Autores
Rangel, L.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO) ; Guerra, A.J.T. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO)
Resumo
Pensando na manutenção da biodiversidade e na conservação de remanescentes florestais foram criadas Unidades de Conservação (UCs). Em algumas UCs, podem ser desenvolvidas atividades conflitantes, como no caso do Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) que na sua área limítrofe, abriga população caiçara, dependente da pesca e da atividade turística. A pesquisa tem como objetivo analisar os processos erosivos ocasionados pela utilização de uma trilha ecoturística localizada na Vila de Trindade, no litoral do PNSB. Foram mapeadas e analisadas feições erosivas significativas, como ravinas, afundamento do leito, erosão da borda e presença de degraus. Todas os processos de degradação do solo foram ocasionados pela erosão hídrica, pelo intenso pisoteio e pela ausência ou inadequação das estruturas de manejo. Conclui-se que há necessidade de realizar recuperação dessas áreas, reduzindo o fluxo de água no leito e a estabilização do piso da trilha, através de incorporação de matéria orgânica.
Palavras chaves
Erosão; Unidades de Conservação; Trilhas Ecoturísticas
Introdução
A Mata Atlântica é atualmente um dos biomas mais ameaçados do planeta, devido sua elevada fragmentação, sendo assim, é de suma importância estudos que visem à conservação das áreas remanescentes, que permitem a formação de corredores ecológicos. Esse bioma é considerado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) um dos 25 hotspots de biodiversidade no mundo. Pensando na conservação desse e de outros biomas, diversas Unidades de Conservação (UCs) foram criadas, pois segundo Rangel e Guerra (2014) as UCs atuam na preservação de recursos naturais e auxiliam na gestão territorial, adotando desde a proteção integral da natureza, até a gestão ordenada do território e dos recursos que o ser humano pode obter dos ecossistemas. Apesar da criação de UCs, muitas vezes, a gestão dessas áreas não ocorre de forma adequada, devido à falta de recursos, de planejamento e às diversas atividades que são desenvolvidas no seu entorno e interior. Dentro do grupo de Unidade de Conservação de Proteção Integral, destacam-se os Parques Nacionais, onde é previsto o uso para desenvolvimento de pesquisa científica e turismo ecológico. Porém, esta atividade deve ser realizada de forma controlada, visando a conservação do ambiente natural e a conscientização dos visitantes. O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB), é um exemplo de UC de Proteção Integral que além de receber turistas do mundo todo, devido à sua beleza natural, sofre com a pressão antrópica do entorno. Ele possui grande relevância por estar inserido na Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, uma rede mundial de implantação de áreas protegidas que tem como principal objetivo a manutenção da conservação do bioma, através da implementação de um corredor contínuo de Mata Atlântica ao longo da costa brasileira, unindo os fragmentos florestais existentes. Logo, o PNSB compõe o Mosaico Bocaina que integra o Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar. Pensando nas atividades desenvolvidas nas áreas limítrofes do PNSB, destaca- se a atividade ecoturística, com enfoque na utilização de trilhas para chegar a algum atrativo natural, como cachoeiras e quedas d’água, principalmente na Vila de Trindade, litoral sul do PNSB, onde foi desenvolvida a presente pesquisa. Para Lechner (2006), as trilhas são, provavelmente, as rotas de viagem mais disseminadas pelo mundo. Em áreas naturais protegidas, pode ser o único acesso à maior parte da área. Elas possuem diferentes formas, comprimentos e larguras, e possibilitam a aproximação dos visitantes ao ambiente natural, podendo conduzi-los a um atrativo específico, tornando possível seu entretenimento ou educação por meio de sinalizações ou de outros recursos interpretativos (NEIMAN, et. al. 2009). Nessa conjectura, Kroeff (2010) destaca que o ecoturismo – através da utilização de trilhas - é o segmento da atividade turística que apresenta atualmente o maior crescimento, o que segundo Costa e Xavier da Silva (2004, p. 67) é visto como oportunidade de ganhos financeiros, já que: “as Unidades de Conservação (UCs) têm aproveitado seu potencial ecoturístico como uma alternativa de viabilidade econômica, a fim de manejar e administrar adequadamente estas áreas”. Porém, com o aumento da atividade ecoturística em uma UC, o uso de trilhas pode impactar o ecossistema como um todo, provocando a fuga de animais, erosão, compactação e perda de matéria orgânica do solo devido ao pisoteio e redução de espécie vegetal no entorno (SIMIQUELI; FONTOURA, 2007). Fonseca Filho et al. (2011), destacam que impactos negativos causados pelo ecoturismo à biodiversidade agravam-se pelo fato de que as trilhas costumam ser tratadas somente como um meio de deslocamento e não são conservadas de modo adequado. Portanto, pensando na gestão de UCs e na conservação do bioma Mata Atlântica, o presente trabalho tem como objetivo analisar os processos erosivos ocasionados pelo uso ecoturístico da trilha da cachoeira do Pontal, que permite acesso à Pedra que Engole.
Material e métodos
O Parque Nacional da Serra da Bocaina (PNSB) foi criado através do decreto Federal n° 68.172, de 04 de fevereiro de 1971, com área de 134.000 ha, sendo posteriormente modificado pelo Decreto Federal n° 70.694, de 08 de junho de 1972, passando a ter área de 104.000 ha. Do total, cerca de 60% localiza-se no Estado do Rio de Janeiro (municípios de Angra dos Reis e Paraty) e 40% no Estado de São Paulo (municípios São José do Barreiro, Ubatuba e Cunha), segundo dados do MMA (2002). A trilha da cachoeira do Pontal está localizada na vila de Trindade, e possui, aproximadamente, 500 metros de extensão (Figura 1). A vila de Trindade, onde está localizada a trilha da cachoeira do Pontal que dá acesso à pedra que Engole, está inserida parcialmente nos limites do PNSB e se destaca como um dos principais destinos do turismo na área da UC (CONTI; IRVING, 2014). O clima do PNSB é o tropical úmido, sendo influenciado pela compartimentação regional do relevo e pelo desnivelamento altimétrico, produzindo descontinuidades na distribuição pluviométrica e da temperatura. Este fator reflete o efeito orográfico da Serra do Mar que atua sobre o comportamento dos sistemas frontais, principais responsáveis pela pluviosidade regional (MMA, 2002). Com relação às características geológicas e geomorfológicas o PNSB situa-se no Planalto da Bocaina e corresponde ao relevo de Montanhas e Morros (PONÇANO et al., 1981; ALMEIDA, 1974). Guerra et al. (2013), ressaltam que a constituição litológica de Paraty é composta por aproximadamente 50% de rochas granitoides, 30% de gnaisses e menores proporções de migmatitos, granitos e sedimentos holocênicos. Os solos residuais encontram-se principalmente nos sedimentos de praias e nas planícies fluviais provindos dos sopés das encostas da serra. Já os solos superficiais da região, possuem textura argilosa ou argilo siltosa correspondendo a associações de Cambissolos Háplicos Distróficos, ocorrendo também Latossolos Vermelhos-Amarelos com horizonte A moderado e proeminente nos topos e encostas mais suaves (MMA, 2002). A área de estudo situa-se dentro dos domínios florísticos da Zona Neotropical e agrupa formações de Floresta Ombrófila Densa (Submontana, Montana e Alto Montana), expressão dominante na região, Floresta Ombrófila Mista Alto Montana e os campos de altitude (IBGE, 1992). Segundo o MMA (2002), na área de Trindade há predomínio de Floresta Ombrófila Densa secundária, em estádio médio e avançado de recuperação. Em trabalho de campo realizado em maio de 2015, foram mapeados e analisados os processos erosivos encontrados ao longo da trilha. Para descrição das trilhas, utilizou-se a metodologia proposta por Leung e Marion (1996, 1999), onde avalia-se a largura da trilha; presença de raízes e blocos rochosos; presença e altura de degraus; “buracos” com acumulação de água na trilha; limite da área pisoteada; presença de feições erosivas; presença de lixo e outras formas de degradação; e observação de formas de manejo. A fim de complementar os parâmetros indicados por Leung e Marion, avaliou-se também, de acordo com a pesquisa descritiva proposta por Cole (1991, 1993, 2004), a ocorrência de movimentos de massa no talude superior, erosão da borda crítica da trilha, presença e estado de conservação da vegetação na borda e no talude da trilha. Além disso, mediu-se, através do uso de trena, a largura do leito da trilha de acordo com as proposições de Neiman (2002), nas quais, o autor afirma que para trânsito seguro dos usuários o limite de tamanho mínimo deve ser de 0,6 metros. Realizou-se também um levantamento geral das técnicas de manejo implantadas ao longo da trilha, principalmente com referência às escadas e troncos colocados na trilha em áreas com maior declive, às pontes de madeira quando a trilha cruza riachos. Objetivou-se diagnosticar, de maneira geral, se nessas áreas houve atenuação dos impactos e se haveria necessidade de novas intervenções através de técnicas de manejo.
Resultado e discussão
A trilha, localizada no litoral do PNSB (figura 1), tem início na praia do
Meio em um ambiente de estuário com vegetação de mangue (Figura 2a). Ela
possui aproximadamente, 500 metros de extensão e, possui inúmeras quedas
d’água e poços para banho. O tipo de vegetação foi alterado ao longo da
trilha, através da retirada da mesma para abertura da trilha, ocasionando o
efeito de borda; da presença de vegetação rasteira; de vertente e talude
desmatados com vegetação de gramíneas e solo exposto, que termina em
ambiente de floresta ombrófila em estágio secundário de sucessão, onde é
possível observar uma cerca com placas indicando área particular dentro dos
limites do Parque (Figura 2b).
O plano de manejo do PNSB (publicado em 2002) está sendo revisado, e a
partir disso, foram traçadas três áreas prioritárias de monitoramento dos
impactos, principalmente devido aos acessos ao parque e à pressão da
atividade turística: a RJ 165 (rodovia Paraty-Cunha), a Travessia Mambucaba
(antigo caminho do ouro) e a Vila de Trindade, onde está localizada a
trilha. Porém, não existe nenhum estudo prévio de capacidade de carga e dos
impactos que o uso público, sem planejamento, pode ocasionar nas trilhas do
Parque.
Foram mapeados cinco processos erosivos significativos e recorrentes ao
longo da trilha. O primeiro (23°21'6.21"S, 44°43'37.57"O) é uma ravina de
aproximadamente 10 cm de profundidade, 20 cm de largura e 1,5 metros de
extensão, localizada em uma área com declividade de aproximadamente 8°, onde
o leito é bastante estreito e o horizonte A já foi completamente erodido
(Figura 3a). Provavelmente, em episódios de chuva, o fluxo de água nessa
feição erosiva deve ser bastante intenso, o que acarreta riscos ao usuário.
Além disso, com o alargamento da ravina, a largura do leito da trilha
diminui e as taxas de perda de solo e de escoamento dos sedimentos aumentam
(RANGEL; GUERRA, 2013)
Sabe-se, portanto, que a declividade aliada à ausência de serapilheira e
vegetação favorece o escoamento superficial que origina e aprofunda as
ravinas. Costa (2006) ao analisar as trilhas do Parque Estadual da Pedra
Branca, no Rio de Janeiro, encontrou situação semelhante em alguns pontos de
floresta ombrófila e realizou intervenções de manejo semelhantes a fim de
reduzir o impacto da velocidade da água no piso e, consequentemente, o
aumento dos processos erosivos, e facilitar a locomoção dos visitantes.
O segundo processo erosivo observado (23°21'5.79"S, 44°43'38.17"O), também
está associado à ausência de matéria orgânica e vegetação no solo, bem com,
à declividade elevada (aproximadamente 15°). Percebe-se a ocorrência de solo
compactado, escorregadio, principalmente em eventos chuvosos; há formação de
degraus devido à ação do pisoteio e algumas estruturas de manejo bastante
danificadas (Figura 3b).
Kroeff (2010) observou, analisando as trilhas do Parque Nacional da Serra
dos Órgãos, que trechos de trilha com declividades acima de 10° tendem a ter
tanto erosão em ravinas, como degraus no leito da trilha. Horton (1945)
destaca que quando a precipitação excede a capacidade de infiltração do
solo, ocorre o runoff. A água acumula-se em depressões (microtopografia) na
superfície do solo, e começa a descer a encosta através de um fluxo em
lençol (sheetf1ow), podendo evoluir para ravina. Sendo assim, essa feição
está relacionada a uma incisão no solo que a partir da concentração do fluxo
de água tende a se aprofundar, e suas dimensões podem chegar a 0,5 metros de
largura e de profundidade (GUERRA, 2010).
Na figura 3c (23°21'4.49"S, 44°43'40.41"O) é possível observar um ponto de
sinuosidade e declividade extremamente elevadas (aproximadamente 20°), bem
como, inclinação do leito da trilha em direção ao talude inferior, o que
representa risco de queda para os usuários, principalmente pela degradação
de estruturas de manejo.
Já na feição erosiva da figura 3d, observa-se erosão na borda da trilha e,
consequentemente, queda de material encosta a baixo (23°21'3.89"S,
44°43'41.53"O). Verifica-se também, o estreitamento do leito da trilha e
grande declividade da borda crítica. Esse processo pode estar associado à
presença de canais de drenagem ineficientes ou inexistentes, como foi
apontado por Costa (2006), no estudo da trilha do rio Grande e do Camorim no
Parque Estadual da Pedra Branca ou por desmatamento e incapacidade da
vegetação em “segurar” a encosta após a incisão da trilha, como destacado
por Rangel (2014) nos estudos realizados nas trilhas da Área de Proteção
Ambiental do Cairuçu.
Para evitar o agravamento da erosão da borda, sugere-se realizar um corte,
conforme proposto por Costa (2006), onde as bordas críticas mais erodidas
foram cortadas em uma inclinação de aproximadamente 3°, para evitar
possíveis deslizamentos ou acúmulo de água e para suportar o fluxo
superficial.
O último processo erosivo é o afundamento do leito ocasionado pela
compactação do solo através do pisoteio, que favorece a acumulação de água
em buracos. Os afundamentos e os pequenos sulcos encontrados podem evoluir
para uma ravina. Ademais, observa-se estreitamento significativo do tamanho
do leito. Costa (2006) destaca que a diminuição do tamanho do leito da
trilha pode ocasionar acidentes, como a queda de visitantes e falta de
contenções gera risco para os usuários. Há presença também, de raízes
expostas e de uma tábua de madeira no leito da trilha a fim de atenuar os
impactos da erosão.
Na Figura 3 observa-se o leito estreito com presença de ravina desenvolvida
(seta em vermelho), que corresponde ao ponto F1 na figura 1 (Figura 3a);
declividade acentuada e solo compactado, direção do fluxo de água (seta em
vermelho) e formação de degraus com estruturas de manejo insuficientes
(destaque em amarelo), que corresponde ao ponto F2 na figura 1 (Figura 3b);
trecho muito íngreme com elevada inclinação do ponto de incisão da trilha
(setas em vermelho) e presença de estruturas de manejo insuficientes e
degradadas (em amarelo), que corresponde ao ponto F3 na figura 1 (Figura
3c); erosão da borda crítica da trilha no talude inferior, que corresponde
ao ponto F4 na figura 1 (Figura 3d); e afundamento do leito com acúmulo de
água (no detalhe), presença de raízes expostas e estruturas de manejo (tábua
de madeira em área muito erodida), que corresponde ao ponto F5 na figura 1
(Figura 3e).
A partir da análise das feições erosivas observadas, é possível inferir que
os sedimentos retirados do leito da trilha, nas áreas de maior declividade e
de maior escoamento superficial, podem ser transportados para o córrego,
onde há captação de água, provocando assoreamento do mesmo e redução da
capacidade turística do ambiente, ou para a praia do Meio.
Ademais, o aprofundamento do leito e o aparecimento de ravinas foram dois
impactos recorrentes nos estudos de Costa (2006), Costa et al. (2008),
Kroeff (2010), Rangel et al. (2015). Os autores destacam que essas feições
erosivas são provocadas por diversos fatores além do escoamento concentrado,
como o pisoteio, o desmatamento da borda e a criação de atalhos, situações
semelhantes foram encontradas na trilha da cachoeira do Pontal.
Com relação a percepção da erosão pelos visitantes nas trilhas do Parque
Estadual do Pico Marumbi, Vashchenko e Biondi (2013) concluíram que os
visitantes tinham maior dificuldade em passar na trilha quando a erosão era
mais intensa. Logo, pode-se afirmar que a falta de manejo e de planejamento
na adequação das trilhas são prejudiciais não só para a qualidade do solo,
pois intensificam o aparecimento de erosões no leito da trilha, mas também,
são prejudiciais para a atividade turística, já que a experiência do usuário
pode ser impactada negativamente.
(a)Início da trilha na Praia do Meio; (b)Término da trilha com cerca e placa de propriedade particular no interior do PNSB. Acervo: L. A. Rangel, 2015
Feições erosivas mapeadas ao longo da trilha. Fotos: L. A. Rangel, 2015.
Localização da trilha da cachoeira do Pontal, vila de Trindade (linha em amarelo) e perfil de elevação com feições erosivas mapeadas (em vermelho).
Considerações Finais
Considerando que o manejo adequado é fundamental para a qualidade do solo, percebe-se que as trilhas, que possuem função não só turística, mas também social, precisam ser mais bem conservadas. Isto deve ocorrer, principalmente, quando as mesmas estão inseridas em um Parque Nacional, já que o objetivo deste é a conservação de recursos naturais e do ecossistema. No que se refere à presença de feições erosivas, a trilha apresentou feições erosivas desenvolvidas em determinados pontos, como em áreas de convergência de fluxos e de elevada declividade. A baixa qualidade do solo permite inferir que o mesmo está sofrendo com o pisoteio e com a concentração do fluxo superficial. Assim, onde há presença de ravinas, pode-se afirmar que o escoamento subsuperficial é ineficiente e o fluxo converge para o leito da trilha de forma concentrada. Sendo assim, a instalação de canaletas de drenagem e o nivelamento da trilha se tornam essenciais para a resolução do problema. Sugere-se, portanto, a correção do traçado em áreas que apresentam risco aos usuários, com erosão da borda, por exemplo, já que, com a intensificação do uso, há chance de total erosão do trecho. Ademais, a revegetação da borda da trilha (pontos com perda de borda crítica) e o acréscimo de serapilheira no leito (pontos com ravinas) aumentariam o input de matéria orgânica favorecendo a infiltração; e a manutenção das estruturas de manejo melhorariam as condições de acesso à trilha.
Agradecimentos
À Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo financiamento da pesquisa.
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