Autores

Bastos, F.H. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ) ; Peulvast, J. (UNIVERSITÉ PARIS – SORBONNE IV)

Resumo

A distribuição e características dos movimentos de massa no maciço de Baturité variam de acordo com as propriedades de cada área. Foram identificados movimentos de massa somente nas áreas com declives mais significativos nas vertentes e no platô. Constatou-se a ocorrência de deslizamentos rotacionais e translacionais associados com fluxos de lama e quedas de blocos. Visando elaborar mapeamentos de suscetibilidade morfodinâmica, foram estabelecidos critérios metodológicos envolvendo os agentes desencadeadores através de técnicas de álgebra de mapas. Assim, foram consideradas seis variáveis, com relação à suscetibilidade de movimentos de massa no maciço de Baturité: Declividade, Pluviosidade, Vegetação/Uso e Ocupação, Geomorfologia, Pedologia e Geologia. Como resultado, foram identificadas áreas com alta suscetibilidade, nas vertentes ocidental, meridional e parte da oriental, suscetibilidade média nos demais setores elevados do maciço, e baixa suscetibilidade nas áreas circunvizinhas.

Palavras chaves

Movimentos de Massa; Maciços Úmidos do Ceará; Suscetibilidade Geomorfológica

Introdução

Os movimentos de massa em encostas se caracterizam pela dissipação significativa de energia e consequente deslocamento de materiais terrestres, tais como rochas, solo e mantos de intemperismo, sob a ação da gravidade (PICANÇO, 2010). Esses fenômenos apresentam uma grande importância para a Geomorfomologia, contribuindo na compreensão da evolução das vertentes e para os estudos relacionados com planejamento ambiental. O estado do Ceará, localizado no Nordeste brasileiro, se caracteriza por apresentar cerca de 90% de seu território sob condições climáticas semiáridas. Somente alguns setores isolados apresentam maiores índices pluviométricos, com dinâmica ambiental diferenciada, de onde se destacam as serras úmidas. O maciço de Baturité, situado a uma distância de aproximadamente 50km do litoral, se destaca como o maciço úmido de maior dimensão espacial do estado. Esse maciço é constituído predominantemente por rochas metamórficas e sua gênese está associada a soeguimentos mesozoicos e erosão diferencial. Os aspectos geomorfológicos apresentam uma relação direta com a estrutura. Na vertente oriental úmida e no platô, predominam gnaisses e micaxistos que se encontram bastante dissecados com vales em V na vertente e colinas convexas no platô. As vertentes ocidental e meridional apresentam feições aguçadas em forma de cristas associadas a quartzitos dobrados. No setor setentrional predominam relevos dissecados com a ocorrência de pães de açúcar associados com granitóides e migmatitos. Nos setores rebaixados do entorno destaca-se o piemont que, em alguns trechos encontra-se recoberto por sedimentos da Formação Barreiras, configurando uma superfície tabular no setor oriental (BASTOS, 2012). Em termos altimétricos, nos setores de cimeira do maciço predominam cotas em torno de 700-800m, com cristas que podem atingir 1.100m (Figura 1). Os aspectos ambientais dessas áreas serranas justificam a ocorrência de movimentos de massa significativos, sobretudo em função de fatores geológicos, pedológicos, pluviométricos e topográficos associados a formas predatórias de uso e ocupação do solo. Para efeito de classificação dos movimentos de massa foram adotadas terminologias de acordo com Varnes (1978) e Dikau (2004). Os movimentos de massa que ocorrem no maciço de Baturité, em função de diversos fatores ambientais e antrópicos, podem apresentar elevada capacidade energética, podendo justificar a ocorrência de eventos catastróficos como significativos deslizamentos sobre estradas ou áreas residenciais. De maneira geral, os movimentos de massa identificados no maciço foram: deslizamentos translacionais e rotacionais, quedas de blocos e fluxos de lama. Face ao exposto, o presente trabalho busca apresentar uma proposta metodológica de mapeamento de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa no maciço de Baturité, considerando os principais agentes desencadeadores de tais eventos e adotando técnicas de álgebra de mapas para a elaboração desse mapa em escala regional. É importante destacar que a proposição de uma metodologia de mapeamento de susceptibilidade à ocorrência de movimentos de massa no referido maciço se deve a algumas especificidades dessa área, pois a mesma se trata de um ambiente úmido isolado ao longo de superfícies de erosão semiáridas predominantes no setor central da região Nordeste do Brasil. Dessa forma, dependendo das condições estruturais ocorrem morfologias diversificadas com mantos de intemperismo variados e cobertura vegetal com diferentes padrões fisionômicos. Além de todos esses fatores, as formas de uso e ocupação da terra também são diferenciadas, se comparadas a outros relevos serranos no Brasil.

Material e métodos

No presente trabalho foi elaborado um mapa de suscetibilidade que corresponde à probabilidade espacial e temporal de ocorrer um movimento de massa foi elaborado a partir de métodos qualitativos, onde foram julgados os critérios relevantes a partir da utilização de SIG, atribuindo-se índices aos fatores que afetam a instabilidade das encostas. O referido mapa foi elaborado a partir de técnicas de álgebra de mapas. Na elaboração desse mapa, foi adotada a técnica de média ponderada. No algoritmo de média ponderada são considerados dois fatores: o peso e as notas. O peso representa o percentual atribuído de acordo com a influência direta da variável mapeada sobre o desencadeamento de movimentos de massa, enquanto que a nota é o valor de número inteiro, variando de 0 a 5, definido de acordo com o grau de importância que cada classe exerce sobre os eventos morfodinâmicos. Os movimentos de massa estão associados com uma grande complexidade de fatores naturais e antrópicos. Dessa forma, foram consideradas e mapeadas seis variáveis: Declividade, Pluviosidade, Vegetação/Uso e Ocupação, Geomorfologia, Pedologia e Geologia. Matematicamente, as variáveis consideradas devem apresentar valores de peso percentual face à sua importância para o evento em análise. Dessa forma, foram estabelecidas as seguintes proporções de peso: Declividade (20%), Pluviosidade (20%), Vegetação/Uso e Ocupação (20%), Geomorfologia (15%), Pedologia (15%) e Geologia (10%). Além dos pesos das variáveis, foi estabelecida uma hierarquia de importância para cada uma das classes mapeadas nas variáveis. Tal hierarquia possui pontuação de 1 a 5, sendo 1 o valor de menor relevância no desencadeamento dos eventos e 5 o mais importante. A declividade influencia diretamente na ocorrência desses eventos e na capacidade energética de transporte. Assim, foram estabelecidas cinco classes (0-5º, 5-15º, 15-25º, 25-35º e 35-90º) que receberam diferentes notas, de acordo com a inclinação do ângulo das encostas, sendo as notas maiores para os declives mais acentuados. A maior parte dos movimentos de massa do maciço de Baturité tem seu desencadeamento relacionado com significativos eventos chuvosos. Dessa forma, utilizou-se a distribuição espacial da média pluviométrica do maciço, que foi apresentada em seis intervalos de pluviosidade média anual em mm (500-700, 700-900, 900-1100, 1100-1300, 1300-1500 e >1500). A ação antrópica pode ajudar a desencadear movimentos de massa e sua principal contribuição está associada com desmatamentos e com alterações geométricas nas encostas. Dessa forma, foi utilizado um mapa de vegetação/uso e ocupação do maciço de Baturité como um importante critério relacionado com movimentos de massa. Os movimentos de massa variam de acordo com a feição geomorfológica. Dessa forma, adotou-se também a geomorfologia onde as formas mais aguçadas receberem nota maior, enquanto que formas mais conservadas receberam notas menores. Com relação aos tipos de solo na área, foram utilizados critérios gerais do perfil e do entorno. Dessa forma, os argissolos, que possuem importantes planos de descontinuidade textural, receberam nota 3, pois encontram-se recobertos por florestas em ambientes dissecados. Por serem bastante suscetíveis à erosão, os luvissolos e os neossolos litólicos receberam nota 5. Os demais solos são também suscetíveis à erosão, porém se encontram em topografias planas e, por essa razão, receberam nota 3. O estabelecimento de pesos para as diferentes estruturas geológicas da área de estudo se destaca como uma tarefa bastante complexa. As estruturas sedimentares recentes se apresentam inconsolidadas, porém, em topografias planas, daí o fato de terem recebido nota 3. As rochas intrusivas, devido à sua elevada resistência, receberam nota 2. Os quartzitos e metacalcários receberam nota 3 e as rochas metamórficas mais fraturadas, de forma geral, receberam nota 4.

Resultado e discussão

Tendo em vista que a presente abordagem está focada em eventos morfodinâmicos de energia considerável, capazes de causar danos socioeconômicos, é fundamental que sejam apresentados conceitos básicos de risco e perigo. De acordo com a UN-ISDR (2009), risco pode ser definido como a combinação da probabilidade de um determinado evento e suas consequências negativas. O risco pode ser encarado como uma categoria de análise associada às noções de incerteza, exposição ao perigo, perdas e prejuízos humanos e socioeconômicos em função de processos de ordem natural ou de origem antropogênica (CASTRO et al., 2005). De acordo com Cerri e Amaral (1998), o risco geológico é definido como uma situação de perigo, perda ou dano ao homem e às suas propriedades, em razão da possibilidade de ocorrência de processo geológico, induzido ou não. Para Tominaga et al. (2012), dois elementos são fundamentais na formulação do risco: o perigo e a vulnerabilidade. Dessa forma, deve-se analisar o perigo de ocorrer um evento potencialmente danoso e a vulnerabilidade, que é o grau de susceptibilidade do elemento exposto ao perigo. Assim, podem existir áreas perigosas com maior ou menor grau de vulnerabilidade. Castro et al., (2005) afirmam que o risco natural está objetivamente relacionado com processos e eventos de origem natural ou induzido pela ação do homem. A natureza desses eventos é bastante diversa nas escalas espacial e temporal e, por isso, pode-se apresentar através de diferentes intensidades de perdas, em função da magnitude, da abrangência espacial e do tempo de duração dos eventos. Pode-se concluir que o risco existe quando há um perigo com potencial de causar danos socioeconômicos. Dessa forma, é fundamental a espacialização dos perigos e riscos através de representações cartográficas, sobretudo nos projetos voltados para planejamento ambiental. Lançando mão das variáveis anteriormente mencionadas na parte de material e métodos foi possível elaborar o mapa de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa, com áreas de alta, média e baixa suscetibilidade (Figura 2). Figura 2 - Mapa de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa no maciço de Baturité/CE Suscetibilidade alta Foram identificadas três áreas com alta suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa: a vertente dissecada seca, setores orientais elevados da vertente dissecada úmida e setores setentrionais elevados da vertente dissecada úmida. A vertente dissecada seca corresponde aos setores de quartzitos dobrados na Unidade Independência (CPRM, 2003) que abrangem as áreas ocidentais e meridionais do maciço. Os movimentos de massa suscetíveis de ocorrerem nessas áreas são basicamente deslizamentos translacionais rasos e quedas de blocos. Como existem fortes declividades (>30º), a capacidade energética é bastante considerável, justificando a possibilidade de movimentos muito rápidos. Os materiais envolvidos com os movimentos de massa nesses setores são pequenos mantos de alteração, associados com neossolos litólicos, e blocos rochosos que se desprendem das cornijas de quartzito. Nos setores orientais elevados da vertente dissecada úmida podem ocorrer deslizamentos rotacionais e translacionais, fluxos de lama e quedas de blocos. Os declives possuem valores sensivelmente menores do que nos setores ocidentais/meridionais, porém, constata-se também uma elevada capacidade energética. Os movimentos de massa dessas áreas transportam geralmente profundos mantos de intemperismo, associados com argissolos, e blocos de variadas dimensões. Os riscos nessa área também estão associados com rodovias e algumas áreas residenciais isoladas. A ocorrência dos movimentos está predominantemente relacionada com a saturação dos solos durante as estações chuvosas, principalmente nos meses de março e abril. Os setores setentrionais elevados da vertente dissecada úmida apresentam encostas íngremes, formadas por migmatitos fortemente fraturados. Nesse caso, os movimentos que podem ocorrer são quedas de blocos e deslizamentos translacionais rasos. O material transportado pode ser composto por pequenos mantos de intemperismo e blocos soltos de migmatito. De maneira geral, em toda a área do maciço de Baturité, a maioria das cicatrizes de movimentos de massa identificadas se encontra em declividades situadas entre 15º e 35º. Em todas as áreas de alta suscetibilidade pode haver desencadeamento de movimentos de massa associado com atividades agrícolas, sobretudo com culturas de sequeiro (milho e feijão). 3.2.Suscetibilidade média As áreas com média suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa se localizam no platô, acima da cota 600m, nos setores mais baixos das vertentes dissecadas seca e úmida e nos inselbergs dispersos ao longo dos sertões. Nessas áreas foram identificados alguns movimentos de massa de pequena magnitude, geralmente associados com deslizamentos translacionais rasos em margens de rodovias nas áreas do platô. O platô se apresenta com morfodinâmica tendendo à estabilidade e isso se deve, sobretudo, ao bom estado de conservação em que a mata úmida se encontra e às condições topográficas mais suaves, com declives inferiores a 15º. Outro fator positivo para a estabilidade morfodinâmica dos relevos do platô está associado à unidade de conservação (APA da Serra de Baturité) que contribui na manutenção da conservação da vegetação. O cultivo de café nessa área também auxilia na conservação da mata tendo em vista ser cultivado em consórcio com florestas. Os setores rebaixados das vertentes dissecadas seca e úmida constituem, de forma geral, as bases do maciço de Baturité ou o início do piemont, podendo, em alguns casos apresentar cones de acumulação de detritos, depositados em eventos morfodinâmicos pretéritos. Esses setores estão localizados ao redor de todo o maciço. Algumas áreas de deposição de detritos podem sofrer processos de remobilização do material a partir de atividades antrópicas capazes de instabilizar suas encostas. Nesses casos, os detritos podem ser novamente transportados por outros processos morfodinâmicos como fluxos ou creep, dependendo dos agentes desencadeadores. Com relação aos inselbergs, não foram identificados cicatrizes de deslizamento, porém, seus flancos podem apresentar declives superiores a 25º, induzindo o transporte acelerado de qualquer material que se desprenda da rocha matriz, configurando, nesse caso, queda de blocos. 3.3.Suscetibilidade baixa Os setores que apresentam suscetibilidade baixa à ocorrência de movimentos de massa são as superfícies sertanejas e as áreas de deposição cenozóica, que podem se encontrar em setores elevados do maciço ou em áreas rebaixadas circunvizinhas. Os declives inferiores a 5º se destacam como o principal fator para a sua estabilidade morfodinâmica. Os setores elevados do maciço com baixa suscetibilidade constituem as planícies alveolares, que são unidades geomorfológicas bastante utilizadas para o cultivo de cana-de-açúcar, banana e hortaliças. Os setores circunvizinhos com baixa suscetibilidade abrangem as superfícies sertanejas e os tabuleiros. As áreas sertanejas constituem superfícies de erosão formadas por rochas metamórficas e apresentam topografias suavemente onduladas, podendo ultrapassar levemente 5º de declividade. Os tabuleiros constituem superfícies de acumulação sedimentares, recobertas por mata de tabuleiro e com topografias planas, configurando os setores mais estáveis de toda a área de estudo, sob o ponto de vista morfodinâmico.

Figura 1 - Hipsomteria e localização do maciço de Baturité/CE

Hipsomteria e localização do maciço de Baturité/CE

Figura 2 - Mapa de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa

Mapa de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa no maciço de Baturité/CE

Considerações Finais

O presente trabalho apresentou uma proposta metodológica de mapeamento de suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa em um maciço úmido do Nordeste brasileiro, porém, é fundamental que sejam estabelecidos critérios no intuito de se uniformizar os mapeamentos dessa natureza nas demais regiões do Brasil. Essa afirmação se deve ao fato de que, atualmente, é muito difícil se fazer estudos comparativos entre mapeamentos dessa natureza em diferentes regiões brasileiras e isso ocorre devido à enorme subjetividade metodológica adotada em cada área analisada. É importante destacar que foram feitos alguns testes com pesos diferentes para as classes anteriormente apresentadas, porém, os resultados finais apresentavam uma suscetibilidade à ocorrência de movimentos de massa inconsistente com a realidade local. Assim, os referidos pesos considerados foram os que geraram melhores resultados com relação à realidade e isso pode ser constatado quando se verifica que a maior parte das cicatrizes de movimentos de massa se encontram nas áreas de suscetibilidade alta (Figura 2).

Agradecimentos

Referências

BASTOS, F. H. Movimentos de massa no maciço de Baturité (CE) e contribuições para estratégias de planejamento ambiental. Universidade Federal do Ceará. Tese de Doutorado em Geografia. Fortaleza, 2012.
BÉTARD, F. Montagnes humides au coeur du nordeste brésilien semi-aride: Le cas du massif de Baturité (Ceará). Tese de Doutorado, Universidade de Paris IV – Sorbonne, Paris, 2007.
CASTRO, C. M.; PEIXOTO, M. N. O.; RIO, G. A. P. Riscos ambientais e geografia: conceituações, abordagens e escalas. Anuário do Instituto de Geociências. Vol. 28 – 2. p. 11 – 30. Rio de Janeiro, 2005.
CERRI, L. E. S.; AMARAL, C. P. Riscos Geológicos. In: OLIVEIRA, A. M. S.; BRITO, S. N. A. (Org). Geologia de Engenharia. ABGECNPq- FAPESP. São Paulo, 2008.
CPRM. Atlas Digital de Geologia e Recursos Minerais do Ceará. Mapa na escala 1:500.000. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais – CPRM. Serviço Geológico do Brasil, Ministério das Minas e Energia, Fortaleza, 2003.
DIKAU, R. Mass Movement. In: Goudie, A (Hrsg.): Encyclopedia of Geomorphology: 644 – 652, 2004.
FERNANDES, N. F.; GUIMARÃES, R. F.; GOMES, R. A. T.; VIEIRA, B. C.; MONTGOMERY, D. R.; GREENBERG, H. Condicionantes Geomorfológicos dos Deslizamentos das Encostas: Avaliação de Metodologias e Aplicações de Modelos de Previsão de Áreas Susceptíveis. Revista Brasileira de Geomorfologia. V.2, Nº 1, 2001.
PICANÇO, J. Movimentos gravitacionais de massa, tragédias do verão. Scientific American, n. 94, p.40 – 45, 2010.
UN-ISDR. International Strategy for Disaster Reduction (2009) Terminology on Disaster Risk Reduction. Disponível em <http://www.unisdr.org>. Acesso em 26 de junho de 2012.
TOMINAGA, L. K.; SANTORO J.; AMARAL, R. (Orgs.). Desastres Naturais: Conhecer para Prevenir. 2ª Ed. Instituto Geológico. São Paulo, 2012.
VARNES, D. J. Slope movement types and process, in SCHUSTER, R. L.; KRIZEK, R. J. (eds). Landslides analysis and control. Transportation Research Board. National Academy of Sciences, Special Report 176, 12 – 33, 1978.