• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

Evidências de Capturas Fluviais e Anomalias de Drenagem na Bacia do Rio Ariró na Serra da Bocaina

Autores

  • JULIA SCHOENCHEPUC-RIOEmail: ju.schoenche@gmail.com
  • RODRIGO PAIXÃOUERJEmail: rodrigowpp1@gmail.com

Resumo

A bacia do Rio Ariró situa-se nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, tendo suas nascentes no interior da Serra da Bocaina, em aproximadamente 1.600m de altitude, e sua foz no Oceano Atlântico, mais especificamente na Baía da Ribeira. O Rio Ariró possui uma extensão de aproximadamente 19 Km e drena sobre rochas gnáissicas e graníticas Neoproterozoicas da Faixa Móvel Ribeira e depósitos quaternários. O presente trabalho objetiva analisar evidências de capturas fluviais e anomalias de drenagem na bacia do Rio Ariró. Para tanto, foram utilizadas as cartas topográficas do IBGE na área de estudo, bem como, imagens de radar SRTM para delimitação da bacia de drenagem, elaboração do perfil longitudinal e identificação de feições morfológicas associadas à capturas fluviais. A análise do perfil longitudinal indica áreas aplainadas próximas às cabeceiras de drenagem, associadas ao planalto reverso da Serra da Bocaina, contudo, ao atingir 1.100m de altitude, passar a drenar trecho de escarpado até atingir 100m. Também foram identificadas feições morfológicas típicas de capturas, tais como: vales superdimensionados, cotovelos de drenagem e divisores rebaixados. Tais evidências indicam que o trecho que drena a vertente escarpada, por apresentar nível de base mais baixo, promoveu captura fluvial do trecho que drena a porção interiorana da Serra da Bocaina, formando cotovelo de drenagem e migração do divisor. Estima-se que a área capturada que antes drenava sobre o planalto reverso e foi incorporada à bacia que drena para o atlântico foi de aproximadamente 28,8km² do reverso da escarpa. Diante do exposto, pode-se inferir que a bacia do Rio Ariró promoveu capturas fluviais de bacias adjacentes que drenavam o planalto reverso da Serra da Bocaina. Isto pode ser evidenciado pelo perfil longitudinal e feições morfológicas identificadas no mapeamento. Ressalta-se a necessidade de realização de novos estudos sobre a temática na região para compreensão da morfogênese da Serra do Mar.

Palavras chaves

Reordenamento Fluvial; Migração do Divisor; Serra da Bocaina

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