Autores
- JADSON COSTA NASCIMENTO JÚNIORUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: jadson.nascimento@discente.univasf.edu.br
- LAIANE DIAS RIBEIROUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: diasribeirolaiane@gmail.com
- LUIZ PAULO CONCEIÇÃO DA SILVAUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: luizpauloconceicao2015@gmail.com
- DANIEL VIEIRA DE SOUSAUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: daniel.vsousa@univasf.edu.br
- JANAINA C. DOS SANTOSUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: janaina.santos@univasf.edu.br
- MARCELO ACCIOLY TEIXEIRA DE OLIVEIRAUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAEmail: maroliv@cfh.ufsc.br
Resumo
Este trabalho tem o objetivo de analisar a formação superficial observada em
trincheira escavada no fundo do Vale da Serra Branca pertencente ao Parque
Nacional da Serra da Capivara (PNSC) - PI. Os estudos de depósitos sedimentares
na região do PNSC permitem compreender a dinâmica paleoambiental e
paleoclimática através da identificação de proxies relacionados à evolução e
mudanças das feições da paisagem. Foi aberta uma trincheira de 8,54 m de
profundidade por 3 m de comprimento e 1,5 m de largura. A trincheira atingiu a
rocha alterada. O reconhecimento da sequência estratigráfica foi feito com base
na textura em campo, cor, tipos de estrutura sedimentares, orientação da
deposição, presença de vestígios orgânicos, atividade biológica e processos
pedogenéticos. Foram identificadas 14 camadas estratigráficas, o topo da
sequência é composto de Horizonte A moderado. Em geral as camadas possuem
textura arenosa com exceção das camadas 7, 8 e 10. A camada 7 possui 12
subcamadas que se alternam entre camadas ricas em matéria orgânica e ricas em
argila. A textura entre média à argilosa. A cor oscila entre 7.5YR 5/1 a 7.5YR
6/1. A camada 8 possui textura argilosa, bioporos, raízes, poucos carvões e
fortes sinais de ambiente redutor, assim como a camada 10 localizada há > 4,30 m
com a cor 5YR 7/1. As camadas de textura arenosa se relacionam a processos
aluviais possivelmente ocorridos em fases climáticas semelhantes a atual. Por
outro lado, a textura argilosa e a presença de níveis estratigráficos de cor
gleizada, indicam ambiente local alagado e redutor, sugerindo cenário
paleoambiental mais úmido com o estabelecimento de ambientes de brejo no fundo
do Vale da Serra Branca. Entretanto, para confirmar esta hipótese são
necessárias datações e estudos micromorfológicos, além do refinamento de estudos
sedimentológicos que estão em curso atualmente. Considera-se que o registro do
perfil estudado indica oscilações pluviométricas interferindo diretamente na
dinâmica ambiental.
Palavras chaves
Estratigrafia; Paleoclimas; Paleossolos