Autores
- WESLYANE BRAGA RODRIGUESUNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁEmail: weslyane.braga@aluno.uece.br
- MELVIN MOURA LEISNERUNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁEmail: melvin.leisner@aluno.uece.br
- ANTÔNIO RODRIGUES XIMENES NETOUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPIRITO SANTOEmail: ximenes.neto@uece.br
- YAN GURGEL VASCONCELOSUNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁEmail: yan.vasconcelos@aluno.uece.br
- SAMYRA COSTA DE FREITASUNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁEmail: samyra.freitas@aluno.uece.br
- JÁDER ONOFRE DE MORAISUNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁEmail: jader.onofre@uece.br
- DAVIS PEREIRA DE PAULAUNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁEmail: davis.paula@uece.br
Resumo
As falésias costeiras são relevos íngremes com origem tectônica, podendo ser
modeladas em diferentes rochas. Esse subsistema costeiro está em um equilíbrio
dinâmico e não estático, ou seja, estão em constante processo evolutivo/erosivo.
Nessa perspectiva, a dinâmica de falésias é governada por uma associação
combinada de processos (e.g. aéreos e subaéreos) que criam condições de
instabilidade morfodinâmica. No caso da falésia de Ponta Grossa, localizada no
município de Icapuí, litoral leste do Ceará, a composição litológica é
sedimentar. Trata-se de um trecho costeiro onde as falésias constituem o
principal atrativo turístico, em que, naturalmente, os visitantes transladam no
seu entorno. Desse modo, o estudo em questão aborda o risco associado aos
movimentos de massa ao longo dessa falésia, tendo por conta, os perigos naturais
e os riscos antrópicos. A fim de caracterizar e identificar os movimentos de
massa e associá-los com a sazonalidade climática local, foram realizados dois
trabalhos de campo (outubro/22 e fevereiro/23). Em campo, foi realizado
aerolevantamento com uso de uma ARP (Aeronave Remotamente Pilotada) e foram
definidos pontos de controle. O processamento das imagens foi realizado no
software Agisoft Metashape, permitindo extrair o ortomosaico. É preciso destacar
que durante os voos, foi realizada a catalogação dos movimentos de massa em uma
ficha de análise. Perante isso, com essa base de dados, nota-se que no mês de
outubro foram identificados 10 movimentos de massa, dentre eles, 7 quedas de
blocos e 3 deslizamentos. No que concerne ao mês de fevereiro, a contagem
totaliza 16, dentre eles 9 quedas de bloco, 3 deslizamentos e 4 fluxos de
detritos, o que pode ser justificado pelo aumento de precipitação contando com
66.2mm a mais para este mês. Desta maneira, infere-se que o estudo da
instabilidade em falésias auxilia na delimitação das áreas de risco, no qual
contribui na utilização da praia de forma mais segura a partir das sinalizações
preditivas.
Palavras chaves
Gestão de risco.; Praia.; Perigos costeiros.