Autores

Gatto, L.C. (IBGE) ; Nunes, B. (IBGE) ; Valente, L.R. (UERJ) ; Sarti, T. (IBGE) ; Pimenta, M.L. (IBGE) ; Pelech, A. (IBGE) ; Pereira, E.A. (IBGE)

Resumo

Pesquisadores de universidades e outras instituições produzem informações ambientais e as disponibilizam através de artigos publicados e outros formatos. Esses estudos podem ser realizados em recortes espaciais específicos tais como município, bacia hidrográfica e unidade geomorfológica. Como forma de situar espacialmente o leitor, muitos trabalhos trazem em seus títulos a área de estudo. Considera-se aqui que esta referência espacial é uma forma de georreferenciamento que não está representada em mapa. O objetivo deste trabalho é o de materializar através de vetores a informação espacial contida nos títulos. Espera-se que este produto indique espacialmente os locais onde os estudos estão situados, facilitando buscas, evitando sobreposição de estudos em uma mesma área e identificando espaços que necessitem de mais atenção. A obra de Aziz Ab’Sáber foi escolhida para dar início a esta atividade tanto devido à notoriedade do autor quanto pela abrangência de seus estudos.

Palavras chaves

Aziz Ab'Sáber; produção científica; localização geográfica

Introdução

Historicamente, observa-se que a produção científica mundial vem aumentando significativamente, principalmente ao longo dos séculos XX e XXI. No Brasil, pesquisadores de universidades e outras instituições de pesquisa produzem informações ambientais e as veiculam através de artigos, resumos e outros formatos de publicação. Esta produção dissemina-se através de revistas científicas, exposições em congressos, programas de pós-graduação, e muitas outras plataformas de disponibilização e divulgação. Pesquisas de cunho geocientífico têm suas análises e experimentos quase sempre baseados em algum recorte espacial, recortes estes bastante diversos e vinculados diretamente aos propósitos do pesquisador. Muitos desses estudos são realizados especificamente em um município, bacia hidrográfica, unidade geomorfológica, bioma, entre outros. Como forma de situar espacialmente o leitor, vários trabalhos fazem referência à área de estudo nos próprios títulos, como por exemplo: Região de circundesnudação pós-cretácea, no Planalto Brasileiro (1949); As Altas Superfícies de Aplainamento do Brasil Sudeste (1954), Contribuição à geomorfologia do Estado do Maranhão (1955- 56), etc. Considera-se aqui que a referência espacial contida nos títulos dos estudos é uma forma de georreferenciamento que não está representada em mapa. Tendo em vista a grande quantidade de trabalhos produzidos e em produção, torna-se interessante a construção de uma plataforma para localizar espacialmente este acervo e assim facilitar as buscas e consultas por parte dos usuários. Atualmente, verifica-se que para encontrar um determinado trabalho, recorre-se primordialmente às ferramentas de pesquisas na web e bibliotecas. Desta forma, um sítio web com a disposição espacial das pesquisas científicas contribuiria não somente para a divulgação do trabalho junto ao meio científico, como também auxiliaria na localização de dados por parte dos pesquisadores. O presente estudo se propõe, então, a criar uma metodologia para transformar a informação espacial semântica presente nos títulos dos trabalhos científicos em informação geoespacial plotada em mapa, possibilitando a visualização de trabalhos científicos em um ambiente SIG (Sistemas de Informações Geográficas). Para isto, selecionou-se um dos maiores ícones da Geografia brasileira, o professor, geógrafo e geomorfólogo Aziz Nacib Ab'Saber, que possui uma produção ímpar e abrangente de artigos científicos voltados para a compreensão dos sistemas ambientais brasileiros. O objetivo deste trabalho é, portanto, materializar em mapa – através de pontos e polígonos – o referenciamento contido nos títulos do autor e fazer uma análise de sua produção científica ao longo dos anos. O produto aqui apresentado pretende facilitar o acesso à obra do autor, contribuindo para futuras pesquisas. Aziz Nacib Ab'Sáber foi geógrafo e professor respeitado, altamente laureado nos meios acadêmicos, considerado referência em temas relacionados aos impactos ambientais ocasionados pelo homem. Manteve posturas políticas firmes e destacou-se como observador atento e coerente das controvérsias despertadas por questões ambientais. Propunha um posicionamento mais ativo do cientista em apoio aos movimentos sociais. Coordenou a criação de áreas de preservação e elaborou estudos de planejamento urbano. Sua obra científica abrange diversificados ramos do conhecimento, destacando-se a geomorfologia, a geologia, a arqueologia, a fitogeografia, a climatologia e assuntos relativos à ecologia e meio ambiente. Em seus trabalhos demonstrou elevada capacidade técnica e hábil discernimento na incorporação de informações de diferentes setores do saber científico, estabelecendo bases sólidas para os estudos integrados da paisagem e a definição dos futuros zoneamentos ecológico-econômicos.

Material e métodos

A produção científica do geógrafo Aziz Ab'Saber foi acessada em CD que compila os estudos do autor, suplemento do livro “A obra de Aziz Nacib Ab'Saber” (Modenesi-Gauttiere et al., 2010). Em seguida, fez-se uma análise dos títulos de cada um dos trabalhos do autor. Aqueles que possuem uma referência espacial tal como bioma, município, unidade geomorfológica, bacia hidrográfica, etc., foram selecionados. Esta etapa consistiu, portanto, em identificar os recortes espaciais de toda a obra do autor. A etapa seguinte baseou-se na identificação de bases espaciais para serem trabalhadas em um ambiente SIG, no caso, o software Geomedia 6.1. Como se tratam de recortes de origem diversas, procurou-se, quando possível, encontrar a delimitação em arquivos vetoriais disponibilizados em órgãos oficiais. A título de exemplo, a delimitação de áreas de estudo correspondentes a municípios e estados foi feita pelos arquivos vetoriais disponibilizados pelo IBGE; a delimitação de planícies, serras e outros foi realizada através dos arquivos vetoriais dos mapas geomorfológicos do IBGE; a delimitação das bacias hidrográficas foi feita com as Ottobacias da ANA; as delimitações geológicas pelos mapas geológicos do CPRM; etc. Caso a referência encontrada não estivesse na forma de vetores mas, sim, em arquivos do tipo .pdf, a imagem passou por um georreferenciamento e o polígono foi traçado manualmente. Quando existiam duas ou mais referências espaciais no título, a exemplo do artigo A Serra do Mar e a Mata Atlântica no Estado de São Paulo (1950) foi realizada uma interseção espacial entre os polígonos gerando um único polígono, usado como referência. Para cada um dos polígonos armazenados foi preenchida uma tabela de atributos com a identificação dos títulos dos textos que a eles fazem referência. O próximo passo foi gerar um ponto no centro geométrico (centroide) de cada polígono, para facilitar a visualização dos estudos no mapa. Em cada um destes pontos foram identificados na tabela de atributos o título do artigo que ele representa e o tipo de recorte espacial que foi utilizado para gerar o polígono que lhe deu origem. Desta maneira, é possível realizar através do título uma operação do tipo join entre os pontos e os polígonos, permitindo assim a associação de suas informações. Alguns estudos, no entanto, devido às suas pequenas extensões geográficas, foram identificados apenas como pontos. Salienta-se que muitas das escolhas feitas para os polígonos de base são aproximações das informações espaciais contidas nos títulos. Isso acontece pois boa parte dos vetores encontrados em domínio público foram construídos anos depois dos artigos do autor terem sido escritos ou então, como em outros casos, podem não ter sido encontradas bases que fossem fiéis às referências dos títulos. Nestes casos foram usadas informações com afinidades àquelas desejadas, como acontece no artigo O Golfão Marajoara (2010), onde foram usados os municípios que fazem parte da Ilha do Marajó.

Resultado e discussão

Dos trabalhos de Aziz Ab’Sáber analisados 179 possuem algum tipo de referência espacial (fig. 1), abrangendo 22 estados brasileiros. Destes estudos, 54% fazem referência a uma delimitação político-administrativa, ou seja, usam recorte espacial baseado em grandes regiões brasileiras, estados, municípios, regiões metropolitanas, entre outras. Outros 36% possuem recortes ligados a divisões ambientais como, biomas (15%), divisões geomorfológicas (9,0%), domínios morfoclimáticos (4,0%) e bacias hidrográficas (3,0%). Também foram identificados trabalhos que fazem referência à estrada de ferro (2,0%) e áreas especiais que representam terras indígenas e unidades de conservação (2,0%). Além disso, 5% dos trabalhos são pontuais tratando de sedes de instituições e formas de relevo. Classificando-se os pontos que representam os estudos por década pode-se observar a evolução espacial dos trabalhos ao longo do tempo. Ao observar a coleção de mapas (fig. 2) com a plotagem dos trabalhos, chama a atenção sua ampla distribuição espacial, contemplando quase todos os estados do País: poucos estados não mereceram a atenção do autor, surpreendendo a ausência de pesquisas no Ceará, quando se sabe que ele realizou campanha de campo no interior do estado. No entanto, tal constatação pode ser pouco relevante em função da concepção abrangente das pesquisas. Os principais trabalhos, notadamente os de natureza geomorfológica, muitas vezes abordam áreas específicas, porém extraem conclusões técnicas de largo alcance permitindo correlações com aspectos morfológicos de diferentes áreas, muitas vezes distantes. A coleção de mapas mostra que nos anos 1940 o autor restringiu-se a áreas de seu estado natal. É em São Paulo, aliás, que se concentrará o maior número de seus estudos. Os primeiros trabalhos constituem notas sobre a Geomorfologia da região de Jaraguá e reflexões de natureza geológica da área de Itu. No final da década aparece uma obra hoje clássica, de grande expressão no panorama da Geomorfologia brasileira: Região de circundesnudação pós-cretácea, no Planalto Brasileiro (op. cit.). A década de 1950 testemunha um crescimento exponencial do número de trabalhos produzidos e editados. Agora, além do adensamento das pesquisas no Estado de São Paulo (A Serra do Mar e a Mata Atlântica em São Paulo, 1950; Os terraços fluviais da região de São Paulo, 1952-53; A geomorfologia de uma linha de quedas apalachiana típica do Estado de São Paulo, 1952; Geomorfologia do sítio urbano de São Paulo, 1956; Padrões de drenagem da região de São Paulo, 1958), longas jornadas foram empreendidas, alcançando o Nordeste brasileiro (incluindo o então Território de Fernando de Noronha), além de incursões ao Mato Grosso e Amazonas. Alguns trabalhos significativos podem ser citados: O Planalto da Borborema na Paraíba (1952); Problemas paleogeográficos do Brasil Sudeste (1954); o já referido Contribuição à geomorfologia do Estado do Maranhão (1955-56); Depressões periféricas e depressões semi-áridas no Nordeste brasileiro (1956); Significado geomorfológico da rede hidrográfica do Nordeste Oriental brasileiro (1958- 59). A registrar também análises de sítios urbanos, que se revestiriam de interesse para ações de planejamento: A cidade de Salvador (1952); A cidade de Manaus: primeiros estudos (1953); Originalidade do sítio da cidade de São Paulo (1955). Outros trabalhos desse gênero viriam duas décadas depois, nos anos 1970 (São José dos Campos, Caçapava, Jacareí, Mauá, Marília, Caxias, Franca). É nas décadas de 1960 e 1970 que o autor alcança o que talvez seja o auge de sua produção científica. Nesses anos surgiram alguns de seus trabalhos mais celebrados no campo da Geomorfologia, com pesquisas fundamentais, que determinaram toda uma nova compreensão do relevo brasileiro. Neles, são conceituadas e caracterizadas as depressões periféricas às bacias sedimentares, as vastas superfícies de aplainamento que modelaram diferentes níveis topográficos no interior do País, bem como o papel marcante do arcabouço geológico e do tectonismo na esculturação das superfícies de topo dos planaltos brasileiros. Devem ser mencionados: Participação das superfícies aplainadas nas paisagens do Rio Grande do Sul (1969); A depressão periférica paulista: um setor das áreas de circundesnudação pré- cretácica na bacia do Paraná (1969); Participação das superfícies aplainadas nas paisagens do Nordeste brasileiro (1969); Participação das depressões periféricas e superfícies aplainadas na compartimentação do Planalto Brasileiro (1972, com base na tese de livre-docência, de 1965). É desse período ainda o interesse demonstrado pela análise das formações superficiais, linhas de pedra e cascalheiras como elementos importantes de elucidação dos diversos estágios de evolução morfogenética da paisagem, inclusive em ambientes de influência marinha: Ocorrência de pedimentos remanescentes nas fraldas da serra do Iquerim, Garuva, SC (1961); Revisão dos conhecimentos sobre o horizonte sub-superficial de cascalhos inhumados do Brasil Oriental (1962); Tipos de ocorrência de cascalheiros marinhos quaternários no litoral brasileiro (1964); Formações quaternárias nas áreas de reverso de cuestas em São Paulo (1969); Limitações dos informes paleoecológicos das linhas de pedra, no Brasil (1979). São todos trabalhos que têm exercido influência duradoura e servido de base a pesquisas posteriores. Nos anos 1970 Ab'Sáber aperfeiçoa suas ideias sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros e expõe sua proposta de mapeamento desses domínios, antecipando preocupações ambientais: Províncias geológicas e domínios morfoclimáticos no Brasil (1970); O domínio morfoclimático semi- árido das caatingas brasileiras (1973); Problemática da desertificação e da savanização do Brasil Intertropical (1977). Mencione-se a extensão dos estudos morfoclimáticos para abarcar toda a fascinante diversidade de ambientes do continente sul-americano: Os domínios morfoclimáticos na América do Sul: primeira aproximação (1977). Estudos paleoclimáticos efetuados na década de 1970 (Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na América do Sul, por ocasião dos períodos glaciais quaternários, 1977) têm sequência em trabalhos publicados nos anos seguintes: Razões da retomada parcial de semi-aridês holocênica, por ocasião do “otimum climaticum”: primeiras idéias (1980); Páleo-climas quaternários e Pré-História da América Tropical (1989). Da mesma forma, nos anos 1980 prosseguem as abordagens morfoclimáticas e trabalhos que traduzem a participação humana na degradação dos ambientes naturais: Domínios morfoclimáticos atuais e quaternários na região dos cerrados (1981); Degradação da natureza por processos antrópicos, na visão dos geógrafos (1982); Degradação da natureza no Brasil. A identificação das áreas críticas (1982). As décadas de 1990 e 2000 mostram uma maior diversidade de interesses científicos e a acentuação de uma tendência que já se verificara anteriormente: a preocupação do autor com a ecologia e as questões ambientais. Vêm à tona obras que analisam ocorrências de fenômenos naturais desastrosas, a exemplo de A Serra do Mar na Região de Cubatão: avalanches de janeiro de 1985 (2001) e A propósito da periodicidade climato-hidrológica que vem provocando grandes crises em Santa Catarina (2009). E ele volta a atenção aos ecossistemas nacionais, detalhando sua estrutura, condições de equilíbrio e ameaças a que estão sujeitos devido à ação humana. Justificando uma postura pragmática, surgem então trabalhos como Amazônia: proteção ecológica e desenvolvimento, com o máximo de floresta-em-pé (1993) ou, em amplitude maior, o Zoneamento fisiográfico e ecológico do espaço total da Amazônia Brasileira (2010). Nesses anos finais, aparecem ainda obras de divulgação dos aspectos específicos e individualizadores dos ecossistemas, inclusive vários textos elaborados em co-autoria ou inseridos em coletâneas. São obras habilmente ilustradas, destinadas a um público amplo, especializado ou leigo.


Figura 1 - Gráfico contendo o percentual dos tipos de referências espaciais utilizadas na obra de Aziz Ab'Sáber.


Figura 2 - Coleção de mapas contendo os trabalhos de Aziz Ab'Sáber distribuídos ao longo do território brasileiro, divididos por décadas.

Considerações Finais

O presente estudo mostra que uma sistematização de estudos científicos georreferenciados, em ambiente SIG, pode ser uma ferramenta útil de pesquisa e divulgação da produção científica. A metodologia de espacialização se revelou instrumento interessante para a análise da obra de Aziz Ab’Sáber, indicando os tipos de recortes espaciais utilizados e a evolução de seus estudos ao longo das décadas. Pretende-se que esta metodologia seja estruturada em um banco de dados de trabalhos científicos espacializados, disponível em um ambiente SIG, aberto para armazenamento e consulta por diversas instituições que produzem e utilizam informações ambientais.

Agradecimentos

Ao diretor de Geociências do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística, Wadih João Scandar Neto, pela motivação no desenvolvimento deste trabalho.

Referências

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