Autores
- MILENA MEDEIROS FREITASUNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - CAMPUS PONTALEmail: milena.medeiros@ufu.br
- KATIA GISELE DE OLIVEIRA PEREIRAUNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - CAMPUS PONTALEmail: katia_gisele@ufu.br
- ANA PALMINA BRAGAUNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA - CAMPUS PONTALEmail: bragaanapz@gmail.com
Resumo
A superfície terrestre adquiriu sua forma por meio de interações complexas, que
atuaram no tempo e no espaço. Tais interações são marcadas por forças internas e
externas que transformaram as dinâmicas naturais das formas do relevo. Buscou-se
através desta pesquisa revisar autores que tratam da evolução do relevo, com
ênfase para os aspectos morfoestruturais, litológicos e neotectônicos. Para a
avaliação morfoestrutural foram empregados uma análise do padrão de drenagem que
expressa as deformações crustais em relação a identificação dos blocos que sobem
e que descem em altos e baixos estruturais. O resultado obtido identifica as
áreas dos relevos residuais ao sul do Município de Ituiutaba como baixos
estruturais em altos topográficos. A base desses relevos residuais, foram no
passado a base para os depósitos flúvios lacustres da Formação Marília Essas
áreas são doadoras de calcário para as demais áreas e foram preservadas na
paisagem pela forte cimentação carbonática.
Palavras chaves
Morfoestrutura; Neotectônica; Relevo; Ituiutaba; Altos e baixos estruturais
Introdução
O relevo, por vezes é responsável pela modificação da paisagem, como as
planícies onde estão presentes as vastas vegetações campestres, o que através da
dinâmica e processos endógenos e exógenos poderão se tornar, morros ou montanhas
abrigando rios e grandes matas. (TRICART, 1977; ROSS, 1996). Por outro lado, a
interação entre elementos físicos e naturais age em conjunto com as forças
internas do Planeta, reestruturando-o. (ROSS, 1996; PEREIRA, 2016).
Os processos de desgaste da estrutura litológica terrestre, com passar
das eras geológicas, deram lugar a uma variedade de morfoesculturas, que
sofreram com a ação da sucessão climática. São formadas de origem pedogenética
ou morfogenética, possuem tamanhos e origens distintas.
Pensando na ação energética dos processos endógenos, formados por movimentação
da crosta terrestre devido à tectônica ativa, as morfoestruturas ainda podem ser
pensadas como processos atuais, que deixam registrados suas alterações ao longo
dos anos. (JOINHAS; JIMENEZ-RUEDA, 2004).
Em um ponto de vista morfoestrutural, podemos identificar indícios de
movimentação tectônica recente, as chamadas neotectônicas. Essas deformações
segundo Saadi (1994) estão diretamente associadas às linhas de fraquezas pré-
existentes, que são rebatidas para a superfície. As falhas em rochas (magmáticas
e sedimentares), evolução associadas ao padrão da drenagem, demarcam as áreas de
erosão e sedimentação em zonas de subsidência ou ascensão, pela sismicidades
associadas às zonas de maior fraqueza. Assim, passa-se a considerar o padrão de
drenagem como referências para identificação do comportamento crustal de alto ou
baixos estruturais a serem considerados para se pensar em uma tectônica atual.
(HASUI, 1990; JOINHAS; JIMENEZ-RUEDA, 2004; PEREIRA, 2016).
Sendo assim, o objetivo deste estudo é fazer uma investigação da evolução do
relevo do município de Ituiutaba-MG, a partir dos sedimentos de formação da
Bacia Sedimentar Bauru, no Maastrichtiano, e das posteriores formações
Adamantina, Marília e Echaporã, além de identificar as diferentes condições
ambientais pretéritas que deixaram registros do passado e sua evolução. Em outro
momento buscou-se identificar através de revisão bibliográfica processos e
efeitos da neotectônica no relevo atual e associá-los a degradação das feições
atuais. Considerando que o estudo sobre as formações do relevo e depósitos
sedimentares na microrregião de Ituiutaba-MG são escassos devido à menor
quantidade de relevos testemunhos, o que mostraria a evolução tectônica do
local. (BATEZELLI, 2003). O município de Ituiutaba-MG, local foco do estudo,
está inserido entre as coordenadas 19º01’37.60” S e 49º33’13.99” W a sudoeste de
Minas Gerais, na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto.
Sua estrutura litológica atual é caracterizada pelos sedimentos da Bacia
Sedimentar do Grupo Bauru (terceira supersequência do segundo grande ciclo de
deposição da Bacia do Paraná), Formação Marília e por basaltos da Formação Serra
Geral, Grupo São Bento (Mesozóico). (BACCARO 1990; PEREIRA, 2016)
Está situada no Domínio dos Chapadões Tropicais do Brasil Central. Sua
geomorfologia é caracterizada por seus relevos residuais, colinas e a presença
de áreas mais aplainadas onde estão presentes principalmente as fitofisionomias
Veredas, instaladas no período Quaternário. (DUTRA; PEREIRA, 2018).
Justifica-se essa pesquisa como importante por resgatar registros de condições
ambientais, climáticas pretéritas e registros espaço-temporais de formação do
relevo da região. Desta forma, atualizará e trará novas informações de registros
paleoclimáticos. Outro ponto a ser abordado por Souza e Batezelli (2018), é
compreender a formação rochosa do solo e sua origem colabora para a resolução de
problemas estratigráficos, tanto em escalas regionais, como em escala locais.
Bem como a identificação e conservação de áreas que hoje possuem baixo potencial
de preservação.
Material e métodos
Ross (1996), esclarece algumas diferenças entre métodos e técnicas de execução
do trabalho. A metodologia em uma pesquisa está diretamente ligada a uma revisão
bibliográfica que norteará os estudos para alcançarem seus objetivos. Sendo
assim, a metodologia consiste em um caminho a seguir para averiguar o problema
ou fato, chegando aos resultados e as considerações.
Sendo assim, esta pesquisa realizou-se por meio de revisão bibliográfica sobre
estudos de paleoambientes do Cretáceo, que são destaques no Triângulo Mineiro,
Pereira, (2016), Ross (1996), Batezelli (2003, 2010 e 2015), Hasui (1990),
Saadi (1993) e Fernandes (2010) pela importância de resgatar as características
bióticas e abióticas dos ecossistemas do passado, uma vez que a mesorregião
abriga vestígios das sedimentações cretáceas presentes no arenito do Grupo
Bauru, além de sua tectônica ainda estar ativa, o que consiste em que a região
está em constante modificação da paisagem até o presente. Compreender esse
passado consegue-se explicar as formas atuais.
O processo metodológico desenvolvido nessa pesquisa teve como foco analisar a
literatura a respeito da litologia, a compartimentação estrutural e topográfica
do município, essa discussão foi pautada na análise dos mapa da morfoestrutura
do Triângulo Mineiro de Batezelli (2003) presente na figura 1, e mapa dos altos
e baixos (MOREIRA, 2019), figura 2 e no mapas hipsométrico, figura 3.
Essa análise consta da apresentação e discussão dos principais aspectos
morfoestruturais e morfotectônicos do município de Ituiutaba – MG e áreas
vizinhas; para tal, utilizou-se de metodologias pertinentes ao sensoriamento
remoto, geoprocessamento e da interpretação da paisagem.
Nos estudos de Gerasimov e Mescherikov (1968 apud LIMA e FURRIER, 2013) foram os
precursores do estudo das morfoestruturas, utilizando-se de análises
geomorfológicas. A interpretação morfoestrutural baseia-se na análise dos
elementos da rede de drenagem (densidade, tropia, sinuosidade e angularidade),
do relevo e de suas relações espaciais (JIMENÉZ-RUEDA et al.,1993). A análise
morfoestrutural permite constatar a presença e o grau de deformação da área,
definindo as estruturas deformacionais (altos e baixos estruturais) e as
descontinuidades estruturais (lineamentos, fraturas e falhas) que as delimitam.
O padrão de drenagem foi adotado por Jimenéz-Rueda et al. (1993), para a
caracterização das anomalias, utilizamos as definições de anelares, radiais,
assimetria, alinhamentos e lineamentos estruturais. Associada a análise do
padrão de drenagem e topografia foi elaborado o mapa estrutural de Ituiutaba,
apresentando os altos e baixos estruturais, sendo os altos, planaltos e terras
mais elevadas em processo de erosão e os baixos as áreas mais baixas
topograficamente, correspondentes às áreas que acolhe sedimentos e água. Os
altos e baixos são relacionados aos altos e baixos topográficos, os baixos
relacionados ao acúmulo de material presente nos solos com características de
material básico, fino e solúvel. Os altos as áreas que perdem esses materiais
finos e fica o material mais friável e erosivo. desta forma, ao avaliar o
processo geomorfológico pode se classificar a área de acordo com o processo
predominante. Essa relação é a base para uma análise morfoestrutural
conjuntamente com a topografia do relevo o que permite predizer as propriedades
de percolação, lixiviação, alteração, circulação e erosão, assim como definir o
uso e manejo adequados para o solo, pois condicionam os aspectos pedológicos,
pedogeoquímicos e fisiográficos. (LIMA e FURRIER, 2013).
Sendo assim, por meio dos estudos e pesquisas posteriores citadas podemos
compreender a dinâmica paleogeográfica dessa região, bem como a dinâmica atual,
e seus agentes modeladores sejam exógenos e endógenos, o que nos ajudam a
desvendar a configuração geomorfológica atual.
Resultado e discussão
As formas do relevo foram estruturadas no ambiente Mesozóico - Grupo São Bento
da Formação Serra Geral, com os basaltos na base da topografia e os arenitos do
Grupo Bauru depositados sobre os basaltos. no Terciário e Cenozóico a tectônica
reativa essas formas criando altos e baixos estruturais e altos e baixos
topográficos. Tais processos endógenos, associados à dinâmica exógena,
resultaram nas formas presentes no município de Ituiutaba-MG, como detalhado
abaixo, a dinâmica litológica e neotectônica.
Pereira (2016), Saadi (1993) e Hasui (1990) apontam condições de regimes
tectônicos atuais, atuando sobre o relevo da placa tectônica Sul-Americana no
caso do Brasil. A placa apresenta falhas e fraturas devido às movimentações
tectônicas que são passíveis de observação e de análise, como em ocorrência no
Brasil Central, onde os blocos criados pelo tectonismo estão se movimentando,
mais precisamente na região do Triângulo Mineiro, cidade de Ituiutaba-MG.
2. 1 Formação e evolução pretéritos do relevo na área de pesquisa
Em períodos de forte interação dos elementos endógenos e exógenos presentes na
dinâmica terrestre, mais precisamente no Cretáceo, houve a formação da Bacia
Sedimentar Bauru unidade supra-basáltica da Bacia do Paraná (BATEZELLI, 2003;
FERNANDES, 2010), decorre dos efeitos da separação do continente Gondwana.
(BATEZELLI, 2003; BATEZELLI, 2017). Sua estratigrafia no Triângulo Mineiro está
dividida entre Formação Adamantina em sua base, e Formação Marília e
posteriormente uma nova divisão dentro da Formação Marília o Membro Echaporã.
A primeira Formação Adamantina ou Vale do Rio do Peixe, assenta-se sobre os
basaltos da Formação Serra Geral, em estratificações cruzadas acanaladas e
cimentação por carbonato de cálcio. (BATEZELLI, 2010). É constituída basicamente
por sedimentos de origem flúvio-lacustre (fluvial principalmente na área de
estudo). (HASUI, 1990; BATEZELLI, 2003; FERNANDES; 2010; BATEZELLI, 2010;
PEREIRA, 2016).
A segunda Formação Marília é resultado de deposição de sedimentos em forma de
leques-aluviais, acima da camada pré-existente (Adamantina). (BATEZELLI, et al,
2007). É composta basicamente por solos argílicos, arenitos maciços e
conglomerados, depositados em forma de estratos, com grãos angulosos,
subordinados de cimentação carbonática (CaCO3), o que configura a forma de
chapadas na paisagem. (BATEZELLI, 2003; BATEZELLI, 2010; FERNANDES, 2010).
O Membro Echaporã, neste local, é composto por arenitos finos ou espessos
intercalados por conglomerados, na forma de ciclos granodecrescentes e
granocrescentes, na forma de cimentações carbonáticas, com clastos de quartzo,
gnaisse, quartzito, basalto, kamafugitos, nódulos carbonáticos e intraclastos de
argila. (BATEZELLI, 2003; BATEZELLI, 2010).
2.2 Neotectônica
O termo neotectônica, segundo Obruchev (1948 apud Saadi 1993), foi empregado
para nomear os movimentos dos blocos estruturais que ocorreram segundo Cabral
(1993) e Batezelli (2010), no Terciário Superior mais precisamente no Mioceno
(22-11 mi), e no Plioceno (11-2 milhões de anos), porém com forte influência
durante o período mais recente, o Quaternário, no Holoceno devido à reativação
tectônica. (HASUI, 1990; SAADI, 1993; SALAMUNI et al, 2015).
Pouco se acreditava em tectonismos recentes atuantes no Brasil devido a
configuração atual global dos continentes e levando em consideração a posição do
país no interior da placa tectônica Sul Americana. (SAADI 1993; RICCOMINI, 1995;
RICCOMINI, 1997; RICCOMINI, 2004). Portanto, ainda são poucos os trabalhos que
tratam da temática neotectônica, o que vem sendo trabalhado com mais frequência,
recentemente.
Assim como em todo o Brasil, os estudos sobre neotectônica na região no
Triângulo Mineiro também podem ser considerados escassos, porém o que se pode
concluir são atividades tectônicas ativas, devida pouca presença dos relevos
residuais. Entre as principais estruturas do embasamento que influenciam a
evolução geológica da área destacam-se as suturas Itumbiara, a flexura de
Goiânia e o Soerguimento Alto Paranaíba SAP. (BATEZELLI, 2003; BATEZELLI et al,
2007; BATEZELLI, 2010). A cidade tijucana está inserida na chamada Depressão
Gurinhatã, área de rebaixamento no interior da Bacia Bauru. A flexura Goiânia
encontra-se a NW e o SAP- Soerguimento do Alto Paranaíba que se encontra a NE de
Ituiutaba-MG, são determinadas feições estruturais que delimitam a Bacia do
Paraná. (HASUI, 1990; BATEZELLI, 2003; BATEZELLI et al, 2007).
Esse padrão de falhas NW refletem sobre o padrão de drenagem dos rios Tijuco e
da Prata e seus afluentes refletem as falhas no sentido NE. Além desse
comportamento, observa-se a assimetria nos vales, em que as margens direitas dos
rios Tijuco e da Prata são mais extensas mostrando que esses blocos foram mais
soerguidos, o que evidencia relevo de cuesta, mesmo que bem suave. Como a área
está próxima a borda Norte e Nordeste da bacia do Paraná, esse efeito é
evidente. No mapa hipsométrico, (fig. 2), pode-se observar esse comportamento.
Esse padrão explica a assimetria das margens, por apresentar padrão de
dissecação diferentes. Observa-se que as drenagens das margens direita do rio
Tijuco e da Prata são mais extensas. Esse padrão irá refletir na disposição e
velocidade de dissecação.
As áreas mais elevadas do município, são altos estruturais em processo de
dissecação, mas suas características litológicas, onde estão presentes, seixos,
conglomerados calcíferos do Marília, são na verdade um baixo estrutural - o que
caracteriza os relevos residuais como alto topográfico num baixo estrutural.
(fig. 1). As áreas de confluências do rio Tijuco e do rio da Prata são áreas em
abatimento tectônico, formando baixos topográficos e estruturais. (JOINHAS;
JIMENEZ-RUEDA, 2004). Nos mapas presentes na fig, 1 e fg. 2, é possível observar
que os altos topográficos são correspondentes às áreas dos relevos testemunhos,
no entanto a composição litológica corresponde a área de um baixo estrutural por
sua composição rica em finos e bases.
Assim, a Bacia Bauru se tornou área de deposição de sedimentos que vêm das
áreas de topo, das bordas da bacia, que ocorreu progressivamente e se
intensificou nos períodos de atuação do tectonismo. (BATEZELLI, 2003; BATEZELLI,
2010).
O SAP e a movimentação ativa Terciária da Borda Nordeste da bacia Paraná,
acarretou movimentações alinhadas a Sutura Itumbiara, levando a uma
desarticulação no modo de sedimentação da Bacia Bauru, alterando o processo de
deposição do material, preservando as depressões Uberaba e Gurinhatã (BATEZELLI,
2003; BATEZELLI, 2010), onde está inserida a cidade de Ituiutaba-MG.O SAP
desarticulou toda estrutura litológica regional, acionando falhas e alinhamentos
no sentido NW e NE, pós deposição Bauru. Na figura 1, observa-se a chapada
Araguari-Uberaba na área do SAP e as demais áreas abatidas (Uberaba e
Gurinhatã), explica Pereira (2016). Sendo assim, as áreas abatidas são chapadas
degradadas por guardar herança litológica.
Assim, as forças atuantes por meio da endogenia de uma tectônica considerada
recente, afeta e leva a processos exógenos que também podem ser considerados
recentes, já que a movimentação dos blocos de forma transcorrente leva a
constante formação de sedimentos que são levados para as partes mais baixas
(como as depressões) e formando outras formas de relevo.
Fonte: Topodata-Inpe 2019/ Elab: MOREIRA A. G. (2019).
Fonte: Cartas Topográficas IBGE (1973) / Elab: BRAGA. A. P. (2023)
Fonte: Batezelli (2003). Nota: com destaque para as depressões de Uberaba e Gurinhatã - MG
Considerações Finais
O processo de formação do relevo é datado através do tempo geológico. Sua
formação vem desde os primórdios do Planeta Terra. Os processos de magmatismos
intensos iniciais, que formaram as primeiras fisionomias rochosas, as
magmáticas, até o desgaste das rochas formação de sedimentos, solo e as chamadas
rochas sedimentares e as bacias.
Já no município de Ituiutaba-MG, houve a ocorrência de processos
endógenos ligados ao processo de separação do continente gondwânico, que levou à
formação de rochas basálticas da região. Concomitante a Formação Serra Geral
(magmatismo), os agentes exógenos modeladores do relevo, juntamente com os
tectonismos ativos, colaboraram para a formação das bacias sedimentares, assim
como a Bacia do Paraná e posteriormente a Bacia Bauru.
O que nota-se através dessa revisão é que os processos modeladores do relevo não
ocorrem de forma linear ao longo do tempo geológico, nem tão pouco esses agentes
sejam endógenos ou exógenos atuaram separadamente. Eles atuaram em conjunto, em
uma dinâmica incessante de transformação do relevo e da paisagem.
Através das pesquisas para a conclusão deste estudo podemos do mesmo modo
completar que a tectônica ainda é atuante sobre a região da pesquisa e ainda
mesmo que se encontre em meio a placa tectônica, a mesma apresenta falhas e
fraturas derivadas de um passado geológico processos e de instabilidade que
corroborou para que a neotectônica ocorresse, colaborando para a modulação do
relevo atual.
Agradecimentos
CNPq pelo financiamento do projeto de Iniciação Científica que colaborou para os
resultados dessa pesquisa.
Referências
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