Autores
Silveira, A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IG/UFU)) ; Petronzio, J.A.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IG/UFU)) ; Lupinacci, C.M. (UNESP CAMPUS DE RIO CLARO) ; Mauro, C.A.D. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IG/UFU)) ; Araújo, L.M.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (IG/UFU))
Resumo
O trabalho se dedicou a aplicação do conhecimento geomorfológico em área de expansão urbana, com a colaboração no planejamento de ocupação de projetos institucionais. Mais especificamente, procurou atender a demanda da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que desenvolve o Plano Diretor e projeto urbanístico do futuro campus Patos de Minas (MG). Teve-se o objetivo de elaborar o diagnóstico das condições físico-ambientais do espaço a ser ocupado, por meio do conhecimento geomorfológico. Pode-se averiguar a suscetibilidade a erosão do quadro físico-ambiental de Patos de Minas. Esta também foi observada nas imediações do campus UFU Patos de Minas, como ilustra as feições erosivas mapeadas no esboço geomorfológico. Esse quadro erosivo deriva da integração das condições naturais inerentes a fragilidade do material rochoso, ao contexto geomorfológico, às condições climáticas dominantes, que sofrem ainda com a intensa dinâmica propiciada pelo uso e ocupação da terra.
Palavras chaves
Geomorfologia; Plano Diretor; Patos de Minas (MG)
Introdução
Ao discutir os limites e possibilidades da Geomorfologia Aplicada, Rodrigues (2006) argumenta que são realizadas com frequência as atividades de interpretação e adaptação do conhecimento geomorfológico puro para fins de um segundo nível de absorção e interpretação, o qual se dá em processos de planejamento territorial. Entende-se como território o espaço produzido que foi apropriado por atividades socioeconômicas, culturais e ambientais, exigindo-se levantamentos variados, como estudos de impacto de grandes e médios empreendimentos, de planejamento regional, de planejamento setorial, de planejamento urbano, de zoneamentos, de planos diretores, de mapeamento de riscos ou cartas geotécnicas, entre outros (RODRIGUES, 2006). Ou seja, trata-se de um Planejamento Ambiental que no dizer de Rua de Cabo et al (1997) deve contribuir com o melhoramento das condições vigentes, objetivando o desenvolvimento regional harmônico e da cidadania. Allison (2002) apresenta a Geomorfologia como uma ciência atual, sincronizada com os problemas da modernidade, habilitada a contribuir de forma capital na análise e gestão dos problemas ambientais e socioambientais. Marques (2013) considera, ao tratar da contribuição da Geomorfologia para a solução dos problemas ambientais, que a elaboração de diagnósticos e prognósticos são tarefas presentes com destaque aos aspectos de aplicação de procedimentos de natureza prática, reconhecimento de causas e efeitos, escalas e a identificação de tendências (MARQUES, 2013). Saadi (1997), com o objetivo de mostrar a relevância das contribuições da Geomorfologia ao planejamento e desenvolvimento urbano, menciona que as intervenções em escala de bacias hidrográficas representam a maneira mais lógica de abordar os problemas das cidades. Destaca que a contribuição da Geomorfologia ao estudo e solucionamento deste tipo de problema, deve envolver a caracterização das condições de exercício dos processos naturais de erosão na bacia; a identificação e delimitação das áreas com susceptibilidade à erosão e aquelas com potencial para geração de carga sólida; a identificação e caracterização dos catalizadores antrópicos da erosão, como também de suas sazonalidade e/ou grau de reversibilidade; a análise das condições hidrodinâmicas reinantes ao longo do percurso em canais naturais e artificializados; entre outros (SAADI,1997). Neste sentido, busca-se a aplicação do conhecimento geomorfológico em áreas de expansão urbana, mais especificamente na colaboração com o planejamento de ocupação de projetos institucionais. Contextualiza-se na demanda atribuída ao Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberlândia (IG-UFU) de elaborar um levantamento ambiental da área do futuro campus Patos de Minas (MG). Tal demanda fora encaminhada pelo Grupo de Trabalho Técnico do Plano Diretor (GTTPD), que objetiva desenvolver o Plano Diretor e projeto urbanístico desse campus. Assim, o trabalho teve por objetivo, principalmente por meio do conhecimento geomorfológico (norteador), de elaborar o diagnóstico das condições físico- ambientais do espaço a ser ocupado. Considerando que o campo, o laboratório e o gabinete são os ambientes onde se realizam os trabalhos de Geomorfologia (MARQUES, 2013), seu desenvolvimento contou com etapas direcionadas à investigação no plano regionalizado, bem como no plano localizado, seja para a área de expansão urbana (setor norte de Patos de Minas), bem como no local do empreendimento (área destinada ao campus). O Município de Patos de Minas se posiciona na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba (IBGE, 2010), a qual é composta por 66 municípios onde vivem cerca de 2,2 milhões de pessoas. Patos de Minas, com estimados 149.856 habitantes, é o terceiro município mais populoso da Mesorregião, apenas superado por Uberlândia e Uberaba (IBGE, 2016). Tem no setor norte de sua área urbanizada um vetor de expansão, local este em que se posiciona a área destinada ao futuro campus UFU.
Material e métodos
O desenvolvimento do trabalho apresentou cinco etapas interdependentes: A Etapa 1, intitulada levantamento de dados preexistentes, correspondeu a pesquisa bibliográfica, bem como pesquisa cartográfica, com a busca de imagens e mapas em escalas variadas (geomorfológico, pedológico, geológico, hidrográficos e climáticos). Buscaram-se trabalhos que contribuíssem para a caracterização dos aspectos físico-ambientais da região de Patos de Minas. Nesta etapa regional, já foram realizados trabalhos de campo para reconhecimento inicial da área investigada. Na Etapa 2 – Mapeamentos, foram organizados os seguintes documentos cartográficos: a Carta Clinográfica (para a área do campus) e as Cartas de Cobertura Vegetal e Uso da Terra e Esboço Geomorfológico (para uma área de influência do campus, raio de 1Km), todos organizados no software ArcGis 10.2, no Sistema de Projeção UTM / Datum WGS 84, fuso 23 Sul. A Carta Clinográfica foi elaborada a partir da base cartográfica organizada pelo Levantamento Cadastral feito por Caixeta - Engenharia de Agrimensura Ltda (CEAL), em arquivo CAD, com curvas de nível em intervalos de 1m. Extraídas as curvas de nível e transformando-as para arquivo Shape File, utilizou-se o comando Slope para gerar as classes clinográficas de <3%, 3- 6%, 6-12% e >12%. Na elaboração da Carta de Cobertura Vegetal e Uso da Terra foi gerado um buffer de raio de 1Km do campus UFU Patos de Minas. A partir deste raio, foi realizada a interpretação visual em tela de computador para a identificação da cobertura vegetal e uso da terra, por meio de imagens da ferramenta Google Earth. Considerando os elementos de fotointerpretação presentes nas imagens, distinguiram-se as classes em: área urbana, área alagada, agricultura, pastagem e cobertura vegetal. Para o Esboço Geomorfológico também se fez uso do buffer de raio 1Km e das imagens Google Earth, procurando identificar as seguintes feições: formas de vertentes, formas denudativas, formas de acumulação e modelado antrópico. A definição da simbologia foi apoiada principalmente em Tricart (1965), bem como em Verstappen e Zuidam (1975), que contemplam símbolos para as formas de vertentes. A Etapa 3 – Trabalhos de Campo foi dedicada a checagem in loco das interpretações feita previamente via imagens no computador, com reambulações dos documentos cartográficos de Cobertura Vegetal e Uso da Terra e Esboço Geomorfológico. Também se procederam as coletas de coordenadas em pontos de mapeamento em destaque e os levantamentos fotográficos. Foram observadas principalmente as áreas de expansão urbana ao norte de Patos de Minas e aquela destinada ao empreendimento (Etapa Local). Além dos procedimentos destinados aos mapeamentos, também foi realizada a descrição morfológica para dois perfis de solo no campus UFU Patos de Minas, posicionados no setor de topo (em cava na área de construção do prédio) e na alta vertente que se direciona ao afluente do ribeirão Limoeiro (em corte de antiga estrada de terra). Para o registro das informações, fez-se uso das orientações presentes no Manual de Descrição e Coleta de Solos no Campo (SANTOS, 2005) e no Manual Técnico de Pedologia (IBGE, 2015). Para cada perfil foram registrados: a transição, espessura e profundidade dos horizontes, cor , textura, estrutura e consistência. Assim, a Etapa 4 – Laboratório, está associada ao tratamento das amostras coletadas em campo para a identificação da textura por meio do método da pipeta (análise granulométrica). Os procedimentos foram realizados no Laboratório de Ciência do Solo (LCSOL/UFU Monte Carmelo). Por fim, a Etapa 5 - organização e produção do relatório físico-ambiental consistiu na análise e discussão dos dados e informações adquiridos, culminando na elaboração do relatório final. Na sequência, são apresentados os resultados e discussões associadas, sobretudo, ao quadro geomorfológico da área investigada, com interesse em apresentar as contribuições geomorfológicas para planos diretores institucionais.
Resultado e discussão
O campus UFU Patos de Minas posiciona-se no entorno da borda urbana norte
com cota altimétrica nas imediações do prédio em construção de 899m. Como se
pode observar na figura 1, a maior parte da área destinada ao campus se faz
presente no topo e alta vertente de um afluente da margem direita do
ribeirão Limoeiro, o qual é afluente da margem direita do rio Paranaíba
(figura 1).
Regionalmente a área está inserida no Domínio dos Relevos Aplainados, em
diferentes níveis de altitude, separadas por áreas acidentadas (MOTTA et al,
2004). As Superfícies Aplainadas Retocadas ou Degradadas são compreendidas
por superfícies planas a levemente onduladas, geradas por processo de
pediplanação (CPRM, 2010). Destacam-se também as pontuais presenças dos
Relevos Residuais isolados, que são remanescentes da dissecação das
superfícies aplainadas. Registra-se nesta área um relevo ondulado, resultado
da dissecação com entalhamento da drenagem, convexizado na área de topo e
alta vertente. Em níveis mais elevados encontram-se relevos residuais que
resistiram a essa dissecação, como ilustra a figura 1.
Posicionada no topo e altas vertentes convexizadas, a área destinada ao
campus não apresenta declividades acentuadas, como se pode constatar na
Carta Clinográfica (figura 2). Para a área de topo as classes registradas
são inferiores 3%. Nas altas vertentes imediatas ao topo, tanto para a
vertente direcionada ao norte, quanto para a direcionada ao sul, registram-
se declividades entre 3 a 6%. As declividades se acentuam conforme os
setores de alta vertente se direcionam a média vertente, atingindo
progressivamente classes de declividade entre 6 a 12% e maior que 12%.
Destaque deve ser dado a esta última classe quanto ao seu posicionamento.
Tal classe é encontrada justamente no contato da área de topo/alta vertente
(convexos) com área côncava, com marcante atuação de dissecação da drenagem,
por vezes delimitadas por rupturas topográficas.
No âmbito regional são predominantes os solos classificados como Latossolos
(EMBRAPA, 2013). Na área do campus foram realizadas as descrições
morfológicas em dois perfis de solo, posicionados, respectivamente no setor
de topo e na alta vertente que se direciona ao afluente do ribeirão
Limoeiro. Posicionado em área plana, o primeiro perfil com 194cm de
profundidade, que não chegou ao horizonte C, apresentou o domínio de textura
argilosa entre os horizontes (somente o horizonte de superfície franco-
argilosa), coloração bruno-avermelhado-escuro e transição entre os
horizontes plana e difusa. Já o perfil 2, posicionado no terço superior da
vertente, com 193 cm deprofundidade, chegou ao horizonte C, com presença de
mosqueamentos e cascalhos. Apresentou coloração bruno-avermelhado-escuro,
transição entre os horizontes plana e difusa e sequencialmente, do horizonte
de superfície ao horizonte C, texturas franco-argiloarenosa, argilo-arenosa,
argilo-arenosa a argilosa e argilosa.
Tais solos estão sobrepostos e derivam da ação intempérica de uma cobertura
detrítica indiferenciada cenozóica, caracterizada pela presença de
sedimentos arenosos, areno-argilosos e argilo-siltosos inconsolidados, com
ocorrência de canga e níveis de cascalho (CPRM, 2013). Regionalmente, para
áreas imediatas a Patos de Minas, tais coberturas detríticas cenozoicas são
registradas em topos e alta/média vertentes, estando sobrepostas a Formação
Serra da Saudade, que aflora nas médias/baixas vertentes(CPRM, 2013).
A Formação Serra da Saudade apresenta um conjunto siliciclástico,
constituído por siltitos, arenitos e argilitos, com domínio dos siltitos que
se apresentam alterados, de cor cinza-esverdeada passando a amarelo e róseo,
à medida que se alteram, com marcantes estratificações dobradas (SIGNORELLI
et al, 2008). Acrescenta-se, que a transição entre cobertura de superfície e
a Formação Neoproterozóica, é marcada pela presença de canga e níveis de
cascalho, conforme apontou o mapeamento do CPRM (2013), bem como ilustrou o
horizonte C do perfil de solos 2.
Dessa forma, muito embora as características pedológicas indiquem solos
profundos e bem desenvolvidos em áreas de topo e terços superiores (alta
vertente), foi possível observar um aumento significativo na intensidade dos
processos erosivos, posicionados nas altas/médias/baixas vertentes, as quais
apresentam ausência ou pouca espessura de solos/coberturas detríticas
superficiais, por vezes com nódulos e concreções ferruginosas sobrepostos
aos sedimentos da Formação Serra da Saudade.
Os processos erosivos mencionados estão associados a um conjunto de fatores,
entre estes, a fragilidade do material rochoso. Assim, a suscetibilidade a
erosão é inerente ao quadro físico-ambiental de Patos de Minas e,
evidentemente, tal suscetibilidade também é registrada nas imediações do
futuro campus, conforme pode ser observado no esboço geomorfológico da área
(figura 3). Nota-se a presença de feições que indicam processos lineares
tais como sulcos erosivos, ravinamentos e voçorocamentos, além de frequentes
rupturas topográficas associadas a concavidades que abrigam drenagens, como
ilustram as fotos figura 3.
As notáveis feições erosivas destacadas no esboço Geomorfológico estão
associadas a um conjunto de fatores. A fragilidade do material rochoso
representado pela Formação Serra da Saudade e o contexto geomorfológico
relacionado à dissecação do relevo associados à interferência das condições
climáticas, nitidamente marcadas pela presença de uma estação chuvosa de
verão (Clima Tropical Semi-Úmido), sofrem ainda a contribuição da intensa
dinâmica propiciada pelo uso e ocupação da terra.
Observa-se nas imediações ao campus o intenso domínio da pastagem, como
ilustra a Carta de Cobertura Vegetal e Uso da Terra (figura 4). Assim, o uso
e ocupação da terra nesse setor é marcado pelo intenso pisoteio do gado, que
contribui para formação de caminhos em direção aos cursos fluviais, os quais
passam a se comportar como trajetos preferenciais do escoamento superficial
pluvial.
O campus posiciona-se, conforme mencionado, em uma área de topo e alta
vertente, que apresentam ao seu entorno uma alta densidade hidrográfica
propiciada por quatro canais de drenagens localizadas a NE, NW, SW e SE.
Apesar desses setores apresentarem diversas formas erosivas, as maiores
intensidades se concentram no setor SE, o qual está mais próximo da área do
campus. Como exemplo, a voçoroca já mencionada (foto 7, figura 3) está
posicionada em nascentes da margem esquerda do afluente do ribeirão
Limoeiro. No entanto, o afluente do ribeirão Limoeiro também apresenta
nascentes posicionadas em sua margem direita. Tais nascentes estão próximas
a área do campus. Mesmo apresentando uma nítida ruptura topográfica neste
setor, as mesmas estão margeadas pela vegetação, enquanto as nascentes da
margem esquerda, onde se encontra a voçoroca, são marcadas pelo intenso
pisoteio do gado.
Com base nestes dados, destaca-se que a vegetação ao entorno desse setor de
nascentes e canais fluviais, tem papel fundamental na preservação deste
ambiente. No entanto, nas proximidades também do campus, em área de topo e
alta vertente que se direcionam a essas nascentes e canais fluviais da
margem direita do afluente do ribeirão Limoeiro, encontra-se uma área
alagada (foto 3, figura 3), na qual convergem águas pluviais, bem como
aflora o lençol freático. Mapeada no esboço geomorfológico (figura 3), bem
como na Carta de Cobertura Vegetal e Uso da Terra (figura 4), essa área
alagada apresenta uma intensa dinâmica de uso e ocupação.
Reforça-se, portanto, a importância da manutenção das Áreas de Preservação
Permanente, as quais estão mapeadas na figura 4, bem como das vegetações que
extrapolam estes limites jurídicos a fim de evitar/conter as feições
erosivas ilustradas. Além disso, reforça-se a importância do planejamento e
o controle do escoamento das águas pluviais, sugerindo-se a elaboração de um
plano de drenagem urbana para a área.
Figura 1: Posição do campus UFU Patos de Minas. Fonte: Google Earth. Organização: Silveira e Petronzio (2016)
Figura 2: Carta Clinográfica do campus UFU Patos de Minas. Organização: Bicalho e Petronzio (2016).
Figura 3: Esboço geomorfológico da área estudada. Organização: Silveira, Petronzio e Bicalho (2016).
Figura 4: Carta de Cobertura Vegetal e Uso da Terra. Organização: Silveira, Petronzio e Bicalho (2016).
Considerações Finais
Com o intuito de refletir sobre as contribuições da aplicação do conhecimento geomorfológico discutidos na parte introdutória do trabalho e alinhá-los com os resultados adquiridos, retomam-se algumas considerações como a de Rodrigues (2006), que destacou os estudos voltados ao planejamento territorial, com a análise de impacto de grandes e médios empreendimentos, importantes para a elaboração de planos diretores. Ressalta-se a importância da Geomorfologia como conhecimento científico e técnico, sincronizado com os problemas da modernidade (ALLISON, 2002), bem como em seu papel de contribuir na solução dos problemas ambientais, na elaboração de diagnósticos e prognósticos (MARQUES, 2013). Ainda, torna-se importante retomar as concepções de Saadi (1997), que reforçou a necessidade de abordar os problemas de planejamento urbano em escala de bacias hidrográficas. Considerando essa perspectiva aplicada, compreende-se que a suscetibilidade a erosão é inerente ao quadro físico-ambiental de Patos de Minas. Tal suscetibilidade também é observada nas imediações do campus, conforme foi possível observar nas feições erosivas mapeadas no esboço geomorfológico (figura 3). Esse quadro físico-ambiental, derivado da integração de condições naturais inerentes a fragilidade do material rochoso, ao contexto geomorfológico (dissecação do relevo), às condições climáticas dominantes, sofrem ainda com a intensa dinâmica propiciada pelo uso e ocupação da terra.
Agradecimentos
Referências
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