• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

GEOCRONOLOGIA DE SISTEMAS EÓLICOS COSTEIROS QUATERNÁRIOS NO SUL DE SANTA CATARINA

Autores

  • FELIPE GOMES RUBIRAUNIFAL-MGEmail: felipe.rubira@unifal-mg.edu.br
  • RONALDO LUIZ MINCATOUNIFAL-MGEmail: ronaldo.mincato@unifal-mg.edu.br
  • ARCHIMEDES PEREZ FILHOUNICAMPEmail: archi@ige.unicamp.br

Resumo

Neste estudo caracterizamos a distribuição espacial e a geocronologia de depósitos eólicos na bacia hidrográfica do rio Araranguá. A metodologia proposta visou recompor lapsos temporais e genéticos referentes à evolução dos sistemas eólicos que recobriram terraços marinhos. Usamos imagens Landsat e modelos digitais de elevação para mapear formas de relevo; descrições estratigráficas para caracterização dos depósitos; datações por luminescência opticamente estimulada (OSL) em grãos de quartzo e correlações com idades deposicionais obtidas por outras pesquisas para estimar as idades dos soterramentos. Nossos resultados evidenciaram o desenvolvimento de 6 gerações de depósitos eólicos que recobriram níveis de terraços marinhos pleistocênicos (T1 e T2) e holocênicos (T3 e T4). Os sistemas eólicos inativos apresentaram idades deposicionais pleistocênicas a holocênicas, sendo compostos por: (i) depósitos eólicos indiferenciados sobre o T1 ao norte do rio Araranguá (1ª geração); (ii) lençol de areia que recobriu os depósitos eólicos indiferenciados e colmatou paleolaguna holocênica (2ª geração); (iii) depósito loess que soterrou o T1 ao sul do rio Araranguá (3ª geração); (iv) lençol de areia que soterrou o T2 ao sul do rio Araranguá (4ª Geração); (v) paleocampo de dunas que soterrou o T3 ao sul e ao norte do rio Araranguá (5ª Geração). Enquanto os sistemas eólicos ativos apresentaram idades holocênicas responsáveis por originar a 6ª geração de depósitos composta por: (i) campo de dunas livres sobre o T3; (ii) planície deflacionária proveniente da remobilização de antigas dunas frontais sobre o T3; e (iii) dunas frontais sobre o T4 paralelas a atual linha de praia. Os depósitos eólicos do sul do Brasil demonstram considerável sensibilidade frente as alterações climáticas quaternárias e flutuações do nível relativo do mar, constituindo-se como arquivos potenciais para reconstituição geocronológica de sistemas ambientais.

Palavras chaves

Geocronologia; Quaternário; Sistemas eólicos

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Realização

Apoio

FUNDECT CNPQ IAG Moinho Cultural Sul-Americano Prefeitura de Corumbá

Apoio Institucional