SILVA VILANOVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: maria.andriely@unemat.br
  • LILIANE STEDILE DE MATOSUNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSOEmail: liliane.matos@unemat.br
  • ERNANDES SOBREIRA OLIVEIRA JUNIORUNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSOEmail: ernandes.sobreira@gmail.com

Resumo

Devido às mudanças climáticas, o Pantanal vem enfrentando um aumento significativo de dias sem precipitação, ocasionando na perda de água e no aumento da seca. Dado que o município de Cáceres é considerado a principal cidade matogrossense abrangida pelo Pantanal, esse trabalho objetivou analisar a dinâmica temporal das áreas úmidas no município de Cáceres/MT, na perspectiva de compreender o atual cenário de incêndios no bioma Pantanal. Para mapeamento das classes: Campo Alagado e Área Pantanosa, Formação Campestre e Corpos Hídricos (rios e lagos), assim como dados de área queimada do município, foram utilizadas imagens do satélite Landsat dos anos de 2010 e 2020, obtidas gratuitamente através da plataforma MapBiomas. Com a análise dos dados notou-se que a classe campo alagado e área pantanosa sofreu uma drástica redução em 10 anos, passando de 5.196,30 km² (2010) para 2.642,72 km² (2020). Em contrapartida, a formação campestre teve um aumento significativo de 3.283,42 km² (2010) para 6.627,06 km² (2020). Já os corpos hídricos tiveram uma redução de 2.283,42 km² (2010) para 1.465,71 km² (2020). Ademais, em 2010 o município teve 312,29 km² de área queimada, aumentando expressivamente para 3.100,59 km² em 2020. Esses resultados evidenciam que à medida em que o campo alagado e área pantanosa secaram, essa área foi sendo substituída pela formação campestre com grande propagação das gramíneas na ocupação da paisagem. Dado que as gramíneas possuem baixa capacidade de alteração do microclima local e retenção de umidade, estas se tornaram um fator facilitador para os incêndios na área analisada, visto que os 1.465,71 km² (2020) de área queimada localizou-se especialmente nas áreas ocupadas pela vegetação campestre. Portanto, destaca-se a preocupação com a mudança da paisagem pantaneira, principalmente com a alteração do ciclo hidrológico de um ambiente regulador ecossistêmico, resultando em impactos nos elementos bióticos e abióticos que o constituem.

Palavras chaves

Mudanças Climáticas; Planície Alagada ; Pantanal

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Apoio

FUNDECT CNPQ IAG Moinho Cultural Sul-Americano Prefeitura de Corumbá

Apoio Institucional