• 14° SINAGEO – Simpósio Nacional de Geomorfologia
  • Corumbá / MS
  • 24 a 30 de Agosto de 2023

EVOLUÇÃO PEDOGEOQUÍMICA DE LATOSSOLO BRUNO NA SUPERFÍCIE GEOMÓRFICA DE BOA VISTA DAS MISSÕES (RS)

Autores

  • SHIRLEY MANERA BALASTRELLIUNIOESTEEmail: shirleymanerabalastrelli@gmail.com
  • MARGA ELIZ PONTELLIUNIOESTEEmail: margapontelli@gmail.com

Resumo

A evolução do relevo baseia-se no reconhecimento e descrição das formações superficiais ou materiais inconsolidados. Nesse sentido, a geomorfologia contribui diretamente para a compreensão da dinâmica das distintas paisagens no Quaternário. Na região do Planalto Basáltico Sul-Brasileiro, pesquisas vêm sendo realizadas a fim de conhecer os processos vinculados a gênese de formações superficiais. Os resultados evidenciam, principalmente, formações superficiais oxídicas com materiais parentais poligenéticos - alóctones e autóctones, cujas características químicas e mineralógicas remetem a distintas evoluções pedogeoquímicas. No setor do Alto Uruguai, em divisor local entre as bacias dos rios da Várzea e Fortaleza – superfície geomórfica de Boa Vista das Missões, ocorrem formações superficiais compostas por materiais latossólicos, de cor bruna, com presença de linha de pedras na transição do solum para alterita. Os fragmentos da linha de pedras correspondem a seixos oligomíticos (ferruginosos) suportados e, fisicamente, individualizam perfil latossólico composto por “raíz” de alteração autóctone e solum composto por colúvios indiferenciados, ou seja, alóctone. A mineralogia obtida pela Difração de Raios-X revela presença de: filossilicatos 1:1 tipo Caulinita; óxidos de Fe – Goethita, Hematita, Maghemita; óxidos de Ti/Fe – Ilmenita e Ti - Rutilo; óxidos de Al – Gibbsita, além do mineral primário Quartzo. Essa assembleia mineralógica revela atuação da hidrólise, especificamente a monossialitização, indicando tratar-se de materiais muito evoluídos, relacionados a fase pedogeoquímica de ferralitização das formações superficiais. Quando comparado com mineralogia de formações superficiais, também latossólicas, situadas no Planalto das Araucárias (SW do PR e W de SC), verifica-se que embora essas apresentem grau elevado de evolução dos materiais, ainda não se encontram na fase de ferralitização.

Palavras chaves

Formações superficiais ; Mineralogia de argilas; Ferralitização

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