• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

O Papel dos Paredões Rochosos na Dinâmica Hidrológica das Encostas

Autores

  • NELSON FERNANDESUFRJEmail: nelsonff@acd.ufrj.br
  • MARIA MARIA DA ROCHA LAMASUFRJEmail: mm_lamas@hotmail.com
  • JENIFER DA SILVA ROMÉROUFRJEmail: jenifersromero@gmail.com
  • SARAH LAWALLUFRRJEmail: sarahgeoprof@gmail.com
  • EURÍPEDES DO AMARAL VARGAS JR.PUC-RIOEmail: vargas@puc-rio.br
  • MATHEUS WANDERLEY ALMEIDAUFRJEmail: matheusalmeida0906@gmail.com
  • LARISSA MOZER BLAUDTUFRJEmail: larissamozer13@gmail.com
  • PAULO FACHINUFRJEmail: fachinp@hotmail.com

Resumo

A caracterização da dinâmica hidrológica superficial e subsuperficial dos solos representa etapa fundamental na análise da estabilidade das encostas. Em muitas áreas, a presença de paredões rochosos quase que verticais, formados por rochas praticamente impermeáveis tais como granitos e gnaisses, afeta diretamente a hidrologia das encostas a jusante, formadas muitas vezes por depósitos de tálus e/ou colúvios. Neste contexto, diversos trabalhos têm chamado a atenção para o papel desempenhado pelas fraturas (tectônicas ou de alívio) na hidrologia dessas encostas, muitas vezes gerando níveis elevados de poro-pressão positiva em decorrência de processos de exfiltração no contato solo-rocha. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é entender a dinâmica dos fluxos de água superficiais e subsuperficiais em encostas com paredões rochosos e depósitos de tálus, tão comuns no sudeste do Brasil. Para tal foi selecionada uma encosta representativa dessas condições na bacia do rio Bonfim (Petrópolis, RJ), na qual foram instaladas 3 estações de monitoramento automatizado do potencial matricial da água do solo ao longo de um transecto (cerca de 50 m de comprimento), englobando uma estação instalada na alta encosta junto ao paredão rochoso (E1) e outras duas instaladas na média (E2) e baixa encostas (E3). Cada estação é composta por 7 sensores de potencial matricial instalados da superfície até o contato com a rocha não alterada (cerca de 4,5 m de profundidade), com leituras contínuas realizadas em intervalos de 1h desde 02/2018. Em paralelo, visando o mapeamento do topo rochoso e a definição dos principais sistemas de fraturas, foram realizadas sondagens mecânicas e ensaios de GPR e VLF ao longo do transecto. Os resultados obtidos atestam a grande influência que o paredão rochoso exerce sobre a dinâmica hidrológica observada no interior do depósito de tálus, com destaque para o aumento da umidade dos solos e a formação de fluxos subsuperficiais laterais na interface solo-rocha.

Palavras chaves

infiltração; fluxos laterais; deslizamentos

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Realização

Apoio

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