Autores
- Thiago Brandi BOSQUETTEFCT / UNESPEmail: thiago.bosquette@unesp.br
- JOSÉ MARIANO CACCIA GOUVEIAFCT / UNESPEmail: mariano.caccia@unesp.br
Resumo
Objetivando promover gatilhos ecológicos para favorecer e acelerar processos
sucessionais e interações entre espécies através de técnicas de restauração, o
estudo aplicou a metodologia de Microunidades Edafoclimáticas (MEc). A partir da
compartimentação do relevo local em escala de detalhe, são definidas unidades
com características semelhantes em relação a alguns atributos físicos e bióticos
em microambientes, indicando a adoção de espécies e técnicas mais adequadas à
restauração ecológica em áreas com diferentes níveis de degradação. A área de
estudo corresponde à Área de Proteção Ambiental do Timburi, em Presidente
Prudente – SP (Com 4.608,2 ha, dos quais somente 621,2 ha são ocupados por
fragmentos florestais -13,5% da área total, e apenas 36% das APPs fluviais com
cobertura florestal). Com as técnicas executadas, constatou-se que a adoção dos
procedimentos apresentou ótimos resultados nos quais a taxa de sobrevivência de
mudas inseridas chegou a 91% após 3 meses de plantio.
Palavras chaves
Microunidades Edafoclimáticas; Restauração ecológica; Compartimentos do relevo; Projetos de restauração; APA do Timburi – Presidente Prudente – S
Introdução
O aumento exorbitante no consumo de recursos naturais, compreendidos como
energia e matéria mobilizados de sistemas naturais em equilíbrio dinâmico e suas
consequências sobre esses mesmos sistemas, despertou uma atenção maior da
comunidade mundial sobre os impactos ambientais, levando à necessidade de
medidas compensatórias como a restauração ou recuperação de áreas degradadas.
Restaurar, isto é, refazer ecossistemas de forma intencional, representa um
desafio no sentido de iniciar um processo de sucessão o mais semelhante possível
com os processos naturais, formando comunidades com biodiversidade que tendam a
uma rápida estabilização (REIS et al., 2003).
Gouveia e Paes (2017) expõem que a apropriação e ocupação das terras que
atualmente compõem o município de Presidente Prudente se iniciou através da
extração madeireira, depois, pela cultura cafeeira, a algodoeira, a pecuária
extensiva e, mais recentemente, o cultivo de cana-de-açúcar em grandes
extensões, resultando na supressão quase total da cobertura florestal original,
restando hoje um pequeno percentual, restrito a poucos, pequenos e dispersos
fragmentos. O território compreendido pelo município era originalmente recoberto
por “Floresta Estacional Semidecidual”, com formações ciliares (Aluviais) e
Submontanas, pertencente ao bioma Mata Atlântica (IBGE, 2012).
De acordo com o Inventário Florestal do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2020), o
território paulista possui uma área equivalente de 22,9% de vegetação nativa em
vários estágios de recomposição, além de que, atualmente, há apenas 32,6% da
área original da Mata Atlântica no estado de São Paulo, sendo que ínfimos 7,0%
do território é recoberto pela Floresta Estacional Semidecidual. Situação
evidenciada ao obaservar o município de Presidente Prudente, que apresenta
somente 13,3% da sua superfície recoberta por vegetação nativa (SÃO PAULO,
2020).
Criou-se em Presidente Prudente, através da Lei Municipal Complementar nº 235, a
Área de Proteção Ambiental (APA) do Timburi, objetivando o disciplinamento da
ocupação da terra, a proteção da biodiversidade local e a sustentabilidade do
uso de seus recursos naturais. (PRESIDENTE PRUDENTE, 2019). De acordo com Anhaia
e Baldasso (2022), a APA do Timburi apresenta uma área de 4.608,2 ha, dos quais
somente 621,2 ha são ocupados por fragmentos florestais, ou seja, apenas 13,5%
da área total. Em estudos mais recentes, Gouveia (2022), constatou que apenas
36% das APPs fluviais estabelecidas na APA do Timburi apresentavam cobertura
florestal.
Visto o contexto regional e local de intensa supressão da vegetação e degradação
ambiental na qual a área de estudo está inserida, a pesquisa teve como intuito
promover “gatilhos ecológicos” que favoreçam e acelerem os processos
sucessionais e as interações entre espécies, através de técnicas de restauração,
aliadas a metodologia de Microunidades Edafoclimáticas, que apoia-se
inicialmente na compartimentação do relevo local em escala de detalhe.
A delimitação de Microunidades Edafoclimáticas (MEc) corresponde ao
estabelecimento de unidades com padrões de características semelhantes, em
relação a determinados atributos físicos e bióticos presentes em microambientes,
com o intuito de orientar a adoção de espécies e técnicas mais adequadas à
projetos de restauração ecológica em áreas com diferentes níveis de degradação,
e assim reduzir os gastos com o manejo da restauração (GOUVEIA, 2019). Tais
padrões podem ser inicialmente definidos a partir das diferentes feições
geomorfológicas que se apresentam na área, e detalhadas na forma de
Microunidades partir da diversidade de microambientes identificados.
Este trabalho em conjunto com outros estudos já realizados ou em execução, visa
a criação de um amplo banco de dados a respeito da restauração ecológica em
áreas degradadas de Floresta Estadual Semidecidual. Os resultados obtidos podem
auxiliar na elaboração de futuros projetos de restauração, otimizando escassos
recursos disponíveis.
Material e métodos
Projeto desenvolvido pelo Grupo de Pesquisa Biogeografia para a Conservação –
Centro de Análises das Transformações Ambientais por Indução Antrópica (BC-
CATAIA) da FCT/UNESP do Campus de Presidente Prudente, denominado “Implantação,
monitoramento, e análise comparativa de diferentes técnicas de restauração
florestal em áreas degradadas de Floresta Estacional Semidecidual”, levou à
necessidade de elaboração de um diagnóstico ambiental preliminar de uma área de
19.764 m² (1,9764 ha), designada como uma APP, localizada na APA do
Timburi/Presidente Prudente-SP, as margens do Córrego Primeiro de Maio, visando
avaliar seu potencial de resiliência. Nesse processo, procurou-se localizar e
delimitar áreas com características semelhantes quanto aos aspectos edáficos e
microclimáticos e, a partir delas, definir metodologias e técnicas mais
adequadas para cada uma, com vistas à restauração florestal da área total de
intervenção. A essas unidades espaciais denominou-se, então, “Microunidades
Edafoclimáicas” (GOUVEIA, 2019).
Para a definição e espacialização dessas unidades, adotam-se procedimentos
simples que permitem, com razoável precisão, estabelecer seus limites espaciais
e identificar características de interesse. Para tanto busca-se obter e analisar
imagem remota da área, procurando observar padrões de textura e cor que
constituem-se em polígonos de conjuntos homogêneos. Consultas a dados
secundários relativos a atributos físicos, bióticos e antrópicos, tais como
aspectos geológicos, geomorfológicos, pedológicos, climáticos, hidrográficos,
cobertura vegetal original, histórico de usos da terra no local, entre outros,
permitem uma avaliação mais precisa dos atributos locais, quando dos
levantamentos de campo.
No campo, procura-se primeiramente avaliar e identificar atributos tais como
feições de relevo; declividades; orientação da vertente; posição topográfica;
proximidade de nascentes e outros corpos d’água; existência, localização e
características de fragmentos florestais nativos e processos erosivos; e,
ameaças potenciais ao processo de restauração (risco de pisoteio por gado,
deposição de resíduos, risco de incêndios, presença de espécies invasoras
agressivas, possibilidade de vandalismo, etc.). Concluídas tais avaliações, e de
posse de um aparelho de GPS, realizaram-se alguns transectos pelo terreno, de
acordo com a diversidade de microambientes identificados, procurando registrar
as coordenadas de pontos de interesse no interior de cada unidade (processo
erosivo, presença de exemplar arbóreo isolado representativo da vegetação
original, depósito de resíduos, como exemplos). Em cada microambiente busca-se
observar e descrever características relevantes para cada Microunidade
Edafoclimática, segundo as informações e correlações indicadas na Figura 1.
Figura 1: Atributos avaliados para definição das Microunidades Edafoclimáticas
Fonte: Gouveia (2019)
Gouveia (2019), dividiu a área total em seis parcelas de estudo e a partir dos
procedimentos já descritos, relacionou as seguintes Microunidades
Edafoclimáticas para a então área de pesquisa: 1-A, 1-B e 1-C Baixa vertente com
arbustivas e arbóreas; 2-A, Baixa vertente com gramíneas; 3-A, Terraço Nível II
com gramíneas; 4-A, Maciço arbóreo; 5-A e 5-B, Terraço Nível I com gramíneas e
solo exposto; 6-A, Ravina estabilizada com gramíneas; 7-A, Terraço Nível II com
arbóreas; e, 8-A e 8-B, Terraço Nível II com gramíneas e arbustivas. Nesse
trabalho, ficou explicita a organização das diferentes Microunidades
Edafoclimáticas a partir de características diferenciadas definidas de acordo
com as feições geomorfológicas encontradas.
Resultado e discussão
A partir da definição das Microunidades Edafoclimáticas desenvolvidas por
Gouveia (2019) para dividir a área de estudo por meio de características
pontuais do relevo, do solo e do clima foi possível identificar quatro
Microunidades Edafoclimáticas na Parcela de estudo, denominada como “Parcela 05”
(3.406 m²), conforme delimitado na Figura 2.
Figura 2 –Microunidades Edafoclimáticas identificadas na “Parcela 05”.
Fonte: Lima (2021)
As Microunidades identificadas assim foram caracterizadas:
• Microunidade 2-A - Baixa vertente com gramíneas: representa a maior
unidade da área de estudo, com aproximadamente 1300 m²; trata-se de um extenso
campo aberto de baixa vertente com predomínio de gramíneas exóticas e invasoras
(Brachiaria sp.). O solo apresenta textura arenosa, Horizonte A incipiente ou
ausente, alta permeabilidade e baixa fertilidade, de modo que a radiação direta
e a distância do curso d’água promovem uma fisionomia estépica, com pouca
disponibilidade hídrica. Dado o ambiente com forte caráter estacional, nela foi
indicada a inserção de espécies heliófilas, que se desenvolvem em ambientes com
períodos de escassez hídrica (tropófitas e xerófitas). A maioria das
intervenções de restauração ecológica ocorreu nessa área, visto que o processo
de regeneração natural encontra resistência e a sucessão ecológica se
demonstraria muito lenta nesse local;
• Microunidade 1-C - Baixa vertente com arbustivas e arbóreas: compreende
um maciço arbóreo-arbustivo, isolado no interior da Microunidade 2-A,
constituído por uma espécie arbórea exótica – cinamomo (Melia azedarach L.) –
com um raio da copa de cerca de 7 metros. Nessa extensão, apresenta certa
serrapilheira em decomposição, um solo areno-argiloso, com boa capacidade de
retenção de umidade e produz sombreamento de cerca de um terço da área,
propiciando um ambiente favorável a regeneração ambiental, inclusive de espécies
de estágio médio e avançado de regeneração, desde que adequadas às fisionomias
estacionais;
• Microunidade 8-B - Terraço Nível II com gramíneas e arbustivas:
corresponde ao Terraço Nível II, situado entre a baixa vertente e o Terraço
Nível I, com aproximadamente 330 m², podendo ser inundado em momentos de chuvas
muito intensas; apresenta uma fisionomia estépica-arbustiva, com poucos
indivíduos arbóreos, entretanto, ao transcorrer do tempo da pesquisa (2018 a
2023), aliado a regeneração natural, houve crescimento horizontal e vertical
desses núcleos arbóreo-arbustivos, elevando a diversidade e quantidade de
indivíduos nessa área, consequentemente aumentando a área sombreada, que antes
era de até 15%. Buscou-se introduzir nessa unidade espécimes arbóreos
heliófilas, mesófilas e seletivas higrófitas;
• Microunidade 5-B: Terraço Nível I com gramíneas e solo exposto: ocupa o
Terraço Nível I, que se estende por toda a área de estudo margeando o Córrego
Primeiro de Maio. Para se chegar até o local é preciso enfrentar o desnível
vertical entre o ele e o Terraço de Nível II, com aproximadamente dois metros.
Essa unidade apresenta fisionomia estépica com porções de solo exposto, ausência
de serapilheira e de horizonte A, indicando tratar-se de área de baixa
fertilidade. Contudo, a proximidade com o curso d’água favorece a
disponibilidade hídrica no solo, ainda que a torne alvo frequente de inundações,
quando ocorre qualquer precipitação pouco mais elevada. Para esta unidade
julgou-se sensato não implementar no momento nenhuma técnica de restauração,
pois experiências anteriores mostraram que mudas plantadas nesse espaço teriam
sido arrancadas pela força de enxurradas.
A partir dos parâmetros utilizados para a delimitação das Microunidades
Edafoclimáticas identificadas na área, das técnicas de restauração adotadas, e
das características ecológicas das espécies nativas para as fisionomias de
Florestas Estacionais Semideciduais, foram definidas por Lima (2021) e locadas
por Araújo (2022) e Bosquette & Cordeiro (2023) as diversas intervenções na área
de pesquisa – um poleiro seco, dois poleiros vivos, quatro núcleos de
transposição de galharias, seis canteiros destinados a adubação verde e quinze
núcleos de Anderson - como se observa na Figura 3:
Figura 3 – Espacialização das técnicas de restauração e plantios de adensamento
Fonte: Bosquette & Cordeiro, 2023
Fundamentando-se nas características de cada Microunidade Edafoclimática
identificada na área de estudo, Bosquette & Cordeiro (2023), realizaram na
primeira quinzena de outubro de 2022 a reposição de 54 mudas que acabaram
perecendo nos núcleos de Anderson, em relação as 75 mudas plantadas por Araújo
(2022) entre outubro e o início de dezembro de 2021. De modo que, a alta
mortandade de espécimes (75%) foi consequência do baixo índice pluviométrico
registrado em 2021, ano mais seco do município desde 1969 (antes desta data não
se encontrou dados disponíveis), e no primeiro semestre de 2022.
Entretanto, essa reinserção de indivíduos arbóreos, sucedida em níveis normais
de precipitação para o período, obteve uma taxa de sobrevivência de 91% (última
observação exercida em 07 de janeiro de 2023 – aproximadamente 3 meses após o
replantio).
Logo, nota-se que a elevada taxa de sucesso está interligada à definição das
Microunidades Edafoclimáticas na Parcela 05, já que a partir dos seus atributos,
foi possível efetuar criteriosamente a seleção de espécies a serem
reintroduzidas, a fim de conciliar suas características ecológicas com os
parâmetros físicos, químicos e biológicos encontrados em cada microunidade. A
título de exemplo, espécies como caroba (Jacaranda cuspidifolia Mart.),
canafístula-brava (Dalbergia villosa Benth.), angico-do-cerrado (Anadenanthera
falcata (Benth. Speg.)) e amendoim-do-campo (Platypodium elegans Vog.) foram
inseridas na Microunidade 2-A, em razão da adaptabilidade dessas árvores a
terrenos secos, pobres e com exposição solar direta (LORENZI, 1991). Em
contrapartida, na Microunidade 8-B, deu-se preferência a plantas com resiliência
a terrenos úmidos (LORENZI, 1991), como foi o caso da jabuticaba (Plinia
cauliflora (Mart.) Kausel), pau-formiga (Triplaris brasiliana Cham.) e pau-
d’alho (Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms).
Portanto, a metodologia de Microunidades Edafoclimáticas se mostra uma excelente
ferramenta no planejamento de projetos de restauração ecológica, proporcionando
tomadas de decisões mais assertivas e reduzindo a taxa de perdas. Além disso, ao
recorrer a tal concepção, há uma visão mais realista da área alvo, não se
prendendo a “fórmulas prontas” de outros estudos, mas sim respeitando as
singularidades de cada local.
Seguindo o raciocínio, ao mencionar APPs fluviais, ou seja, as faixas protegidas
pela Lei nº 12.651/2012 que cingem os cursos d’água e devem possuir largura
mínima de 30m e máxima de 500m, a depender da distância entre as margens desse
curso d’água (BRASIL, 2012), pode-se ter a falsa impressão de que essas áreas
apresentam disponibilidade hídrica e umidade em abundância, tendo em vista que
elas se localizam entorno de rios e córregos. Isso é uma percepção equivocada
quando se tratam de áreas que sofreram degradação, uma vez que sem a vegetação
florestal é muito complicado de se manter um sistema ambiental em equilíbrio.
Por conseguinte, ao aplicar técnicas restauradoras em uma APP, é de suma
importância avaliar meticulosamente as formas de relevo presente em toda a sua
extensão e como elas se relacionam com as condições atuais de solo e microclima
daquele contexto.
Atributos avaliados para definição das Microunidades Edafoclimáticas
Microunidades Edafoclimáticas identificadas na “Parcela 05”.
Espacialização das técnicas de restauração e plantios de adensamento
Considerações Finais
Os parâmetros (relevo, solo e clima) permitiram subdividir a área do estudo em
quatro Microunidades Edafoclimáticas: MEc 2-A (baixa vertente com a presença de
gramíneas); MEc 1-C (baixa vertente com arbustivas e arbóreas); MEc 8-B (Terraço
Nível II com gramíneas e arbustivas); e MEc 5-B (Terraço Nível I com gramíneas e
solo exposto). Assim, foi possível estabelecer as melhores técnicas a serem
empregadas, além de otimiza-las, como foi o caso da seleção adequada de espécies
arbóreas plantadas, levando em consideração as características ecológicas das
espécies de acordo com as características do ambiente em que seriam introduzidas
(opção por espécies seletivas xerófitas na MEc 2-A e seletivas higrófitas na MEc
8-B).
As técnicas de restauração e plantios de adensamento executadas nos anos de 2021
e 2022, comprovaram que a adoção dos procedimentos metodológicos descritos
apresentaram resultados que superaram as perspectivas iniciais. A taxa de
sobrevivência de mudas que foram inseridas chegou a 91% após 3 meses de plantio,
em condições normais de pluviosidade conforme a média da série histórica
apresentada no período de observação no município de Presidente Prudente-SP.
Os resultados positivos obtidos na pesquisa evidenciaram que a definição de
Microunidades Edafoclimáticas é um eficiente instrumento na elaboração de
projetos de recuperação de áreas degradadas. Ao se ter um olhar mais
direcionado são minimizados os equívocos, e as perdas e gastos dessas
intervenções são reduzidas.
Agradecimentos
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), por financiar o
trabalho realizado através da bolsa de Iniciação Científica (Processo 2021/07379-
1)
Referências
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