Autores
- MÁRIO TEIXEIRA RODRIGUES BRAGANÇASECR MUNIC. DE EDUCAÇÃO/PREF. MUNICIPAL DE BETIMEmail: mario.teixeira@alumni.usp.br
- LUIZ FERNANDO DE PAULA BARROSDEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, IGC/UFMGEmail: luizbarros@ufmg.br
- DÉBORAH DE OLIVEIRADEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA, FFLCH/USPEmail: debolive@usp.br
Resumo
Este trabalho apresenta o mapeamento de unidades de relevo da bacia do Ribeirão
Cotovelo, localizada no município de Brasilândia de Minas, noroeste de Minas
Gerais. Pretendeu-se caracterizar as unidades de relevo, como subsídio à
investigação de condicionantes estruturais e tectônicos atuantes na dinâmica
geomorfológica da borda ocidental do Planalto Atlântico. A metodologia baseou-se
em operações espaciais com atributos topográficos, gerados por Sistemas de
Informação Geográfica sobre modelos digitais de elevação, tais como orientação
de vertentes, declividade, relevo sombreado, relevo 3D, etc. O tema foi abordado
com fundamento no conceito de modelado de relevo, mediante etapas cartográficas
sucessivas, do que resultou a identificação e delimitação de dez unidades de
relevo, agrupadas em três conjuntos de modelados: dissecação, acumulação e
sujeitos a controle estrutural e tectônico. O mapa final fornece uma visão
sinótica da geomorfodinâmica regional
Palavras chaves
Mapeamento; Unidades de relevo; Planalto Atlântico; Cráton do São Francisco; Morfoestrutura
Introdução
Descrita como uma unidade estrutural ascendente (HASUI, 1990), a Plataforma
Brasileira guarda esparsos registros sedimentares antigos (HASUI, 1990; SAADI,
1991; VALADÃO, 2009). No entanto, em seu interior, o semiconfinamento da bacia
do Rio São Francisco criou um nível de base para toda a drenagem interior da
Planalto Atlântico (VALADÃO, 2009), favorecendo a deposição de volumes
sedimentares significativos, a exemplo das unidades geomorfológicas Planaltos
Sedimentares, Depressões e Planícies do São Francisco (CETEC, 1981, 1983). Essas
unidades suportam a dissecação fluvial, fortemente condicionada pelo clima
tropical úmido (GARREAUD et al., 2009) e por uma densa rede de drenagem; além
disso, esses processos são complicados por uma tectônica recente (SAADI, 1991;
BRAGANÇA, 2022). Nesse contexto, o presente trabalho objetiva caracterizar as
unidades de relevo na bacia do Ribeirão Cotovelo, como subsídio à investigação
de condicionantes estruturais e tectônicos atuantes na dinâmica geomorfológica
regional.
A bacia do Ribeirão Cotovelo constitui uma unidade hidrográfica com 788,1 km²,
situada no município de Brasilândia de Minas (MG) e inserida no Bioma Cerrado
(Figura 1). O Ribeirão Cotovelo é contribuinte da margem esquerda do médio vale
do Rio Paracatu; drena rochas da cobertura deformada ocidental do Cráton do São
Francisco (ALMEIDA, 1977), isto é, arenitos da Formação Três Marias, no topo
(860 m) e vertentes da Serra do Boqueirão, e pelitos, metapelitos e arenitos
carbonatados das formações Serra da Saudade e Lagoa do Jacaré (CAMPOS e
DARDENNE, 1997) no interior da bacia (530 m). Essas duas unidades foram
deformadas pela Tectônica Paraopeba (SCHOBBENHAUS et al., 1985), formando a Zona
de Cisalhamento NNW-SSE (CPRM; COMIG, 2003a; b; c).
A abordagem do trabalho seguiu a proposta de mapeamento de modelados como
unidades básicas de relevo, hierarquicamente relacionados (CETEC, 1981; 1983;
IBGE, 2009), e organizada, inicialmente, em três níveis taxonômicos (Figura 2).
A identificação, caracterização e mapeamento das unidades de relevo na escala da
bacia do Ribeirão Cotovelo foram norteadas pelo conceito de modelado do relevo,
que pretende descrever “padrões de formas de relevo que apresentam definição
geométrica similar em função de uma gênese comum e dos processos morfogenéticos
atuantes, resultando na recorrência dos materiais correlativos superficiais”
(IBGE, 2009). Assim, pretendeu-se identificar modelados de dissecação,
resultantes da incisão fluvial e da remoção dos materiais, em associação com a
natureza do substrato rochoso; modelados de acumulação, relacionados a depósitos
por fluxos gravitacionais e acumulações fluviais e fluviolacustres; além de
modelados controlados pela estrutura das rochas subjacentes e por processos
tectônicos recentes.
Material e métodos
Fontes analógicas e digitais possibilitaram gerar dados básicos e contextualizar
os fenômenos geológicos e geomorfológicos de interesse; a cartografia
topográfica e a cartografia geológica serviram de base para o enquadramento
local e regional das feições, nas escalas 1:1.000.000, 1:250.000 e 1:100.000
(IBGE, 1980; 1983; CPRM; COMIG, 2003a , b, c). Os dados topográficos na escala
de trabalho, foram modelados a partir de duas cenas do Modelo Digital de
Elevação Phased Array type L-band Synthetic Aperture Radar, da plataforma
Advanced Land Observing Satellite-1 (ALOS-PALSAR), com resolução espacial de
12,5 m e correção radiométrica de terreno de alta resolução (ASF-DAAC, 2015).
O processamento digital das bases foi executado com recursos do QGIS (QGIS
Development Team, 2019). Alguns dados brutos e parâmetros geométricos foram
obtidos e tratados no MapInfo Professional 10.0 e no Microsoft Excel. O mapa
final foi compatibilizado com a escala 1:40.000 e reprojetado no sistema de
referência UTM/Fuso 23, Datum WGS84.
Em continuidade à análise geomorfométrica das sub-bacias contribuintes do
Ribeirão Cotovelo (BRAGANÇA et al., 2021), o MDE foi tratado para correção de
reflectância e obtenção de modelos de relevo sombreado, relevo 3D, declividade,
orientação de vertentes e hipsometria (KARNIELI et al., 1996; LIU, 2003; MELO;
ROSSETTI, 2015; MANTELLI; ROSSETTI, 2009). Imagens de alta resolução espacial da
Plataforma Google Earth ™, foram examinadas para análise de modelados de pequena
extensão superficial e reconhecimento detalhado da rede de drenagem. A essas
bases somaram-se os lineamentos crustais de duas fontes distintas, compilados e
mapeados (BRAGANÇA et al., 2023).
O mapa de relevo sombreado (hillshading) foi obtido para 315º de azimute e 45º
de inclinação do ângulo solar, em conformidade com os elementos principais da
topografia local. Sete intervalos distintos foram selecionados para as classes
de declividade: 0 ͱ 3%, 3 ͱ 8%, 8 ͱ 12%, 12 ͱ 20%, 20 ͱ 30%, 30 ͱ 45%, ≥ 45%
(EMBRAPA, 1979; BIASI, 1992). Oito intervalos foram considerados para a análise
da orientação de vertentes: N: 337,5º - 22,5º; NE 22,5º - 67,5º; E: 67,5º -
112,5º; SE: 112,5º - 157,5º; S: 157,5º - 202,5º; SW: 202,5º - 247,5º; W: 247,5º
- 292,5º; NW: 292,5º - 337,5º. Dez classes foram computadas para a hipsometria,
considerando a cotas mínima (480 m) e máxima (860 m): < 480 m, 480 ͱ 525 m, 525
ͱ 550 m, 550 ͱ 575 m, 575 ͱ 600 m, 600 ͱ 650 m, 650 ͱ 700 m, 700 ͱ 750 m, 750 ͱ
800 m, ≥ 800 m.
As unidades de relevo foram delimitadas sobre os vários modelos digitais
englobando feições visualmente homogêneas em termos de textura e rugosidade. Em
seguida, os polígonos foram ajustados em função da análise pormenorizada dos
limites e transições de textura, brilho e limites de classes sobre as
representações de relevo sombreado, hipsometria, rugosidade do terreno,
declividade, orientação de vertentes. O ajuste final dos polígonos considerou as
ocorrências do substrato geológico, baseado em amplo conhecimento de campo e
vasto acervo fotográfico do terreno, haja vista não existir mapeamento geológico
detalhado para esta área. Cada unidade foi vetorizada manualmente no Qgis, como
uma feição poligonal, o que resultou em um arquivo vetorial, em formato
shapefile.
Resultado e discussão
Dez unidades de relevo representativas da geomorfologia regional foram mapeadas
na bacia do Ribeirão Cotovelo (Figura 3).
Morros Residuais ou Testemunhos
A unidade Morros Residuais ou Testemunhos (Outliers ou Platôs Concrecionados)
apresenta morfologia de topos planos ou colinas arredondadas, vertentes
retilíneas a convexas, situada acima de 790 m de altitude, com gradiente
altimétrico da ordem de 25 a 60 m. Configura remanescentes de ciclos de erosão,
sustentados por arenitos Mesozoicos e fossilizados por camadas silicificadas
(SGARBI, 2000) ou encrostamentos lateríticos.
Chapada do Boqueirão
A unidade Chapada do Boqueirão é um compartimento planáltico elevado,
correspondente ao topo plano da Serra do Boqueirão, delimitado por escarpas
erosivas. Situa-se entre 740 e 790 m, apresenta-se medianamente dissecado pela
drenagem, com incisões variando entre 11 a 40 m e média de 25 m; nas partes
elevadas, abriga colinas arredondadas isoladas, correspondentes à unidade Morros
Residuais ou Testemunhos. Em geral, a unidade se apresenta basculada para NE,
com uma inclinação de 4 a 5%, sustentada por arenitos arcoseanos da Formação
Três Marias. Metapelitos e arenitos da Formação Serra da Saudade (subjacente)
afloram extensivamente na escarpa oriental da unidade, cuja altura chega a 200 m
nas cabeceiras das sub-bacias da Vereda da Passagem, Córrego Morcego e Córrego
das Trombas.
Planalto Fracamente Dissecado
A unidade Planalto Fracamente Dissecado se encontra segmentada em duas manchas,
cujos modelados são definidos por topos suavizados e baixos, vertentes
retilíneas e vales orientados segundo a inclinação do substrato. Na Serra do
Boqueirão, essa unidade foi elaborada sobre arenitos da Formação Três Marias,
que aflora extensivamente no interior da unidade. Já nas Serras dos Dois Irmãos
e do Morro Redondo, o modelado é sustentado por arenitos dos Grupos Urucuia e
Areado e capeado por coberturas arenosas e detrito-lateríticas Neogênicas da
Formação Chapadão (CPRM; COMIG, 2003a; b; c). De modo geral, apenas canais de
baixa ordem hierárquica dissecam a unidade, entalhando vales amplos em forma de
ravinas baixas, posicionados entre interflúvios baixos e extensos.
Planalto Dissecado
A unidade Planalto Dissecado é caracterizada por dissecação acentuada de rochas
areníticas, pelíticas e metapelíticas das formações Três Marias e Serra da
Saudade, ao ponto de alcançar as zonas de fraqueza da Tectônica Paraopeba
(SCHOBBENHAUS et al., 1985); sua influência estrutural pode ser notada no
traçado dos canais e no arranjo da rede de drenagem em seu interior. Compõe-se
de morros alongados, topos estreitos, aguçados e ravinados, vertentes curtas e
retilíneas, profundamente dissecadas por canais cujos leitos se instalam
preferencialmente sobre a rocha inalterada. A unidade marca a ruptura
topográfica a Leste do Planalto Fracamente Dissecado e da Chapada do Boqueirão.
Escarpa Reafeiçoada
A unidade Escarpa Reafeiçoada descreve um modelado de dissecação situado na
borda ocidental das Serras do Morro Redondo e dos Dois Irmãos, correspondentes à
unidade oriental do Planalto Fracamente Dissecado. É caracterizada por um
imponente gradiente topográfico, da ordem de 200 m, resultado da dissecação
acentuada de arenitos e metapelitos das formações Serra da Saudade e Lagoa do
Jacaré, elevados e expostos por uma falha inversa com vergência Oeste. A escarpa
abriga diversos canais de baixa ordem, que a atravessam perpendicularmente e
deságuam nos Córregos Morro Redondo e Assapeixe; seus pequenos divisores se
ajustam a uma morfologia de morros baixos, alongados, com vertentes curtas e
convexas.
Vale Estrutural Dissecado
A unidade Vale Estrutural Dissecado descreve um modelado de relevo situado entre
560 e 840 m, resultado de intensa dissecação fluvial, controlada por estruturas
dobradas e falhadas, orientadas na direção N-S a NNW-SSE e correspondentes à
zona de cisalhamento NNW-SSE (CPRM; COMIG, 2003b; c). Internamente, o relevo é
constituído por uma sucessão de cristas e vales encaixados, controlados por
cristas antiformais e vales sinformais, entremeados por colinas arredondadas com
vertentes baixas, longas, convexas a retilíneas. A unidade é dissecada por
canais fluviais de várias ordens, fortemente ajustados à estrutura local; há uma
inclinação geral da topografia de 2 a 4%, de Norte para Sul. Observa-se,
contudo, que o conjunto da unidade apresenta caimento da ordem de 5 a 7% de
Oeste para Leste, ou seja, em direção à calha do Rio São Francisco (CETEC,
1981). O substrato da unidade é constituído por arenitos finos e metapelitos
(formações Serra da Saudade e Lagoa do Jacaré), intensamente fraturados. O
Ribeirão Cotovelo atravessa a unidade de Norte a Sul com canal entrincheirado,
ajustado à estrutura.
Morfoestruturas Residuais
A unidade Morfoestruturas Residuais descreve uma unidade de relevo na forma de
morros isolados, situada no interior do Vale Estrutural Dissecado, com altitude
variando entre 545 e 691 m. Exibe morfologia de colinas com topos arredondados e
alongados e inclinados (5 a 8%) na direção Norte-Sul, vertentes íngremes,
curtas, convexas a retilíneas. O substrato da unidade é constituído por rochas
carbonatadas da Formação Serra da Saudade, localmente dobrados e fraturados.
Existe nítido controle estrutural da morfologia da unidade, exercido pelas
estruturas dobradas, na forma de anticlinais e sinclinais da zona de
cisalhamento NNW-SSE (BRAGANÇA, 2022).
Colinas baixas
A unidade Colinas Baixas reúne formas de relevo situadas entre 520 e 610 m,
correspondente ao divisor dos Córregos Assapeixe e Forquilha, na margem esquerda
da bacia. Trata-se de uma colina ampla, com topo levemente arredondado a
suavemente convexo, fracamente dissecado por ravinas e vales de fracamente
encaixados; as vertentes são retilíneas, extensas, com inclinação suave em
direção ao Ribeirão Cotovelo. O substrato da unidade é composto,
predominantemente, por argilitos da Formação Serra da Saudade, capeados por
conglomerados.
Terraço Pleistocênico
A unidade Terraço Pleistocênico constitui um patamar situado entre 510 e 560 m
de altitude, adjacente à Planície Fluviolacustre, portanto, de 15 a 30 m acima
deste nível; a unidade possui inclinação constante e bem marcada em direção à
foz do Ribeirão Cotovelo (NE-SW). Ocorre em ambas as margens do baixo vale,
entre a confluência do Córrego Alegre (à montante) e o Rio Paracatu (à jusante).
A morfologia do modelado é plana a suavemente inclinada em direção à planície
fluviolacustre, com numerosos sinais de movimentos de massa decorrentes da
remobilização dos cascalhos em suas bordas, seja pela remoção fluvial, seja por
gravidade, em razão da instabilização antrópica das vertentes. Corresponde a um
nível de terraço com até 7,5 m de espessura, depositado sobre a rocha e composto
por conglomerados basais e granulometria arenosa grano-decrescente em direção ao
topo, variando de areia grossa a silte.
Planície Fluviolacustre
A unidade Planície Fluviolacustre está situada entre 530 e 495 m de altitude (de
montante para jusante). Caracteriza-se pela morfologia excepcionalmente plana,
delimitada por escarpas, presença abundante de lagos de meandros abandonados e
intenso meandramento atual do canal do Ribeirão Cotovelo, além da existência de
remanescentes de um nível baixo de terraço Holocênico em seu interior, com até
2,5 m de altura. A gênese desta unidade tem relação com o graben holocênico do
baixo Ribeirão Cotovelo (BRAGANÇA, 2022), a redução na velocidade de escoamento
do canal próximo à foz e a orientação (farpada) da confluência com o Paracatu.
Os lagos de meandros abandonados apontam para a evolução do canal por processo
de avulsão (IBGE, 2009), a planície inclina-se de Norte para Sul (1 a 2 %), em
direção à calha do Rio Paracatu (nível de base), seu substrato é constituído
essencialmente por aluviões arenosos, silto-arenosos, silto-argilosos, com
pequena interdigitação de depósitos de baixa vertente.
A) Localização da bacia do Rio Paracatu e do município de Brasilândia de Minas. B) Localização da bacia do Ribeirão Cotovelo
Domínios morfoestruturais e Regiões geomorfológicas do noroeste de Minas Gerais
Mapa de unidades de relevo e perfil topográfico da bacia hidrográfica do Ribeirão Cotovelo
Considerações Finais
A cartografia das unidades de relevo se mostrou eficaz na análise e síntese da
paisagem geomorfológica e contribui para a explicação da dinâmica geomórfica na
borda do Planalto Atlântico. Conforme demonstrado, a bacia do Ribeirão Cotovelo
apresenta relativa diversidade de formas de relevo, representativas da
morfologia regional; esses conjuntos de formas decorrem de um ambiente de
elevada complexidade litoestrutural e tectônica, grande variedade litológica da
cobertura cratônica, intensamente deformada pela Tectônica Paraopeba.
As unidades de relevo da bacia do Ribeirão Cotovelo podem ser reunidas em três
tipologias:
Formas de dissecação, esculpidas sobre rochas Pré-Cambrianas e sobre coberturas
arenosas e detrito-lateríticas, Neogênicas, resultantes do intemperismo dos
arenitos Cretáceos (Morros Residuais/Testemunhos, Chapada do Boqueirão, Planalto
Fracamente Dissecado e Planalto Dissecado).
Formas com forte condicionamento morfoestrutural e morfotectônico; em seu
interior os canais são entrincheirados em leitos rochosos ou encaixados em
leitos arenosos (Planalto Dissecado, Escarpa Reafeiçoada, Vale Estrutural
Dissecado, Morfoestruturas Residuais e Planície Fluviolacustre).
Formas mistas de acumulação e dissecação que, por sua posição, estão sujeitas ao
trânsito de material sedimentar; situam-se entre 15 e 50 m acima da drenagem
atual e constituem patamares entre as unidades planálticas mais elevadas e a
planície de inundação (Colinas Baixas e Terraço Pleistocênico).
Agradecimentos
À FAPEMIG pelo apoio financeiro (Projeto APQ-00511-21) e ao grupo de pesquisa
RIVUS - Geomorfologia e Recursos Hídricos (UFMG).
Referências
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