Autores
Barros, L.F.P. (UFMG) ; Oliveira, F.S. (UFMG) ; Magalhães Jr., A.P. (UFMG)
Resumo
O Quadrilátero Ferrífero é uma das principais regiões produtoras de minério de ferro do mundo. Nesta área é tradicionalmente conhecida a extensiva formação de cangas (couraças ferruginosas), iniciada no Paleógeno e geralmente associada ao intemperismo de formações ferríferas bandadas que compõem o substrato rochoso das áreas mais elevadas. No entanto, recentes trabalhos demonstraram a ocorrência regional de couraças também em níveis fluviais pleistocênicos e sua relação com fases de clima mais seco/frio, além de trazerem seu estudo petrogenético. O presente trabalho discute implicações geomorfológicas relacionadas a essas couraças, tanto em relação à gênese desses materiais como seu papel na evolução dos vales fluviais após sua formação.
Palavras chaves
laterização; evolução do relevo; couraças
Introdução
A formação de couraças ferruginosas ocorre principalmente associada a dois processos (Goudie, 1973; McFarlane, 1976): i) acumulação relativa de ferro através do intemperismo in situ de rochas em clima tropical sazonal e equatorial úmido e/ou, ii) enriquecimento absoluto de ferro em áreas de descarga do nível freático. No primeiro caso, há uma concentração de ferro a partir da lixiviação dos demais constituintes e, no segundo, o ferro é transportado pelas águas subterrâneas em solução e/ou como quelatos, acumulando-se em ambientes como estuários, pântanos, lagoas e brejos (Phillips, 2000; Widdowson, 2007; Tanner e Khalifa, 2010). Em algumas áreas, a presença de rochas ricas em ferro faz com que ambos os processos sejam possíveis, resultando na presença de couraças desde as posições cimeiras do relevo até as vertentes e fundos de vale (Pain e Ollier, 1995; Furniss et al., 1999; Vasconcelos et al., 2013). Esse é o caso do Quadrilátero Ferrífero (QF), uma das principais províncias minerais do Brasil, onde existem expressivas formações ferríferas bandadas (Banded Iron Formations – BIF’s) e uma diversidade de coberturas lateríticas associadas (Dorr, 1969; Alkmim e Marshak, 1998). Os pacotes lateríticos podem atingir 500m de espessura e foram datados por Spier et al. (2006) entre o Paleoceno e o Mioceno (61,3±1,7Ma a 14,2±0,2Ma). A ocorrência regional de couraças ferruginosas em áreas elevadas do QF é amplamente conhecida e seu estudo vem sendo conduzido por diversos autores (Dorr, 1964; Weggen e Valeton, 1990; Spier et al., 2006; Monteiro et al., 2014). Conforme Monteiro et al. (2014), elas são produtos do intemperismo dinâmico através da dissolução-reprecipitação do ferro entre 48,1±4,8Ma e o presente. Nos referidos estudos, as couraças foram objeto de investigação através de sua distribuição geomorfológica em escala regional, revelando seu papel no controle estrutural do relevo. Além disso, por meio de estudos macromorfológicos em escala do perfil, elas revelam diversidade faciológica e petrogenética e por meio de seus atributos mineralógicos e geoquímicos, seu potencial econômico e história evolutiva. Além das couraças nas porções cimeiras das serras que limitam o QF, esses materiais também ocorrem como parte dos registros da pronunciada dissecação dos vales da região, evidenciando processos marcadamente mais recentes. A partir de datações por Luminescência Opticamente Estimulada (LOE) de sedimentos em depósitos com couraças, Barros e Magalhães Jr. (2015) associaram esses materiais a períodos climáticos mais secos/frios sugeridos na literatura, o que foi posteriormente corroborado por análises de fitólitos e isótopos de carbono (Barros et al., 2016). Tais estudos revelaram evidências importantes do contexto paleogeográfico de formação desses materiais, porém foram realizados nos pacotes sedimentares intercalados com as couraças. Investigações diretas, a partir dos atributos morfológicos, químicos e mineralógicos das mesmas, foram empreendidas por Barros et al. (2015b) e contribuem para o entendimento dos complexos processos envolvidos na evolução de coberturas superficiais em regiões tropicais. No presente trabalho, busca-se compreender o papel da evolução do relevo na formação das couraças em depósitos fluviais pleistocênicos do QF e, em contrapartida, o papel das couraças na evolução do relevo.
Material e métodos
O QF é um domínio geológico-geomorfológico localizado na região sudeste do Brasil, sendo caracterizado por um relevo predominantemente montanhoso. As principais serras representam importantes divisores hidrográficos regionais, sendo a porção oeste do domínio drenada pela bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, a porção central pela bacia do Rio das Velhas e a porção leste por afluentes da bacia do Rio Doce. O domínio apresenta uma rica e complexa geologia que inclui principalmente (Alkmim e Marshak, 1998): complexos cristalinos (gnaisses, migmatitos e granitóides), uma sequência tipo greenstone belt, denominada Supergrupo Rio das Velhas (xistos e filitos), e uma unidade metassedimentar de idade proterozoica denominada Supergrupo Minas (BIF’s e quartzitos). As couraças analisadas neste trabalho foram identificadas em depósitos de níveis fluviais pleistocênicos ao longo dos vales de diversos cursos d’água do QF, estando situadas em diferentes altitudes e alturas em relação à drenagem atual. Os níveis fluviais foram reconhecidos e sistematizados por Barros e Magalhães Jr. (2015). Estes autores identificaram a ocorrência de pelo menos duas fases regionais de formação de níveis deposicionais fluviais com couraças nas sequências deposicionais: uma com idade média de ~47ka e outra a ~26ka, períodos indicados na literatura como de clima mais seco/frio. Considerando a variação faciológica dos tipos de couraça reconhecidos em campo, Barros et al. (2015b) coletaram amostras indeformadas e realizaram um estudo petrogenético por meio de caracterização macro e micromorfológica, incluindo a composição química (por Microscopia Eletrônica de Varredura com sensores EDS e WDS) e mineralógica (por difratometria de raios-X). De acordo com Barros et al. (2015b), as couraças em níveis fluviais pleistocênicos do QF revelam uma associação de processos deposicionais e lateríticos. Dois tipos de couraças foram identificados: conglomeráticas (cc) e placoidais (cp). Trata-se da cimentação de clastos e matriz dos depósitos sedimentares, representando o preenchimento de um sistema poroso primário por fases cristalinas e amorfas ferruginosas ou o revestimento de grãos por materiais igualmente ferruginosos. As cc podem ser ferruginosas (ccf) ou aluminosas (cca) e apresentam três tipos de microestruras de cimentação: septária, microlaminar e micro-nodular. Esses tipos estão relacionados entre si, podendo evidenciar a evolução pedogenética/laterítica do cimento. A análise de DRX nas ccf destaca a presença de goethita (mais comum) e hematita. A composição química corrobora a análise mineralógica e permite considerar/confirmar diferenças entre as organizações microestruturais do cimento ferruginoso. Nas cp o cimento também é goethítico, sendo o tamanho dos grãos cimentados o que diferencia os subtipos. Nas cca o cimento é composto principalmente por gibbsita. Em todas as couraças, a fonte primária de óxi-hidróxidos para a cimentação é externa (Barros et al., 2015b). Mesmo no entorno de clastos de itabirito com córtex de alteração há descontinuidade entre o cimento e a superfície dos clastos. Além disso, a concentração de quartzo no domínio ocupado pelo cimento é maior que no clasto, descaracterizando a possibilidade de que a alteração deste gere aquele como um produto direto. Outra evidência é a presença de quartzo do tipo “runiquartz” (Eswaran et al., 1975) em praticamente todas as amostras de cc. O presente trabalho parte desses estudos anteriores para discutir especificamente as implicações geomorfológicas dessas couraças, tanto em seu processo de formação como, uma vez formadas, seu papel na evolução do relevo regional.
Resultado e discussão
A perda de ferro envolvida na evolução das cangas e dos mantos de
intemperismo de BIF’s é, provavelmente, a fonte principal desse elemento
para a formação de couraças nos fundos de vale ao longo do Pleistoceno na
área (Figuras 1 e 2). Segundo Spier et al. (2006), no QF encontram-se,
associados às BIF’s, pacotes lateríticos com média de 150m de espessura. No
entanto, muitas amostras da interface rocha-saprolito fornecem idades entre
51-41Ma, sugerindo que os mantos de intemperismo teriam alcançado sua
profundidade atual no Paleógeno. Isso pode refletir a dominância de uma
migração horizontal, em detrimento da vertical, das soluções do intemperismo
quando elas atingem determinadas profundidades (Spier et al., 2006). Além
disso, o balanço de massa envolvido no prolongado processo de dissolução-
reprecipitação de ferro na formação das cangas – que muitas vezes recobrem
esses pacotes lateríticos – envolve a exportação de grande quantidade de
ferro para as águas subterrâneas e superficiais via cursos d'água (Monteiro
et al., 2014).
Em análise micromorfológica (Barros et al., 2015b) não é percebida uma
associação entre fragmentos de canga mecanicamente carreados aos fundos de
vale e a formação de couraças, conforme predizem alguns modelos (Goudie,
1973). Assim, apenas uma contribuição geoquímica das cangas para a formação
de couraças mais jovens é inferida.
Não foram identificadas couraças em depósitos de planícies de inundação.
Assim, diferente das cangas (Monteiro et al., 2014) e de áreas onde couraças
são verificadas tanto em terraços fluviais como em depósitos fluviais
contemporâneos (Pain e Ollier, 1992; Furniss et al., 1999), as couraças não
estariam em formação em níveis fluviais no QF atualmente. Isso pode ser
explicado pelas condições de pH dos cursos d’água. A formação de couraças
ferruginosas está geralmente associada a condições de pH baixo (Furniss et
al., 1999; Poage et al., 2000; Sjostrom et al., 2004), necessárias à
solubilização do ferro. No QF, no entanto, trabalhos nos vales dos rios
Conceição e das Velhas indicam um pH geralmente neutro para as águas
superficiais, podendo variar entre 6,44 e 8,07 no primeiro (Parra et al.,
2007) e entre 6,9 e 7,2 no segundo (Jardim, 2011).
Em relação aos resultados de Barros et al. (2015b), ressalta-se que a
ocorrência de cca é restrita ao N7 do Rio Conceição, contrastando com a
verificação de ccf em todos os subsequentes níveis fluviais com couraças.
Isso pode revelar uma importante alteração nas áreas fonte de sedimentos. A
petrografia do cascalho dos diferentes níveis fluviais do Rio Conceição
também sugere essa alteração. Enquanto o paleonível mais antigo (N8)
apresenta ~20% de clastos oriundos de BIF’s, nos níveis subsequentes esse
montante pode superar os 80% (Barros e Magalhães Jr., 2013). Diante desse
quadro, é forçoso considerar um incremento no fornecimento de sedimentos
ferruginosos.
Esse incremento pode estar ligado à captura, pelo Rio Conceição, do Ribeirão
Preto, cuja bacia é dominada por BIF’s e cangas. O elevado potencial erosivo
das subbacias que se encontram no interior da anticlinal escavada pelo Rio
Conceição em relação àquele das bacias que drenam o interior da Sinclinal
Gandarela teria favorecido a captura. Esse processo pode ter sido catalisado
pelo aprofundamento do leito do Rio Conceição com as diversas fases de
encaixamento observadas a partir do N8. Para Medina et al. (2005), a captura
se deu por meio da abertura de duas gargantas epigênicas que truncaram as
cristas de itabirito da Sinclinal. Segundo Fabri et al. (2008), o
encaixamento do Ribeirão Preto ao longo de uma antiga falha de empurrão
teria levado à abertura dessas gargantas, o que também teria sido facilitado
pelo afloramento dos frágeis dolomitos da Formação Gandarela (Grupo
Itabira/Supergrupo Minas).
A morfologia da porção sudoeste da Depressão Suspensa da Sinclinal Gandarela
(DSSG) revela um processo agressivo de ajuste da rede de drenagem do
Ribeirão Preto ao nível de base representado pelo Rio Conceição (Figura 3),
o que seria responsável pelo moderno esvaziamento dessa área (Medina et al.,
2005). Isso se reflete em parâmetros morfométricos, pois dentre as bacias de
terceira ordem das diversas litologias (em nível de grupo) encontradas na
bacia do Rio Conceição, a bacia instalada no Grupo Itabira (marcado pelas
BIF’s) localizada na DSSG é a que apresenta, em tese, maior potencial
erosivo e maior capacidade e competência em seus canais (Barros et al.,
2010). Essa bacia tem a maior densidade de drenagem, baixo índice de
sinuosidade e elevado gradiente em seu canal principal, além de valores
relativamente elevados de declividade média e rugosidade.
Por outro lado, a formação das couraças também tem atuado na evolução dos
vales fluviais do QF. Barros e Magalhães Jr. (2015) ressaltam a discrepância
nas alturas de níveis fluviais cronocorrelatos. Isso seria resultado da
existência de diferentes níveis de base locais e de um comportamento
tectônico em blocos, o que inviabilizaria a relação direta de cotas
altimétricas e alturas para identificação das fases de evolução fluvial dos
vales do QF. Essa intensidade desigual na dissecação dos vales pode estar
relacionada também à formação de cc.
A incisão vertical de um curso d’água é instável e pode ser retardada por um
aumento na carga sedimentar (Pazzaglia, 2013). Assim, a formação de níveis
fluviais com cc em alguns cursos d’água pode ter freado a dissecação de seus
vales. Além da própria acumulação sedimentar (pacotes de até 15m de cascalho
e areia), a cimentação dos sedimentos pode ter exercido significativa
resistência à erosão fluvial para remoção dos materiais e, logo, para a
dissecação. Mesmo expostas a condições tropicais ao longo do Pleistoceno
Superior (ainda que com variações de umidade e temperatura), as couraças
mostram, em geral, significativa resistência ao intemperismo. Nas lâminas
analisadas por Barros et al. (2015b) não foram observadas feições de
degradação do cimento, mas apenas sinais de sua evolução, tornando-o
diversificado microestruturalmente.
Segundo Barros e Magalhães Jr. (2015), os registros da fase de sedimentação
verificada a ~47ka (Fase 2) estão no vale do Rio Paraopeba a uma altura de
60-80m (Figura 4), enquanto no vale do Rio Conceição os depósitos estão a
15-20m. No primeiro basicamente não se observam cc, enquanto no segundo as
mesmas foram formadas recorrentemente. Além disso, as couraças do tipo cc da
fase de ~26ka (Fase 4), presentes nos fundos de vale de diversos cursos
d’água (Conceição, Caraça, Barão de Cocais, Mango, Maracujá – Figura 4),
podem ter impedido uma fase recente de encaixamento fluvial no substrato
rochoso nesses vales. Afluentes da bacia do Rio Doce, os vales dos ribeirões
Coqueiros e do Carmo são exceções. Entretanto, ainda que contenham registros
atribuídos a essa fase, observados entre 5-10m acima da drenagem atual, eles
demonstram um encaixamento menor ou equivalente ao observado nos vales dos
rios Paraopeba e das Velhas durante período significativamente mais curto
(até 15m em ~7ka).
Assim, o papel das cc como condicionantes de um encaixamento menos
expressivo seria mais evidente em vales da bacia do alto Rio Doce, onde as
mesmas foram recorrentemente formadas e são mais espessas. No entanto, maior
incisão dos cursos d’água seria esperada para essa área, pois a bacia do Rio
Doce está inserida na fachada atlântica brasileira, enquanto os rios
Paraopeba e das Velhas são afluentes do Rio São Francisco, de extensa bacia
no interior continental.
Contexto litológico e espacialização das ocorrências de couraças em níveis fluviais pleistocênicos no QF (1-45 vide Figura 2).
Síntese das informações das ocorrências de couraças em níveis fluviais pleistocênicos no QF (ID vide Figura 1).
Morfologia da porção sudoeste da Depressão Suspensa da Sinclinal Gandarela.
Discrepância na altura de níveis cronocorrelatos nos vales do Paraopeba (A) e Conceição (B) e ocorrência de cc nos rios Mango (C) e Conceição (D).
Considerações Finais
As couraças que ocorrem em níveis fluviais pleistocênicos no QF permitem a reflexão sobre uma evolução geomorfológica complexa e integrada para o relevo regional. Tais materiais são tanto produto do arranjo litoestrutural e geomorfológico do QF como condicionantes deste último ao longo do Pleistoceno. Principal elemento envolvido na cimentação dos sedimentos de sucessões fluviais, o ferro seria exportado das áreas mais elevadas para os fundos de vale. Aqui o mesmo seria precipitado, deivodo à exposição a um ambiente redutor, condicionado pela oscilação do nível freático em espessos pacotes de sedimentos grosseiros acumulados em fases de clima mais seco/frio (Barros et al., 2016). Além disso, a composição geoquímica diferenciada das couraças mais antigas sugere, no caso do vale do Rio Conceição, a importância de um processo de captura fluvial para um incremento no aporte de sedimentos ferruginosos em fases fluviais mais recentes. Uma vez formadas, as couraças passaram a agir como barreiras temporárias ao encaixamento dos cursos d’água, condicionando uma dissecação menos agressiva que nos vales onde elas não se formaram. Isso contribui para que um interessante arranjo geomorfológico seja verificado, uma vez que níveis fluviais cronocorrelatos são encontrados, em relação à drenagem atual, com dezenas de metros de diferença entre um vale e outro.
Agradecimentos
Os autores agradecem à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais pelo financiamento do projeto de pesquisa.
Referências
ALKMIM, F.F., MARSHAK, S. 1998. Transamazonian Orogeny in the Southern São Francisco Craton Region, Minas Gerais, Brazil: evidence for Paleoproterozoic collision and collapse in the Quadrilátero Ferrífero. Precambrian Research. 90, 29–58. DOI:10.1016/S0301-9268(98)00032-1
BARROS, L.F.P., MAGALHÃES JR., A.P. 2013. Quaternary alluvial sedimentation in the Conceição river valley, southeastern Brazil. Brazilian Journal of Geology. 43(3), 535–554. DOI:10.5327/Z2317–48892013000300009
BARROS, L.F.P., MAGALHÃES JR., A.P., 2015. Geomorfogênese neocenozoica do Quadrilátero Ferrífero/MG: implicações de registros deposicionais fluviais. In: BARROS, L.F.P. Implicações geomorfológicas e paleoambientais de registros sedimentares fluviais do Quadrilátero Ferrífero – Minas Gerais. 131 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
BARROS, L.F.P., BARROS, P.H.C.A., MAGALHÃES JR., A.P., 2010. Condicionamento litológico e tectônico na morfometria da bacia do Rio Conceição – Quadrilátero Ferrífero/MG. Revista de Geografia (Recife), v. espec, p. 195-209.
BARROS, L.F.P., GOMES COE, H.H., SEIXAS, A.P., MAGALHÃES JR., A.P., MACARIO, K.C.D., 2016. Paleobiogeoclimatic scenarios of the Late Quaternary inferred from fluvial deposits of the Quadrilátero Ferrífero (Southeastern Brazil). Journal of South American Earth Sciences, doi: 10.1016/j.jsames.2016.02.004.
BARROS, L.F.P., OLIVEIRA, F.S., MAGALHÃES JR., A.P., 2015b. Gênese e implicações geomorfológicas de couraças em níveis fluviais no Quadrilátero Ferrífero, sudeste do Brasil. In: BARROS, L.F.P. Implicações geomorfológicas e paleoambientais de registros sedimentares fluviais do Quadrilátero Ferrífero – Minas Gerais. 131 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Departamento de Geografia, Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2015.
DORR, J.V.N. 1964. Supergene iron ores of Minas Gerais, Brazil. Econ. Geology. 59, 1203-1240.
DORR, J.V.N. 1969. Physiographic, stratigraphic and structural development of the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. United States Geological Survey. 110 pp. (Professional Paper 641A).
ESWARAN, H., RAGHU MOHAN, N.G. 1973. The microfabric of petroplinthite. Soil Science Society of America Proceedings. 37, 79–82.
FABRI, F.P., MARENT, B.R., SALGADO, A.A.R., MAGALHÃES JR, A.P. 2008. Classificação dos Trechos dos Cursos Fluviais da Bacia do Rio Conceição - Quadrilátero Ferrífero/MG: Resultados Preliminares. In: ENCONTRO LATINO AMERICANO DE GEOMORFOLOGIA, 2, SIMPÓSIO NACIONAL DE GEOMORFOLOGIA, 7, Belo Horizonte, 2008. Anais eletrônicos…
FURNISS, G., HINMAN, N.W., DOYLE, G.A., RUNNELLS, D.D. 1999. Radiocarbon-dated ferricrete provides a record of natural acid rock drainage and paleoclimatic changes. Environmental Geology. 37(1–2), 102-106.
GARNIER, A., NEUMANN, K., EICHHORN, B., LESPEZ, L. 2012. Phytolith taphonomy in the
JARDIM, B.F.M. 2011. Variação dos parâmetros físicos e químicos das águas superficiais da bacia do Rio das Velhas-MG e sua associação com as florações de cianobactérias. 126 f. Dissertação (Mestrado em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos Hídricos) – Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte.
McFARLANE, M.J. 1976. Laterite and Landscape. London: Academic Press, 151 p.
MEDINA, A.I., DANTAS, M. E., SAADI, A. 2005. Geomorfologia. In: PROJETO APA SUL RMBH -Estudos do Meio Físico. Belo Horizonte: CPRM/SEMAD/CEMIG, v.6.
MONTEIRO, H.S., VASCONCELOS, P.M., FARLEY, K.A., SPIER, C.A., MELLO, C.L. 2014. (U–Th)/He geochronology of goethite and the origin and evolution of cangas. Geochimica et Cosmochimica Acta. 131, 267–289. DOI:10.1016/j.gca.2014.01.036
PAIN, C.F., OLLIER, C.D. 1992. Ferricrete in Cape York Peninsula, North Queensland. BMR J. Aust. Geol. Geophys. 13, 207-212.
PAIN, C.F., OLLIER, C.D. 1995. Inversion of relief – a component of landscape evolution. Geomorphology. 12, 151-165.
PARRA, R.R., ROESER, H.M.P., LEITE, M.G.P., NALINI JR., H.A., GUIMARÃES, A.T.A., PEREIRA, J.C., FRIESE, K. 2007. Influência antrópica na geoquímica de água e sedimentos do Rio Conceição, Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais – Brasil. Geochimica Brasiliensis. 21(1), 036–049.
PAZZAGLIA, F.J. 2013. Fluvial Terraces. In: WOHL, E. (Ed.). Treatise on Fluvial Geomorphology. New York: Elsevier, p. 379–412.
PHILLIPS, J.D. 2000. Rapid development of ferricretes on a subtropical valley side slope. Geografiska Annaler. 82(A), 69-78. DOI: 10.1111/j.0435-3676.2000.00113.x
POAGE, M.A., SJOSTROM, D.J., GOLDBERG, J., CHAMBERLAIN, C.P., FURNISS, G. 2000. Isotopic evidence for Holocene climate change in the northern Rockies from a goethite-rich ferricrete chronosequence. Chemical Geology. 166, 327–340.
SJOSTROM, D.J., HREN, M.T., CHAMBERLAIN, C.P. 2004. Oxygen isotope records of goethite from ferricrete deposits indicate regionally varying Holocene climate change in the Rocky Mountain region, U.S.A. Quaternary Research. 61 (1), 64–71. DOI:10.1016/j.yqres.2003.08.008
SPIER, C.A., VASCONCELOS, P.M., OLIVIERA. S.M.B. 2006. 40Ar/39Ar geochronological constraints on the evolution of lateritic iron deposits in the Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais, Brazil. Chemical Geology. 234, 79–104.
TANNER, L.H., KHALIFA, M.A. 2010. Origin of ferricretes in fluvial-marine deposits of the Lower Cenomanian Bahariya Formation, Bahariya Oasis, Western Desert, Egypt. Journal of African Earth Sciences. 56, 179–189. DOI:10.1016/j.jafrearsci.2009.07.004
VASCONCELOS, P.M., HEIM, J.A., FARLEY, K.A., MONTEIRO, H., WALTENBERG, K. 2013. 40Ar/39Ar and (U–Th)/He – 4He/3He geochronology of landscape evolution and channel iron deposit genesis at Lynn Peak, Western Australia. Geochimica et Cosmochimica Acta. 117, 283–312. DOI:10.1016/j.gca.2013.03.037
WEGGEN, J., VALETON, I. 1990. Polygenetic lateritic iron ores on BIF's in Minas Gerais/Brazil. Geologische Rundschau. 79(2), 301-318.
WIDDOWSON, M., 2007. Laterite and ferricrete. In: NASH, D.J., MCLAREN, S.J. (Eds.), Geochemical Sediments and Landscapes. Blackwell, Malden, Massachusetts, pp. 46–94.