Autores
Oliveira, S.A. (PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA/UFRJ) ; Peixoto, M.N.O. (DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA/UFRJ) ; Mello, E.V. (PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA/UFRJ)
Resumo
Ao longo das últimas três décadas, as temáticas ligadas às mudanças nos sistemas terrestres causadas e/ou agenciadas pela humanidade têm ganhado grande visibilidade e atenção junto à opinião pública, convocando diversas áreas de conhecimento das ciências a se debruçarem sobre elas. A variedade de abordagens observada nos estudos que tratam do Antropoceno e/ou do Tecnógeno, no entanto, pode trazer, por vezes, alguma confusão sobre o emprego dos termos e o escopo das discussões, indicando a importância de se buscar identificar suas bases e caminhos conceituais e metodológicos. Com o objetivo de efetuar uma problematização sobre o Técnogeno e o Antropoceno trazemos, neste trabalho, uma breve revisão téorica sobre o tema no âmbito das Geociências, buscando contribuir para a discussão de suas implicações para o campo da Geomorfologia.
Palavras chaves
Antropoceno/Tecnógeno; Geomorfologia; Geociências
Introdução
A capacidade de as sociedades humanas promoverem alterações drásticas nos sistemas naturais terrestres vem sendo crescentemente destacada no âmbito das Geociências. O Homo sapiens, desenvolvendo e apropriando-se da técnica, assim como a sedentarização das populações primitivas e a expansão de uma prática mais sistemática da agricultura, são processos reconhecidos como iniciantes de uma radical modificação das relações entre as sociedades e a natureza, sendo localizado no Neolítico um dos primeiros e mais evidentes períodos de transformação das paisagens naturais (PELOGGIA, 1997). Outro marco fundamental na história das mudanças ambientais relacionadas às atividades humanas constitui, indubitavelmente, a revolução industrial. A partir dela, as formas, a magnitude, a intensidade, a estrutura e a disseminação das modificações ambientais tornam-se profundamente ampliadas, refletindo novas relações sociais e com a natureza dentro de uma nova lógica de produção econômica. Neste contexto, o entendimento de que as sociedades humanas se tornaram um agente de intensa modificação das paisagens nos mais diversos e longínquos rincões do planeta Terra – portanto, equiparando-se às forças e agentes modeladores da superfície terrestre, ou seja, aos agentes geológicos (e geomorfológicos) – abriu caminho para a introdução de novos conceitos e estudos sobre um novo tempo/ambiente, traduzido nos termos Tecnógeno e (mais recentemente) Antropoceno. Ao longo das últimas três décadas, as temáticas ligadas às mudanças nos sistemas terrestres causadas e/ou agenciadas pela humanidade têm ganhado grande visibilidade e atenção junto à opinião pública, convocando diversas áreas de conhecimento das ciências a se debruçarem sobre elas. A variedade de abordagens observada nos estudos que tratam do Antropoceno e/ou do Tecnógeno, no entanto, pode trazer, por vezes, alguma confusão sobre o emprego dos termos e o escopo das discussões, indicando a importância de se buscar identificar suas bases e caminhos conceituais e metodológicos. Com o objetivo de efetuar uma problematização sobre o Técnogeno e o Antropoceno no campo da Geomorfologia, trazemos, neste trabalho, uma breve revisão téorica sobre o tema no âmbito das Geociências, buscando contribuir para a discussão de suas implicações para este campo.
Material e métodos
Marcos temporais do Antropoceno/Tecnógeno. As alterações nos sistemas geomorfológicos/geológicos devido à ação humana têm sido mencionadas ou estudadas desde longa data nas Geociências, observando- se a introdução de diversas terminologias. Pavlov (1922 apud PELOGGIA et al. 2014), Chemekov (1983), Ter-Stepanian (1988), Crutzen & Stormer (2002), por exemplo, lançaram termos e trouxeram novos ou revisitados conceitos ao debate acerca das modificações produzidas pelas sociedades humanas nas formas, materiais (expressos essencialmente em registros sedimentares e solos) e nos processos modeladores da superfície terrestre, e suas implicações na concepção do tempo geológico. Suas proposições envolvem, no entanto, entendimentos nem sempre convergentes sobre os marcos temporais que representam o início das modificações sistemáticas nas paisagens pelos grupos humanos, refletidos na nomenclatura que representa esta temporalidade e na sua inserção (ou não) na cronoestratigrafia. Peloggia (1997), Oliveira e colaboradores (2005) identificam na Revolução Neolítica e na Revolução Industrial marcos essenciais para a delimitação e compreensão do Tecnógeno, definido pelos autores como uma época dentro do Período Quaternário em que Homem (ou melhor, a humanidade) se apropria da técnica e torna mais proeminente sua atuação enquanto agente geológico/geomorfológico, criando e modificando, durante um curto intervalo de tempo, novas e diversas formas de relevo e materiais terrestres, além de intensificar brutalmente as taxas e intensidades dos processos erosivos e deposicionais. Esta concepção baseia-se em parte, em Ter-Stepanian (1988), que propôs ser o Holoceno uma fase de transição entre o Quaternário e o “Quinário”, sendo o Tecnógeno uma nova época geológica marcada pela atuação dos seres humanos como agentes geológicos. Em vista da importância da ação humana na superfície terrestre, autores como Pavlov (1922, apud PELOGGIA et al., 2014) já haviam sugerido que o termo Quaternário deveria ser substituído por “Antropógeno”, considerando que uma das características do próprio Período Quaternário consiste no surgimento e expansão das civilizações humanas no planeta. Mais recentemente, Oliveira & Peloggia (2014) propõem um agrupamento de algumas destas propostas, organizando-as temporalmente em duas unidades geotecnogênicas: a) o primeiro evento, chamado Pré-Tecnogênico, contempla o que os autores nomeiam de “fase primitiva”, marcada por vestígios humanos de caráter paleontológico, presença de artefatos nos depósitos geológicos e formação inicial dos depósitos tecnogênicos induzidos; b) o segundo evento, chamado Tecnogênico, é dividido em duas fases: a fase de Transição, iniciada na Revolução Neolítica com o desenvolvimento da agricultura (por volta de 10.000 BP), estendendo-se até o século XVIII, sendo marcada pelo desmatamento, aumento das taxas de erosão, pelos efeitos da mineração e das intervenções hidráulicas, além da proliferação mundial de fauna e flora exóticas e aumento das taxas de extinção; e a fase Antropogênica, iniciada na Revolução Industrial, correspondendo à fase tecnogênica-cronológica contemporânea, caracterizada pelas alterações nos ciclos geoquímicos e nas mudanças climáticas globais (OLIVEIRA e PELOGGIA, 2014). Crutzen e Stormer (2002), por sua vez, apresentam o Antropoceno como um novo intervalo de tempo geológico cujo principal marcador seria a revolução industrial europeia, iniciada há cerca de 200 anos. Esta proposta, adotada também por diversos autores internacionais em uma crescente produção científica sobre o tema (como por exemplo PRICE et al., 2011; LORIMER, 2012; ERLANDSON & BRAJE, 2014; JOHNSON & MOREHOUSE, 2014), utiliza como base, principalmente, o registro das modificações atmosféricas causadas pela industrialização. ZALASIEWICZ et al. (2011) porém, destacam a dispersão dos elementos radioativos pelas explosões atômicas como um marco global para o Antropoceno.
Resultado e discussão
Identificação de formas, materiais e processos tecnogênicos: contribuições
para a Geomorfologia.
Evidencia-se pelo exposto na seção anterior que ainda não há um consenso
sobre o(s) marco(s) temporal(is) e a nomenclatura a ser adotada para
denominar o novo tempo em debate. Mesmo tendo sido criado um grupo de
trabalho voltado para o Antropoceno dentro da Comissão Estratigráfica
Internacional, ainda não há uma proposição de larga aceitação, e por isso
utilizamos os termos Antropoceno/Tecnógeno de modo conjugado neste trabalho.
Dentro deste arcabouço de proposições sobre uma nova temporalidade ligada à
ação humana na dinâmica terrestre, procuramos trazer à discussão alguns
conceitos estruturantes para as pesquisas sobre o Antropoceno/Tecnógeno na
Geomorfologia. Neste campo de conhecimento, assim como no das Geociências, o
dimensionamento dos impactos das ações humanas nos sistemas naturais vem
sendo destacado desde longa data, como mostra a obra precursora de George P.
Marsh, de 1865 (“Man and Nature; or, physical geography as modified by human
action”). Nas últimas décadas, chegou-se a cunhar inclusive o termo
“Geomorfologia Antrópica”, ou “Antropogeomofologia” (GOUDIE,1993; 2000;
SZABÓ et al., 2010; GOUDIE & VILES, 2013) para esta abordagem. Este tema se
articula também, por vezes, com outros temas da Geografia, voltados à
caracterização da amplitude espacial destas modificações, além das relações
entre os impactos nos sistemas naturais e nas sociedades, principalmente a
partir das pesquisas sobre os riscos ambientais, como pode ser visto em
Cutter (2011) e Alcantara-Ayala & Goudie (2010).
Na Geologia, o conceito de “Geotecnogênse”, ao tratar dos diferentes níveis
da ação transformadora das sociedades sobre o meio geológico, abre um
importante percurso metodológico de análise sobre as alterações nos
processos da dinâmica externa, sejam erosivos ou deposicionais, que se
desdobram na criação de formas de relevo, depósitos sedimentares e solos
(PELOGGIA & OLIVEIRA, 2005). Nesta abordagem as transformações do meio
geológico pela ação humana apresentam três facetas fundamentais: a
transformação da fisiografia das paisagens, com a criação de modelados
específicos (o relevo tecnogênico), a influência na fisiologia das paisagens
(a criação e/ou a modificação de processos geológicos/ geomorfológicos
superficiais) e a geração de depósitos sedimentares correlativos
(estratigrafia).
Estas alterações modificam a organização e o funcionamento dos sistemas
ambientais e são movidas essencialmente pelo emprego de sistemas técnicos de
diferentes características, que produzem mudanças nos processos de
degradação (remoção e transporte) e agradação (acumulação) de materiais
(tecnogênese de processos) através de intervenções como cortes, escavações,
aterros, retificações de canais, entre outras, e resultam em formas de
relevo (morfotecnogênese) e em formações superficiais (tecnogênese de
depósitos) diferenciadas, geradas direta ou indiretamente por estes
processos (PELOGGIA e OLIVEIRA, 2005).
Grande parte dos estudos que tratam da Geotecnogênese têm se dedicado à
proposição de sistemas de classificação para as formas e terrenos
tecnogênicos, considerando sua gênese e propriedades, bem como à produção de
documentos capazes de representar a sua distribuição espacial. Neste
sentido, têm sido produzidas diversas tipologias para classificação das
formas e feições tecnogênicas, como a proposta pelo Serviço Geológico
Britânico, por exemplo, que toma por base aspectos genéticos dos materiais
para individualização dos diferentes tipos de terrenos: construídos,
retrabalhados, preenchidos e modificados. Peloggia et al. (2014) destacam,
ainda, dentre as pesquisas realizadas no leste europeu, a classificação
realizada por Chemkov (1983, apud Peloggia et al. 2014), que também observa
a gênese dos terrenos, identificando aqueles associados ao despejo de
materiais como lixo, assim como individualizando os terrenos construídos,
preenchidos, mistos, lavados e relavados, além de também considerar as
camadas culturais. Outra linha de classificação se baseia principalmente nos
tipos de materiais identificados nos terrenos, como a de Fanning e Fanning
(1989), que os identifica como Úrbicos (detritos urbanos, como restos de
materiais de construção), Gárbicos (resíduos domésticos, como lixo),
Espólicos (materiais de terraplanagem), Dragados (materiais removidos de
leitos de canais fluviais, fundos de lagos etc), além de identificar
Superfícies Decapitadas, definidas como a camada superficial dos terrenos
removida em função de alguma atividade (PELOGGIA et al., 2014).
No Brasil, pesquisadores ligados à Geologia, à Geomorfologia e às Ciências
do Solo também têm dado atenção ao estudo das modificações humanas nos
processos, formas e materiais da superfície terrestre. Desde o início da
década de 1990, diversos trabalhos têm se voltado para a discussão sobre o
Tecnógeno, utilizando variadas classificações para os depósitos
tecnogênicos. Oliveira (1994) e Nolasco (2002), por exemplo, classificam os
terrenos em função de sua gênese, enquanto Curcio et al. (2004) e Silva
(2013) tomam por base de classificação o tipo de material. Destaca-se a
realização de sessões e simpósios específicos sobre o tema nos Congressos da
Associação Brasileira de Estudos do Quaternário (ABEQUA), e, mais
recentemente, na publicação de números temáticos na revista Quaternary and
Environmental Geosciences, ligada à ABEQUA.
Mais recentemente, Peloggia e colaboradores apresentaram uma nova proposta
de classificação e mapeamento, resultado de um acúmulo de conhecimentos de
pesquisadores brasileiros sobre a temática, e da busca por uma
sistematização dentro de uma abordagem coerente levando em consideração a
gênese, os materiais e os contextos em que os depósitos são gerados
(PELOGGIA et al., 2014). Nesta proposta são individualizados diferentes
tipos de terrenos artificiais associados a processos de agradação e de
degradação (processos deposicionais e erosivos), considerando-se quatro
tipos de terrenos tecnogênicos: os terrenos tecnogênicos de agradação, que
podem ser construídos (de 1ª ou 2ª geração) ou induzidos; os terrenos
tecnogênicos de degradação, que têm sua gênese vinculada às cicatrizes
tecnogênicas (também construídas ou induzidas); os solos com horizontes
tecnogênicos modificados, e, por fim, os terrenos tecnogênicos mistos, que
resultam da combinação dos anteriores.
No campo dos estudos pedológicos, a inclusão dos antropossolos nos sistemas
de classificação internacionais e sua utilização em estudos quaternários,
assim como a elaboração de uma proposta de classificação nacional pela
Embrapa Solos (DAGNINO et al. 2005; CURCIO et al., 2004) evidenciam também
uma renovada preocupação com o tema. A ideia de que os solos podem
constituir os melhores marcadores dos processos antropogênicos, devido ao
fato de acumularem informações sobre o contexto climático e a história
geoquímica local, pode levar inclusive à sua utilização nas tentativas de
inclusão do Antropoceno na coluna do tempo geológico, como apontam Gale &
Hoare (2012) e Certini & Schalenghe (2011). Por serem crescentemente
afetados por atividades como o uso de arados e fertilizantes nos cultivos, a
contaminação, a selagem ou a inserção de artefatos, a Base de Referência
Mundial de Solos, em 2011, já havia incluído 32 referências de grupos de
solos caracterizados por significativa influência humana, agrupados em
Antropossolos e Tecnossolos (CERTINI & SCHALENGHE, 2011).
Verifica-se, assim, que nos sistemas de identificação e classificação
apresentados o estabelecimento de critérios de reconhecimento e
diferenciação de novos materiais, formas de relevo e coberturas
sedimentares/pedológicas, materializados nos terrenos e processos
antropogênicos/tecnogênicos, configuram um novo instrumental teórico e
metodológico para a Geomorfologia.
Considerações Finais
Diversas ferramentas de pesquisa têm sido criadas e/ou mobilizadas para a compreensão da distribuição espacial, magnitudes e taxas de modificações em processos, formas e materiais na Geomorfologia. As alterações promovidas pelas ações humanas, de caráter diacrônico, sistêmico e espacialmente desigual, demandam abordagens teóricas e metodológicas que considerem suas especificidades, sendo por isso necessária uma reflexão sobre os conceitos e terminologias produzidos em diferentes campos científicos voltados à identificação e caracterização dos registros associados ao Antropoceno/ Tecnógeno. Este é um desafio a enfrentar nos estudos geomorfológicos, configurando um campo novo e aberto também para a Geografia e as Geociências. O dimensionamento e espacialização das formas, depósitos, solos e processos que têm a humanidade como agente, e não apenas causa, tornaram-se essenciais na análise das interações nos sistemas ambientais, definindo novas condições e controles na dinâmica das paisagens a serem incorporados de modo mais efetivo ao planejamento e à gestão ambiental.
Agradecimentos
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro sob a forma de bolsa à 1a. autora.
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