Autores
- VALENTINA ESTEFÂNIA HESPANHOL VALLEUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: valentinaestvalle@gmail.com
- ALEXANDER JOSEF SÁ TOBIAS DA COSTAUNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIROEmail: ajcostageo@gmail.com
Resumo
O trabalho tem como objetivo elaborar uma análise da dinâmica fluvial da sub
bacia do canal do Mangue, localizada na cidade do Rio de Janeiro, a partir das
alterações antrópicas na superfície, sob uma ótica sistêmica
hidrogeomorfológica. A geomorfologia desempenha um papel integrador na
explicação dos processos de degradação, uma vez que a água é o principal agente
modelador do relevo – assim, torna-se necessário um estudo conjunto destes dois
elementos. A hidrogeomorfologia concede uma perspectiva estruturada da atuação
conjunta, tanto da hidrologia, que comanda o comportamento da água, quanto da
geomorfologia, pois um é alterado pelo outro. A área de estudo se localiza na
Grande Tijuca, com nascente no maciço da Tijuca e exutório na Baía de Guanabara.
Sua ocupação se deu de maneira gradativa com um planejamento ineficiente:
iniciou-se pela expansão urbana e por padrões sanitaristas no final do século
XIX. Com isso, é uma área que historicamente sofre pela pressão demográfica, com
um ordenamento frágil, resultando na ocupação de encostas, mudanças arbitrárias
nos corpos hídricos, e no desequilíbrio do sistema. Nesse sentido, como as
encostas fornecem água e sedimentos para as bacias hidrográficas, a ação
antrópica nestes locais provoca transformações nestes fluxos. À vista disso,
faz-se necessário o juízo dos impactos da urbanização, dentro de um contexto
sistemático, pois os cursos d’água formam níveis de base controladores dos
processos que modelam as vertentes, sendo que estas estão sendo ocupadas em
larga escala nesta sub-bacia. Para atingir o fim do trabalho, foram feitos o
levantamento e o georreferenciamento de mapas históricos e bibliográficos da
área de estudo, extração de bases digitais dos tipos de uso e ocupação da terra
e identificação das atividades antrópicas no espaço. Em suma, alterações
intensas no espaço provocadas pelo homem, como a canalização e supressão de
corpos hídricos, aliado a um planejamento débil, aumentam a frequência das
inundações.
Palavras chaves
hidrogeomorfologia; inundação; urbano