• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

EFEITOS DA TOPOGRAFIA PRÉ-RUPTURA E PÓS-RUPTURA NA PREVISÃO DE ESCORREGAMENTOS EM REGIÃO MONTANHOSA

Autores

  • JOÃO PAULO DE CARVALHO ARAÚJOUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROEmail: jpaulo_geo@hotmail.com
  • CÉSAR FALCÃO BARELLAUNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETOEmail: cesarbarella@ufop.edu.br
  • JOSÉ LUIS GONÇALVES MOREIRA S ZÊZEREUNIVERSIDADE DE LISBOAEmail: zezere@campus.ul.pt
  • NELSON FERREIRA FERNANDESUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIROEmail: nelsonff@acd.ufrj.br

Resumo

Os modelos matemáticos de previsão de movimentos gravitacionais de massa (MMs) são construídos segundo o pressuposto de que os eventos futuros se repetirão sobre as mesmas condições ou condições similares dos eventos passados. Modelos Digitais de Elevação de alta resolução espacial, contratados após a ocorrência dos MMs (MDTs pós-ruptura), possibilitam uma melhor representação geométrica das deformações causadas por estes eventos, contudo não mais representam as condições geomorfométricas associadas à deflagração dos MMs mapeados e, portanto, não devem ser usados nos modelos de previsão. Uma possível solução para este problema é assumir que a topografia pré-ruptura possa ser inferida a partir das áreas adjacentes às cicatrizes que não foram perturbadas pelos MMs. Este trabalho apresenta um método de reconstrução para estimar a topografia pré- ruptura utilizando os pontos de elevação do último retorno de um sensor ALS (Airborne Laser Scanning). Foram produzidos 12 modelos de suscetibilidade a escorregamentos, calculados pelo método estatístico bivariado de Pesos de Evidência, usando o MDT pré-ruptura e o MDT pós-ruptura em duas bacias hidrográficas na cidade do Rio de Janeiro (Brasil). Todos os modelos tiveram sua capacidade preditiva testada pelo cálculo da área abaixo a curva (AAC) e os melhores resultados foram aqueles que combinaram os mapas de ângulo de encosta, área de contribuição, curvatura e aspecto: MDT pré-ruptura (AAC 0,773) e MDT pós-ruptura (AAC 0,777). Os resultados mostram que as mudanças morfométricas no terreno causadas pelos escorregamentos elevaram os ângulos das encostas, alteraram o padrão de concentração e dispersão do fluxo de água e causaram uma sutil migração de orientação das encostas afetadas pelos escorregamentos. Embora o resultado calculado com o MDT pós-ruptura seja um pouco melhor, este modelo não representa as verdadeiras condições deflagradoras dos escorregamentos na área de estudo e, portanto, sobrevaloriza os resultados.

Palavras chaves

Reconstrução Topográfica; Modelagem Estatística; LIDAR

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Realização

Apoio

FUNDECT CNPQ IAG Moinho Cultural Sul-Americano Prefeitura de Corumbá

Apoio Institucional