Autores
- DIEGO ALVES OLIVEIRAINSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAISEmail: diego.oliveira@ifmg.edu.br
- CRISTINA HELENA RIBEIRO ROCHA AUGUSTINUNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAISEmail: cristinaaugustin@gmail.com
Resumo
As áreas úmidas (AUs) representam complexa interação, superficial e subsuperficial (LISENBY; TOOTH;
RALPH, 2019; AUGUSTIN; MELO; ARANHA, 2009), tendo um papel estratégico para os serviços ecossistêmicos
(MITSCH; GOSSELINK, 2007). Internacionalmente, são reconhecidas por seu importante papel na retenção
de elementos que formam os gases do efeito estufa. Na porção continental da América do Sul, a
principal fonte de água para as AUs são as monções, que provocam a ocorrência de pulsos de inundação
(JUNK et al., 1989), responsáveis por mudanças significativas na morfologia e nos processos desses
ambientes úmidos. Dentre as diversas configurações e tamanhos existentes, destacamos as Áreas Úmidas
de Pequena Extensão (AUPE) que ocorrem com elevada frequência nas planícies de inundação dos
principais rios, como o São Francisco, e também nas depressões topográficas, onde formam superfícies
aplainadas. A partir da abordagem hidrogeomorfológica e de modernas técnicas utilizadas para a análise
geomorfológica as AUPE passaram a ter uma base analítica mais precisa, voltada para a investigação de
sua dinâmica no contesto ambiental, direcionada para sua conservação, e potencialmente recuperação,
reconhecendo o papel do clima e do relevo, em conexões multiescalares, como as realizado por Oliveira,
2019. A proposta tem como ponto de partida o mapeamento geomorfológico e a análise da distribuição
anual da precipitação, a fim de indicar áreas propícias para amostragem. A entrada e circulação de
água nas AUPE, tanto superficial, como subsuperficial, estando ou não conectada aos corpos hídricos
próximos, foi medida e monitorada por meio de medidas de campo, sensoriamento remoto e traçadores
geoquímicos. Por fim, a delimitação de sítios geomorfológicos e a amostragem das geocoberturas,
associadas com o uso de ground-penetrating radar e/ou perfil de eletrorresistividade, permitiram
verificar as condições paleoambientais as quais as AUs foram submetidas, permitindo avaliar sua
resiliência.
Palavras chaves
Hidrogeomorfologia; Wetland; Métodos e técnicas