Autores
- MARIANA MASCARENHASUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: marianamascarenhasf@gmail.com
- SERGIO LINS DE CARVALHOUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: sergiolinsdec@gmail.com
- LETÍCIA HAGUENAUER SCAFFA FALCÃOUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: leticiahsfalcao@gmail.com
Resumo
Face a emergência climática, os desastres ambientais estão mais frequentes em
nosso cotidiano, revestido de urgência o desenvolvimento de estudos
transdisciplinares, integrando em sua análise a indissociabilidade física,
biológica, química, social, político e cultural. O município de Angra dos Reis
(RJ), possui um contexto climático e geomorfológico específico, com grande
influência das escarpas serranas próximas ao mar (Serra do Mar) influenciando
nas características climáticas regionais, em especial na distribuição dos totais
e na concentração das chuvas, dada sua capacidade de retenção da umidade que vem
do oceano e dos sistemas transientes de sul. Esse padrão geomorfológico e
climático complexo soma-se ainda ao intenso processo de urbanização do
município, com marcas da fragmentação e segregação: o município possui uma taxa
de urbanização de 96%, população de 169.511 pessoas em 2010, das quais 66.000
pessoas estão diretamente expostas aos riscos de desastres ambientais. Com o
objetivo de avaliar o impacto dos modos de variabilidade climática nos padrões
de deflagração de desastres na área de estudo, dados pluviométricos entre 2013 e
2023 foram submetidos técnica de análise dos boxplots e a identificação de
chuvas extremas ocorreu a partir do percentil 99 e DCU (índice de dias úmidos
consecutivos). Posteriormente esses dados foram confrontados e agrupados a
partir da classificação de eventos ENOS seguindo a NOAA (National Oceanic
Atmospheric Administration). Finalmente, levantamento hemerográfico e de fontes
oficiais auxiliaram na qualificação dos impactos.
Palavras chaves
Angra dos Reis; Eventos Extremos; Pluviometria