Autores
- GUILHERME LUIS CASSUNDÉ DA SILVAUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁEmail: guilhermecassunde@gmail.com
- LUAN PEREIRA CRUZUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁEmail: luan13flex@gmail.com
- ANDERSON CARLOS FONTES DA SILVAUNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁEmail: fontesprofgeo@gmail.com
Resumo
As questões ambientais no urbano estão cada vez mais presentes nas pesquisas
científicas, buscando não apenas apontar os riscos, mas auxiliar o poder público
para resolução dos mesmos. Uma dessas, é degradação dos solos, causado pela
concentração populacional em locais inadequados. Peloggia (1998), argumenta que a
ação humana sobre a natureza gera alteração na dinâmica geomorfológica. Então,
vem à tona a ocupação da Praia da Brasília, na Ilha de Caratateua, em Belém do
Pará. A Ilha passou por uma intensa ocupação urbana principalmente após a
construção da Ponte Enéias Pinheiro, em 1986. Essa ocupação se deu por famílias
de baixa renda que ocuparam sem nenhum planejamento, áreas que implicariam riscos
ambientais (SILVA PIMENTEL et al, 2012). O objetivo deste trabalho é demonstrar
as formas de relevo criadas ou induzidas pela expansão urbana sobre o relevo da
praia citada. Para tal fez-se necessário realizar um levantamento bibliográfico
acerca da geomorfologia da região. Ademais, um trabalho de campo para análise uso
e ocupação, retirada da cobertura vegetal e erosão. A partir disso, observou-se
que a ocupação urbana gerou intervenções sobre as formas de relevo, alterando a
morfologia original e gerando novos processos geomorfológicos. Esses processos
geomorfológicos podem ser descritos como: diminuição expressiva da cobertura
vegetal para execução de moradias, bares; e os arruamentos acabam por
impermeabilizar o solo, direcionando o fluxo de água da chuva para as áreas mais
próximas da borda das falésias, gerando um esgotamento acelerado do processo de
infiltração, favorecendo, assim, o escoamento superficial. Diante disso, pode-se
inferir uma série de riscos induzidos pela ocupação urbana desordenada da área e
cabe uma ação urgente do poder público para que não haja perdas de ordem
ambiental, material e social. É necessário que os entes envolvidos na gestão da
área, além da sociedade e da comunidade acadêmica busquem alternativas viáveis
para tal problema.
Palavras chaves
Geomorfologia Urbana; Ocupação Urbana; Ilha de Caratateua