Autores
- JOÃO VICTOR PEQUENO RUFINOUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: rufino550@gmail.com
- JULIA RODRIGUES SILVAUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: juliarodriguess1998@gmail.com
- LAURA DELGADO MENDESUNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIROEmail: lauradmendes@gmail.com
Resumo
A capacidade de intervenção nas formas e na dinâmica da superfície terrestre, em
especial associadas à técnica, tornou o ser humano um novo agente geológico-
geomorfológico capaz de promover significativas alterações. Assim, a pesquisa
objetiva analisar mudanças na cobertura e uso da terra nos últimos 30 anos nos
municípios de Japeri e Queimados, situados na Baixada Fluminense (RJ), para
identificação de relevos tecnogênicos associados à extração de areia e análise
de impactos e conflitos ambientais. A metodologia adotada incluiu a
classificação supervisionada de cobertura e uso da terra com geotecnologias
livres a partir de imagens sensores remotos Landsat. Os resultados destacam a
existência de áreas de extração de areia, geradoras de Tecnoformas de
Degradação, em ambos os municípios, principalmente no entorno e interior da APA
Guandu, entre outras importantes mudanças, ressaltando a necessidade de um plano
estratégico de gestão e manejo para maior proteção
Palavras chaves
Relevos tecnogênicos; Cobertura e uso da terra; Mineração de areia; Região Hidrográfica do Guandu; Baixada Fluminense
Introdução
A capacidade de intervenção nas formas e na dinâmica da superfície terrestre, em
especial associadas à técnica, tornou o ser humano um novo agente geológico-
geomorfológico que supera seus equivalentes naturais pela intensidade e
velocidade de transformação (PELOGGIA e OLIVEIRA, 2005). Para Silva et al.
(2014) “a magnitude e intensidade da ação antrópica sobre as dinâmicas da
natureza variam no tempo-espaço, de acordo com os diversos arranjos
socioambientais e o nível de desenvolvimento dos diferentes grupos sociais” e
tem decorrências diversas, em particular em áreas urbanas, onde se ampliam e
diversificam (SILVA et al., 2014).
As cidades brasileiras passaram e passam pelo processo de urbanização, levando a
um crescimento pujante a partir da metade do século XX e que, de forma
conturbada, desencadeou problemas ambientais e sociais (SILVA et al., 2015).
Essa situação leva à modificação da estrutura existente, na dinâmica e nas
formas de relevo. Na perspectiva social, traz prejuízos econômicos e perda da
qualidade de vida (SILVA et al., 2015). Muitas ações antrópicas resultam em
significativas alterações que, em sua maioria, são inconvertíveis ao meio
ambiente.
Assim, no contexto do Antropoceno/Tecnógeno, a identificação e
caracterização de relevos tecnogênicos (PELOGGIA e OLIVEIRA, 2005) possibilita a
investigação dessa intervenção humana sobre a natureza e suas dinâmicas,
constituindo-se em marcos estratigráficos (PELOGGIA, 1996), inclusive tendo sido
recentemente incorporado no Sistema Brasileiro de Classificação do Relevo em
fase de sistematização (CEN/SBCR, 2022), sendo o relevo tecnogênico
caracterizado por “morfologias resultantes da agência humana, a qual constitui o
elemento fundamental para sua identificação, diferenciação e caracterização”
(CEN/SBCR, 2022, p.222). A grandeza e intensidade das alterações dão escopo à
ideia de que a sociedade é um agente ativo em relação aos processos
superficiais. Logo, pode-se afirmar “que os processos geológicos e
geomorfológicos estão sujeitos ao condicionante tecnogênico, justificando a
adoção de uma nova abordagem a respeito da dinâmica dos processos superficiais”
(SILVA et al., 2014).
Desse modo, a pesquisa objetiva analisar mudanças na cobertura e uso da terra
nos últimos 30 anos nos municípios de Japeri e Queimados, situados na Baixada
Fluminense (RJ), para identificação de relevos tecnogênicos associados à
atividade de mineração de areia e análise de impactos e conflitos ambientais. Um
foco de atenção especial se direciona à Área de Proteção Ambiental (APA) Guandu,
integrante à Região Hidrográfica Guandu (INEA/CERHI, 2013), responsável por 85%
do abastecimento de água potável na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Periféricos na metrópole do Rio de Janeiro, segundo Alcântara et al. (2020),
esses municípios passaram por um processo comum a outras cidades brasileiras,
com histórico de industrialização e metropolização, com concentração de
investimentos e infraestruturas em áreas privilegiadas, abrigando populações sem
o direito à cidade ou à justiça ambiental. Nesse contexto, possuem problemas e
desafios referentes à questão ambiental: uso e ocupação irregulares do solo,
investimentos ineficientes em infraestrutura urbana, aterros sanitários,
mineradoras e indústrias poluentes (ALCÂNTARA et al., 2020). Alguns efeitos
desse processo se expressam na superfície e podem ser identificados a partir de
técnicas que utilizam sensores remotos via satélite para a identificação e
diferenciação das condições de cobertura e uso da terra.
Material e métodos
Os procedimentos metodológicos foram divididos em duas etapas com o intuito de
fundamentar as análises e discussões. Na primeira etapa foram realizados a
coleta de dados primários, originados de cenas de sensores remotos, e processos
de pré e pós-processamento para o mapeamento da cobertura e uso da terra. Na
segunda etapa executou-se o levantamento de dados secundários, ou seja, dados
coletados de instituições públicas e de outras pesquisas realizadas com
relevância para embasar os resultados e discussões.
O mapeamento e análise das alterações de cobertura e uso da terra nos municípios
de Queimados e Japeri foi realizado a partir de classificação supervisionada
para os anos de 1991, 2006, 2010 e 2020. Os dados dos sensores remotos
utilizados são Landsat-5: Thermatic Mapper [TM], Landsat-8: Thermal Infrared
Sensor [TIRS] e Operational Terra Imager [OLI]. Foi utilizado o software QGIS
3.22.14, com as cenas capturadas processadas com o complemento para
classificação supervisionada semi-automática (Semi-Automatic Classification
Plugin), desenvolvida por Congedo (2014), na versão 7.10.10. Foram adotados os
mesmos procedimentos em todos os mapas objetivando o aperfeiçoamento da análise,
assim seguindo determinada paridade.
No pré-processamento dos dados foi realizada a conversão dos dados DN (Digital
Numbers) para refletância (TOA – Top of Atmosphere reflectance). Além desse
processo, também foi utilizado o método de correção atmosférica DOS1 (Dark
Objetc Subtration 1). Posteriormente, foi criado um raster virtual de composição
RGB (cores verdadeiras) com bandas 3, 2 e 1 para os satélites Landsat-5 e bandas
4, 3 e 2 para o satélite Landsat-8.
O processamento de classificação consistiu na definição de categorias de
interesse através da seleção de pontos amostrais. Com o programa Google Earth
Pro, foram selecionadas áreas representativas para as classes, designadas como
ROIs (Regions Of Interest) destinadas à determinação de padrões de comportamento
dos pixels de cada classe, viabilizando a busca destes padres em toda a imagem.
Conforme o Manual Técnico de Uso da Terra do IBGE (2006), foram definidas as
seguintes classes de cobertura e uso da terra: 1- Corpos hídricos; 2- Área de
extração de areia (água proveniente do afloramento do lençol freático provocado
pelo demonstre hidráulico da extração de areia); 3- Vegetação densa ; 4- Campos
e pastagens ; 5- Solo exposto ; e 6- Áreas construídas. Segundo o IBGE (2006), o
principal objetivo do uso de nomenclaturas é unificar os conceitos e garantir a
compatibilidade de resultados. Em tempo, a “cobertura da terra” corresponde às
áreas em que sobressaem as características naturais ou mesmo construídas,
determinadas através da observação direta em visitas a campo ou por meio de
sensores remotos. Tendo em conta as áreas sob utilização econômica, realizadas
pelo homem (na superfície terrestre) que tem como objetivo obter algum produto
ou benefício (IBGE, 2006).
Em seguida, foram realizados os cálculos de área (em km²) e a porcentagem (%) de
cada classe, transferidos para planilha Excel para cálculo da variação
percentual entre os anos analisados. Para a validação da acurácia das
classificações supervisionadas foi utilizado o Índice Kappa Global, a fim de
avaliar a qualidade e confiabilidade dos dados apresentados.
De acordo com Monteiro (2008), os instrumentos de análise espacial fazem
ligações entre o meio físico e socioeconômico, sendo indispensáveis em estudos
ambientais, na tomada de decisões em ordenamento e planejamento do território, e
na definição de políticas de gestão de recursos naturais. Logo, a utilização de
sensores remotos, em especial para o mapeamento de cobertura e uso da terra, tem
um caráter fundamental para o desenvolvimento de pesquisas e monitoramento
ambientais, por possibilitar uma eficiência na obtenção e tratamento de elevada
quantidade de dados e informações sobre os recursos naturais.
Resultado e discussão
Desde os anos 1990 o estado fluminense passa por processos acentuados de
alteração do ambiente natural, ligados especialmente à industrialização e
crescimento populacional (LAMEIRA, 2010). Tais processos ocorreram de forma
desordenada e sem planejamento, principalmente na Baixada Fluminense, com suas
áreas rebaixadas e de formações sedimentares quaternárias transformadas, que
favoreceram a ocupação, embora com muitos fatores limitantes.
Visando compreender e avaliar as alterações que ocorreram nos municípios de
Queimados e Japeri, especialmente nas áreas próximas a APA do Rio Guandu, foram
criadas quatro classificações supervisionadas de cobertura e uso da terra,
referentes aos anos de 1991, 2006, 2010 e 2020, representadas nas Figuras 1 e 2.
Os resultados da validação da acurácia via Índice Kappa Global são: 0,93 (1991);
0,94 (2006); 0,93 (2010); e 0,94 (2020). Nota-se que os valores de Kappa das
classificações estão todos acima de 0,81, correspondendo a uma força de
concordância quase perfeita (MARTINEZ, 2015).
A classe de Extração de areia constitui áreas que podem ser classificadas como
Tecnoformas de Escavação (CEN/SBCR, 2022), com cicatrizes geradas pela retirada
direta de material e ocorrem em ambos os municípios nas proximidades da APA
Guandu, na orientação sudoeste. Com aumento total de 141%, destacando o ano de
2010 com 66%, nota-se a sua proximidade com eixos os rodoviários via Dutra
(Queimados) e Arco Metropolitano (Japeri). Ainda, estão localizadas nas
proximidades dos polos industriais das duas cidades. Segundo Morais (2016), por
sua localização privilegiada e a disponibilidade de amplos terrenos às margens
das rodovias, possuem um papel decisivo na economia do Rio de Janeiro, atraindo
investimentos industriais que remodelam a estrutura produtiva, reestruturando o
processo de circulação de bens e pessoas, e também os processos de criação de
novos relevos.
A ampliação de relevos tecnogênicos tem sido identificada em estudos na Baixada
Fluminense que ressaltam a substituição das morfologias quaternárias (SILVA,
2010; RUFINO, 2021; DIAS, 2022). Nessa área ocorrem depósitos arenosos do
Quaternário em áreas de planícies fluviais (SILVA, 2001), intensamente
explorados pela a indústria da construção civil (SILVA, 2010). A produção de
areia fluminense ocorre em terrenos quaternários devido à ocorrência de
depósitos arenosos relacionados ao intenso retrabalhamento do relevo nesse
período geológico, porém essas áreas, mesmo que em considerável disponibilidade,
coincidem com áreas urbanizadas (SILVA, 2010).
Esses relevos têm características específicas, que revelam a gênese diferenciada
dos processos antes dados como naturais. Essas formações se dão com a
intervenção do ser humano na dinâmica dos processos naturais, provocando a
quebra do equilíbrio dinâmico. A atualidade tem como uma de suas principais
marcas a maneira como a sociedade consome os recursos naturais e produz o
espaço, registrando no ambiente as formas da produção de sua ocupação (MIYAZAKI,
2014).
Além dessa, outras alterações registradas ao longo do período analisado estão
descritas a seguir e, de forma variada se relacionam com as mudanças nos
municípios. Observa-se a diminuição total de 21% na classe Corpos Hídricos
(Figura 3), que pode se associar a fatores como o regime de chuvas na região e
desmatamento da mata ciliar, diminuindo a retenção de água do rio Guandu. O ano
de 2010 mostrou um aumento de 16%, porém os anos seguintes demonstram um cenário
que aponta para a queda da disponibilidade hídrica, o que a criação da APA
Guandu visou combater. Tal queda não se restringe a apenas a área da APA Guandu,
mas também a toda a Região Hidrográfica Guandu (RUFINO, 2021).
A Vegetação Densa aumentou 164% nos últimos 32 anos. Destaque para o intervalo
entre 2010 e 2020 com 108% de elevação. Tal variação é influência da proximidade
com outras Unidades de Conservação, em especial APA Guandu-Açu, APA Jaceruba,
APA Rio D’Ouro, além da Reserva Biológica do Tinguá, todas à nordeste de Japeri.
Logo, grande parte do aumento dessa classe está relacionada principalmente a APA
da Pedra Lisa (Japeri) e as que estão próximas, levando o alerta para o
município de Queimados que apresenta apenas a APA Guandu como área de
preservação.
A classe de Campos e Pastagens diminuiu em todos os anos analisados, com
destaque para 2020 com uma redução de 20%, e um total de 31% de queda. A
tendência de redução pode estar diretamente ligada ao aumento expressivo das
áreas de vegetação densa, além do aumento das áreas construídas, discutido mais
à frente, e a ampliação dos parques industriais de Queimados e Japeri. Esses
parques industriais vêm sendo instalados em áreas férteis, perto de terras
banhadas pelo rio Guandu, próximas a APA Guandu, e causado prejuízos para
famílias de agricultores, que perdem seu meio de sustento. Essas áreas são
interessantes às unidades fabris pela posição estratégica para o escoamento da
produção, próximas à via Dutra e ao Arco Metropolitano (ALCÂNTARA et al., 2020).
Tal como campos e pastagens, Solo Exposto também apresentou tendência de queda,
em parte pelos mesmos fatores citados anteriormente. Entretanto, pode-se
destacar que os novos modelos de empreendimentos comerciais, processos de
reestruturação e novas práticas urbanas levam as cidades a um modelo onde,
segundo Araújo (2011), o importante é vender a beleza das áreas que rendem lucro
e manter as áreas territoriais desprivilegiadas na maior passividade possível,
preferencialmente escondidas. Logo, as áreas centrais das cidades são exploradas
e embelezadas e as áreas periféricas acabam negligenciadas. No caso dos dois
municípios estudados, isso levou a um aumento das áreas construídas, graças à
mudança de cidade rurais/dormitórios para cidades urbanas/industriais. Outro
fator é a construção do eixo rodoviário Arco Metropolitano, onde pode ser
observado a abertura de sua via em solo exposto no ano de 2010 e, logo em
seguida, no ano de 2020, sua total conclusão representando a classe de áreas
construídas, assim demonstrando a tendência que essa classe tem em representar
áreas que logo terão outro tipo de cobertura, assim como a formação de novos
relevos tecnogênicos.
Enfim, a classe de Áreas construídas, com o maior aumento, que chega a 229%, tem
destaque para a variação entre 1991 e 2006 com 156% de aumento. Os dois
municípios participaram do processo de emancipação no ano de 1991, logo os dados
disponíveis do censo demográfico do IBGE daquele ano ainda os tratavam como
distritos do município de Nova Iguaçu. Em 1990, Queimados e Japeri apresentavam,
respectivamente, 124.514 e 65.723 habitantes, no ano de 2000 foram 121.993 e
83.278. Com isso, Queimados apresentou uma queda de 2% em seus habitantes e
Japeri um aumento de 27%. No intervalo de 1991 até 2020, o aumento populacional
de Queimados foi de 22% e em Japeri de 61%, com os municípios apresentando
151.335 e 105.548, respectivamente. Antes conhecidas como “cidades dormitórios”,
os municípios se transformaram de uma “periferia marginalizada” para um eixo de
desenvolvimento econômico e industrial do estado do Rio de Janeiro (MORAIS,
2016; LAGO, 2017).
A chegada posterior da indústria na Baixada Fluminense alterou a estrutura
espacial e transformou essas “cidades dormitórios” em localidades economicamente
dinâmicas, municípios menores, recém-emancipados, com maior importância na
produção industrial do estado do Rio de Janeiro (MORAIS, 2016). O espaço
geográfico da Baixada foi transformado profundamente, alguns centros regionais
se consolidaram, como Queimados se transformou em uma cidade modelo,
representando uma “Nova Baixada” industrial (MORAIS, 2016).
Assim o espaço geográfico foi transformado profundamente. Essas feições
tecnogênicas produzidas pela atividade humana, com gênese e morfologia estão
ligadas diretamente às novas formas de apropriação e ocupação do relevo
(PELOGGIA, 1997; MIYAZAKI ,2014).
Mapa de localização dos municípios de Queimados e Japeri e mapas de cobertura e uso da terra dos anos de 1991 e 2006
Mapa de localização da APA do Rio Guandu e APA da Pedra Lisa e mapas de cobertura e uso da terra dos anos de 2010 e 2020
Gráfico com os valores da áreas das classes em Km² e as suas variações entre 1991 e 2020
Considerações Finais
A Baixada Fluminense passou por processos acentuados de alteração do relevo,
principalmente ligado a industrialização e crescimento das áreas urbanizadas.
Relevos tecnogênicos do tipo Tecnoformas de Degradação e expressos no terrenos
como cicatrizes tecnogênicas escavadas, com base em CEN/SBCR (2022), formados pela
extração de areia em cavas, foram possíveis de serem observadas nos municípios de
Queimados e Japeri, especialmente dentro e nas proximidades da APA Guandu
revelando conflitos de ordem ambiental pelo uso e ocupação desse território.
A análise também permitiu constatar uma queda da disponibilidade hídrica, com a
classe corpos hídricos apresentando uma diminuição de 21%, além de campos e
pastagens e a de solo expostos que mostram a sua retração ligada principalmente ao
crescimento das áreas construídas. As áreas de vegetação densa aumentaram em 164%,
entretanto, seu aumento parece estar mais ligado a outras Unidades de Conservação
que não estão abrangidas no recorte espacial aqui definido, o que levanta a
possibilidade de mais estudos para se observar a sua influência, principalmente as
do município de Nova Iguaçu, nos municípios vizinhos.
Por fim, o aumento expressivo de áreas de extração de areia e das áreas
construídas acarretam a criação de novas formas de relevo advindas da atividade
humana, produzidas pela apropriação do relevo, muitas vezes de forma desordenada e
sem preocupação com o ambiente.
Agradecimentos
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