• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

Leques e terraços fluviais no sopé da Cordilheira Oriental colombiana: morfologia, sedimentos e idades de luminescência

Autores

  • CAIO BREDAUSPEmail: bredacaio@usp.br
  • FABIANO NASCIMENTO PUPIMUNIFESPEmail: f.pupim@unifesp.br
  • CAROLINA BARBOSA LEITEUSPEmail: cahleite94@gmail.com
  • SEBASTIAN GOMEZ MARULANDAUSPEmail: sgomezm8@usp.br
  • ANDRE OLIVEIRA SAWAKUCHIUSPEmail: andreos@usp.br
  • MAURICIO PARRAUSPEmail: mparra@iee.usp.br
  • GIOVANNY NOVA RODRIGUEZUSPEmail: gionovar@usp.br

Resumo

Leques e terraços aluviais bem desenvolvidos e preservados no sopé da Cordilheira Oriental da Colômbia são potenciais registros de soerguimento tectônico e variações climáticas em uma região tropical pouco estudada. O principal objetivo deste trabalho é investigar a evolução dos elementos geomorfológicos na bacia do alto rio Caquetá. Imagens Landsat e o modelo digital de elevação Copernicus (DEM; GLO-30) possibilitaram mapear diversas formas de relevo e, a datação por luminescência opticamente estimulada (LOE) em grãos de quartzo, estimar as idades do soterramento. Nossos resultados mostram que a maioria das formas de relevo tem origem aluvial, organizadas em 3 níveis de leques fluviais com lóbulos distintos. Por idades LOE, descobrimos que o sistema distributário na bacia do alto Caquetá esteve em atividade durante, pelo menos, de 200 a 60 ka. Os terraços fluviais se formaram após um forte período de incisão na paisagem, ocorrido entre 60 a 30 ka. Enquanto, dentro dos vales fluviais, mapeamos níveis de terraços (de 2 até 15 m acima do nível do rio), gerados desde 30 ka até o recente, além de mapear várzeas incisas ao longo da paisagem. Cascalhos maciços clasto-suportado, com finas camadas de arenitos de granulação grossa, dominam as fácies sedimentares dos leques e terraços fluviais. As várzeas modernas relacionam-se com canais entrelaçados a sinuosos de montante a jusante; cascalhos dominam suas fácies sedimentares, mas areia fina e argilitos são frequentes. Esta sedimentação de terraços/leques para planícies de inundação modernas sugere uma mudança significativa na taxa de aporte de sedimento e descarga fluvial ao longo do Quaternário tardio. Os dados palinológicos e paleoambientais disponíveis do piemonte andino colombiano sugerem uma forte correlação entre a gênese dos depósitos fluviais e as mudanças paleoambientais, especialmente na oscilação do nível de neve nos Andes Orientais e, consequentemente, na variação da vegetação de montanha.

Palavras chaves

Luminescencia; Datação; Andes

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FUNDECT CNPQ IAG Moinho Cultural Sul-Americano Prefeitura de Corumbá

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