• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

ANÁLISE DE INVENTÁRIO DE MOVIMENTOS DE MASSA DE VITÓRIA, ES – BRASIL

Autores

  • JULIA FREDERICA EFFGENUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOEmail: julia.effgen@edu.ufes.br
  • EBERVAL MARCHIOROUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOEmail: ebervalm@gmail.com

Resumo

No Brasil, a região Sudeste se destaca como palco de eventos de movimentos de massa devido à sua topografia e clima quente úmido. Visando investigar a distribuição de ocorrência de movimentos de massa em Vitória, capital do estado do Espírito Santo, as principais tipologias, seus fatores condicionantes preparatórios e deflagradores, foi construído um inventário para o período entre os anos de 1999-2017 através de laudos geológico-geotécnicos do Projeto MAPENCO (Mapeamento das áreas de Risco das Encostas do Município de Vitória). Dos 1609 laudos analisados, 548 foram de ocorrências (O) e 1061 de possibilidade de ocorrências (P). A porção continental, formada por depósitos sedimentares (costeiros e estuarinos), manguezais e pela Formação Barreiras, tiveram apenas 5 ocorrências registradas, enquanto a porção insular, constituída, majoritariamente, por um maciço costeiro e diversas colinas costeiras de idade Pré-Cambriana, registrou 543 laudos. Os escorregamentos translacionais correspondem a 89% das ocorrências, enquanto as quedas e rolamentos de blocos são 9,5% – os outros 1,5% se dividem entre corridas, rastejos e recalques. Os fatores condicionantes ligados às atividades antrópicas e características de terreno são os mais prevalentes entre as ocorrências de movimentos de massa, enquanto precipitação é o principal fator gatilho. O ano de 2013 apresenta a maior quantidade de laudos registrados (75 O e 70 P) e foi o de maior precipitação no período em análise (2195mm). Em relação à precipitação mensal média, os laudos de ocorrência apresentam aumento nos registros no período de maior precipitação (entre os meses de novembro e janeiro), enquanto os laudos de possibilidade aumentam no período seco (entre junho e agosto). A correlação entre ocorrências e precipitação anual é moderada e positiva (Sρ = 0,575), enquanto com precipitação mensal média é muito forte e positiva (Sρ = 0,814). As correlações de possibilidades e precipitação anual e mensal não são significativas.

Palavras chaves

escorregamentos rasos; precipitação; fatores condicionantes

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