Autores
- CAROLINA FERNANDA BRANCACIO DE SIMONEIFSPEmail: fernanda.brancacio@aluno.ifsp.edu.br
- ANDRÉ HENRIQUE BEZERRA DOS SANTOS,IFSPEmail: andrehbsantos@ifsp.edu.br
Resumo
A Cratera de Colônia é uma provável cratera de impacto localizada em São Paulo
(SP), com 3,6 km de diâmetro e idade de 36 a 5 Ma, próxima à Serra do Mar. Duas
de suas características geomorfológicas suscitaram questionamentos por Santos e
Oliveira (2015): 1) um conjunto de vales e cristas dispostos radial e
concentricamente à cratera em seu entorno, em níveis mais elevados que os
regionais; 2) a assimetria hipsométrica do anel soerguido da cratera, com maior
elevação a sudoeste que a nordeste. Os autores propuseram que as respectivas
origens são: 1) condicionamento por estruturas radiais e concêntricas
relacionadas ao impacto e formação de litologias mais resistentes à denudação;
2) denudação mais acentuada a Leste. Adiciona-se à hipótese original a ideia de
que os níveis mais elevados no entorno da Cratera de Colônia forma uma estrutura
em “rampart”, ou pedestal, similar às identificadas em crateras marcianas e,
também, na cratera de Bosumtwi, Gana. Buscou-se revisitar tais hipóteses,
dispondo agora de dados de alta resolução espacial provenientes de levantamento
por LiDAR realizado pela Prefeitura de São Paulo e disponibilizados no Portal
Geosampa. Com esses dados, foram realizados: mapeamento de lineamentos e de
rupturas de declividade no entorno da cratera de Colônia, sugestivas de controle
estrutural do desenvolvimento do relevo; obtenção de frequências relativas de
lineamentos e de rupturas de declividade radiais e concêntricas ao anel colinoso
principal, para avaliar o grau de influência da estrutura geológica ao
desenvolvimento do relevo no nível de detalhe; verificação do grau de
obliteração/permanência de estruturas pretéritas ao impacto, obtendo-se
frequências relativas de lineamentos e de rupturas de declividade com
orientações similares às predominantes regionalmente. Em campo, verificou-se a
presença de depósitos superficiais que sugerem provável dispersão balística
decorrente do impacto, atualmente intemperizados.
Palavras chaves
Cratera de Impacto; LiDAR; Cratera em pedestal