Autores
- CLEIVA PERONDIUFRGSEmail: cleivaperondi@gmail.com
- KÁTIA KELLEM DA ROSAUFRGSEmail: katia.rosa@ufrgs.br
- CARINA PETSCHUFSM
- ROSEMARY VIEIRAUFF
- FABIO MAGRANIUFF
Resumo
As geleiras são proxies importantes para a reconstrução paleoclimática em
diferentes escalas temporais (décadas a milênios). Diante disso, o trabalho
objetiva reconstituir a paleoglaciologia da Geleira Dobrowolski, uma geleira de
descarga de maré, na Antártica Marítima, desde a Pequena Idade do Gelo. A
geleira Dobrowolski está localizada na ilha Rei George. O setor frontal da mesma
está em contato com o fiorde da enseada Martel, que se localiza na cabeceira
(setor norte) do fiorde da Baía do Almirantado (BA). Atualmente a geleira
Dobrowolski flui em um vale que possui 355 m de amplitude topográfica,
considerando seus divisores de drenagem. O vale em seu perfil longitudinal
possui uma amplitude topográfica de 650 metros, considerando o setor subaéreo e
submarino. As medições de área e comprimento da geleira foram baseadas em modelo
digital de elevação, dados de batimetria, imagens de satélite multitemporais e
no mapeamento geomorfológico. A variação da superfície glacial de jusante a
montante desde a PIG utilizando os valores de embasamento do leito e as
elevações alvo conhecidas para calcular a superfície glacial. Para a construção
do perfil topográfico 2D, foram considerados os valores de embasamento
subglacial disponibilizados pelo Bedmap2, modelo digital batimétrico (atual
setor submarino) e o modelo digital de elevação TanDEM-X. Para obter os valores
de distância do término da geleira, visualizar os valores de elevação do
embasamento do leito foram traçados perfis topográficos. A geleira Dobrowolski
apresentou flutuações em sua superfície glacial (espessura da geleira como a sua
elevação) entre a PIG e 2014. Durante a PIG a superfície glacial da geleira
Dobrowolski alcançava aproximadamente 4400 m de comprimento, essa posição
frontal foi evidenciada por uma moraina externa proeminente. A geleira possuía
550 m de elevação máxima, 250 m de espessura na área de acumulação e 90 m na sua
frente de desprendimento no mar.
Palavras chaves
geomorfologia glacial; glaciologia; sensoriamento remoto