Autores
- LAIANE DIAS RIBEIROUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: diasribeirolaiane@gmail.com
- JADSON COSTA NASCIMENTO JÚNIORUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: jadsonnascimentojcnj@gmail.com
- LUIZ PAULO CONCEIÇÃO DA SILVAUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: luizpauloconceicao2015@gmail.com
- DANIEL VIEIRA DE SOUSAUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: daniel.vsousa@univasf.edu.br
- JANAINA CARLA SANTOSUNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOEmail: janaina.santos@univasf.edu.br
- MARCELO ACCIOLY TEIXEIRA DE OLIVEIRAUNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINAEmail: maroliv@cfh.ufsc.br
Resumo
Esse trabalho tem o objetivo de estudar as variações do teor de carbono em
sedimentos arenosos no fundo do Vale da Serra Branca no Parque Nacional Serra da
Capivara, PI, onde foi aberta uma trincheira de 8,54 m de profundidade. Os
mecanismos de fixação e estabilização de carbono no solo/sedimento envolvem a
formação de complexos organometálicos, textura do solo, baixa temperatura,
saturação por água, a taxa de decomposição, a atividade biológica, a forma deste
carbono, dentre outros. Foram coletadas 31 amostras. O teor de carbono foi
determinado em triplicatas pelo método de Perda de Massa por Ignição, no qual
10g de Terra Fina Seca em Estufa é queimada em forno mufla a 450oC. Em geral os
teores de carbono foram baixos. Há algumas exceções onde os teores foram médios
a altos. Os menores percentuais de C foram encontrados nas profundidades 8,65 m,
3,95m, 3,71m, 3,58m, com valores 0,34%, 0,18%, 0,29%, 0,13%, respectivamente. Os
horizontes pedogenéticos A1 e A2 possuem baixos teores de C (0,92 e 1,5%). Os
maiores teores de C foram encontrados entre 6,33 e 5,5m variando entre 2,70% e
4,51% em camadas sedimentares que possuem alternância de sedimentos ricos e
pobres e C, bem como a algumas feições de oxirredução. Os baixos teores de C nos
horizontes A1 e A2 devem-se a atual condição climática bem como a textura
arenosa. Possivelmente as demais camadas de baixos teores de C seguem a mesma
relação. Devido os baixos teores de argila do sedimento é improvável que a
formação de complexos organometálicos seja responsável por ter estabilizado esta
matéria orgânica nas camadas de teores médios a altos (2 a 4%). Possivelmente
este acúmulo de C deve-se a alguma condição de saturação de água no fundo do
vale da Serra Branca, o que estaria ligado a condições climáticas mais úmidas
existentes na região, talvez associado ao Youger Dryas. No entanto, para a
validação desta hipótese necessita-se de datações e estudos micromorfológicos
que atualmente estão em andamento.
Palavras chaves
Carbono; Paleoambientes; Brejos