Autores

Biffi, V.H.R. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ) ; Souza Filho, E.E. (UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ)

Resumo

A conclusão da construção da UHE Porto Primavera culminou no processo de ajuste fluvial no Rio Paraná, sendo que o ajuste implica em alteração das taxas de erosão marginal e sedimentação das ilhas. Esse trabalho teve como objetivo verificar a variação de área no arquipélago Mutum – Porto Rico através de imagens Landsat/TM no período entre 1985 a 2009. Para atingir o objetivo foram construídos produtos cartográficos e mensurado a área do arquipélago em ambas as datas, e comparados entre si. Os resultados demonstram que arquipélago perdeu quase 41 Ha de sua área em 24 anos, com taxa de perda de 4,2 ha/ano, e que a ilha Pithi foi a única que teve acréscimo. Além disso, a literatura indica que a perda de área não foi contínua, sendo que podem estar associadas a grandes eventos de cheia. Por isso, é necessário estudo em períodos de maior porte das cheias para obter-se resultados detalhados.

Palavras chaves

Rio Paraná; Erosão Marginal; Landsat TM

Introdução

As modificações no regime hidrológico dos sistemas fluviais de ordem natural e/ou antrópica interferem diretamente nos processos de erosão, transporte e deposição de sedimentos. O rio Paraná teve seu regime de descarga modificado pela implantação de barragens em seu alto curso e em seus principais afluentes e passou a ser completamente controlado a partir da conclusão da UHE de Porto Primavera no final de 1988 (ROCHA, 2002; SOUZA FILHO, 2009). A formação do reservatório também foi responsável pelo corte de suprimentos detríticos, o que propiciou a perda de carga de fundo e de carga suspensa (SOUZA FILHO, 1999; SOUZA FILHO et al. 2004). O controle da descarga e o corte da carga fluvial deram origem a um processo de ajuste do canal, cujas consequências incluem alteração das taxas de erosão marginal (SOUZA FILHO et al. 2001; SOUZA FILHO, 2012). A erosão marginal do rio Paraná no segmento situado a jusante da UHE Porto Primavera é tema de estudo desde o final da década de 1980, por meio de pesquisas desenvolvidas em campo ou por meio de fotografias aéreas e imagens orbitais. O arquipélago das ilhas Mutum e Porto Rico foi alvo específico de estudos por parte de Correa (1998), Souza Filho & Corrêa (1999) e De Castro (2014), embora outros autores também tenham estudado o local como parte de abordagens mais abrangentes. A manutenção dos estudos relativos ao referido arquipélago faz parte da continuidade do monitoramento do balanço entre erosão e sedimentação do segmento fluvial afetado pela barragem de Porto Primavera, que também inclui o acompanhamento do transporte fluvial e do aprofundamento do leito do canal, efetuados com apoio do CNPq (processos 305244/2013-2 e 472729/2013- 6). Tal monitoramento é a razão da realização deste estudo, que tem como objetivo verificar a variação de área do arquipélago das ilhas Mutum e Porto Rico no intervalo entre 1984 e 2009 por meio de imagens Landsat/TM. Tal abordagem é justificada pela necessidade da avaliação do processo em longa escala de tempo e pela existência de grande quantidade de informação a respeito da área escolhida.

Material e métodos

Para quantificar e avaliar a erosão marginal utilizou-se da forma indireta, em que são construídos produtos cartográficos a partir de dados de sensoriamento remoto. Neste caso, foram utilizadas imagens do satélite Landsat 5 – TM, a partir das quais foram construídos produtos cartográficos relativos aos anos de 1985 e de 2009. A área do arquipélago foi medida em ambas as datas, os resultados comparados entre si e os produtos cartográficos foram superpostos para a determinação das áreas de acresção e de perda. Para a construção dos produtos cartográficos, foram selecionadas duas imagens da cena 223/076 obtidas em passagens realizadas em 11/05/1985 e em 11/04/2009, datas em que a cota fluviométrica da estação de Porto São José era respectivamente de 3,50 e 3,42 metros. As imagens foram adquiridas junto ao site do INPE (<http://www.dgi.inpe.br/CDSR/>) e foram submetidas à calibração radiométrica por meio da transformação dos valores do número digital (RD) em radiância a partir da equação de Markham e Barker (1986). Lλ=Lminλ+((Lmaxλ–Lminλ)*QCAL/QCALmax) Onde: Lλ = radiância bidirecional aparente; Lminλ = radiância espectral mínima; Lmaxλ = radiância espectral máxima; QCALmax = número digital máximo; QCAL = número digital a ser convertido Posteriormente, os valores foram convertidos para reflectância aparente e de superfície, para normalizar os efeitos da variação de radiação e interferência da atmosfera. Para isso, os valores de reflectância aparente foram convertidos pela equação Chander et al. (2009). ρa= π* Lλ * d² Esun(λ) * Cos θs Onde: ρa: Reflectância aparente; Lλ: Radiância aparente no topo da atmosfera; D: Distância sol – terra (em unidades astronômicas); Esun(λ): Irradiância média do sol no topo da atmosfera; Cos θs: Ângulo solar zenital. Ambas as equações e a correção atmosférica foram realizadas no software X- 6SCorr (Montanher & Mathias de Paulo, 2012). A correção atmosférica adotada pelo software X-6SCorr é baseada no código computacional 6S (Second Simulation of the Satellite Signal in the Solar Spectrum). Após a correção atmosférica, foram elaborados os produtos cartográficos. Para isso, foram construídas duas máscaras binárias para classificar áreas de ilhas (valor 1) e área de água (valor 0), através do intervalo de reflectância dos alvos. As máscaras foram somadas por meio de matemática de bandas, o que deu origem a um novo produto, em que as áreas de ilha presentes nas duas imagens totalizaram o valor 2, as presentes em apenas uma imagem permaneceram com valor 1 e as áreas de água com valor 0. A área insular obtida a partir de cada imagem foi medida a partir do número de pixels multiplicado pela sua área (900 m²) e a diferença de área das ilhas foi calculada pela subtração do valor de 1985 pelo valor de 2009.

Resultado e discussão

O arquipélago em questão é composto por quatro ilhas, denominadas Mutum, Porto Rico, Melosa e Pithi, em ordem decrescente de tamanho. Elas estão situadas a cerca de quarenta quilômetros da barragem de Porto Primavera (Figura 1) no segmento multicanal, com canais separados por grandes ilhas e barras fluviais (SOUZA FILHO & STEVAUX 1997), que corre sobre arenitos da Formação Caiuá (K) e depósitos sedimentares do quaternário do próprio rio (SOUZA FILHO, 1993). No local, o canal apresenta declividade média de 6,3 cm/km (SOUZA FILHO, 1993) e vazão média anual de 8.590 m³/s (1963 e 2009), na estação fluviométrica de Porto São José (SOUZA FILHO, 2009). No período entre 1982 e 1998 o valor foi de 9.550 m³/s, tendo diminuído para 8200 m³/s entre 1999 e 2009, graças ao controle da barragem (SOUZA FILHO, 2009). No intervalo entre 1985 e 2010, a descarga média foi de 8652 m³/s e as maiores cheias ocorreram nos anos de 1990, 1997, 2005 e 2010 (SOUZA FILHO, 2012). Os estudos efetuados indicam que a força hidráulica é a principal causa da erosão marginal, embora os processos de pipping tenham sido intensificados após a conclusão da UHE de Porto Primavera (Souza Filho et al., 2004). A força hidráulica promove o solapamento das margens e gera escorregamentos e desmoronamentos dos sedimentos fluviais situados acima da linha da água (FERNANDEZ, 1990; FERNANDEZ & SOUZA FILHO, 1995; ROCHA, 1995; ROCHA & SOUZA FILHO, 1996; CORREA et al., 1999; ROCHA et al. (1999), CORREA (2004), BORGES (2004) e CORREA et al., 2009). As taxas de erosão resultantes deste processo dependem em 90 % da velocidade de fluxo e em 9 % do teor de argila das margens (ROCHA, op. cit. e ROCHA e SOUZA FILHO, op. cit.). Os estudos efetuados por fotografia aérea no arquipélago demonstraram que sua área aumentou no período entre 1953 e 1970 e voltou aos valores iniciais em 1996 (Corrêa, 1998 e Souza Filho e Corrêa, 1999), conforme Tabela 1. Por sua vez, o estudo efetuado a partir de imagens Landsat/TM obteve valores (Quadro 1) que demonstram a diminuição do arquipélago entre o ano 2000 e 2010 (DE CASTRO et al, 2015). Embora os resultados de ambas as abordagens não possam ser comparados, os valores indicam que a tendência de diminuição continuou após a formação do reservatório, indicando que os processos erosivos vêm sendo mais intensos que os deposicionais, o que coincide com a interpretação de Puerta (2011), que estudou a variação de área do canal do rio Paraná no mesmo segmento fluvial. Os valores de área obtidos para cada data para cada ilha e as variações de área encontram-se no Quadro 2. Os resultados demonstram que o arquipélago perdeu quase 41 hectares de sua área em 24 anos e que a única ilha que teve acréscimo de área foi a ilha Pithi. A perda de área das três ilhas ocorreu em suas partes frontais, finais e em seus lados voltados para o canal principal (Figura 2). Estes resultados são coerentes com a distribuição das linhas de maior velocidade de fluxo e são coerentes ao que foi observado por Corrêa (1998), Souza Filho & Corrêa (1999) e Puerta (2011). A área do arquipélago no ano de 1985 (11,46 km²) pode ser comparada aos valores obtidos por De Castro (2015) (Quadro 1) e indicam que os processo erosivos são dominantes no arquipélago desde a década de 1970. Da mesma forma, os dados do referido autor podem ser utilizados para o detalhamento da taxa de diminuição do arquipélago. As variações de área observáveis no trabalho supracitado indicam que entre 1985 e 2010 o arquipélago perdeu aproximadamente 104 ha a uma taxa de 4,2 ha/ano, valor muito superior ao apurado para o intervalo entre 1985 e 2009. A diferença deve-se ao ganho de área observado entre 2005 e 2009 e à considerável perda verificada entre 2009 e 2010. A elevada taxa de perda observada entre 2000 e 2005 pode estar relacionada à cheia de 2005, que também seria responsável pela modificação das linhas de fluxo que teriam minimizado a ação dos processos erosivos e aumentado a sedimentação. Por sua vez, a cheia de 2010 seria responsável pela elevada taxa de diminuição de área observada entre 2009 e 2010. Situações semelhantes podem ter ocorrido nas cheias de 1990 e 1997, mas a amostragem não foi adequada para isso. Portanto, recomenda-se a inclusão dos anos com cheia de grande porte neste tipo de estudo.

Quadro 1

Variação de área do arquipélago Mutum Porto Rico avaliada a partir de fotografias aéreas (1953 a 1996) por Corrêa (1998) e Souza Filho & Corrêa (1999)

Quadro 2

Área estimada para cada ilha (ha) e para o arquipélago em cada ano; diferença de área e taxa de redução ou ampliação das ilhas.

Figura 2

Perda de área das três ilhas.

Figura 1

Localização da Área de estudo

Considerações Finais

A área do arquipélago Mutum Porto Rico era de 11,47 km² em 1985 e diminuiu para 11,06 km² em 2009, demonstrando que no intervalo de 24 anos os processos erosivos foram predominantes sobre os deposicionais. Neste intervalo o arquipélago perdeu cerca de 0,017 km² por ano. Contudo, a análise dos dados bibliográficos indicou que a taxa de redução de área no intervalo entre 1985 e 2010 foi de 0,042 km² por ano e que a perda de área não foi contínua, pois o arquipélago aumentou de tamanho entre 2005 e 2009, a uma taxa de 0,078 km² por ano. Além disso, é possível que as cheias de maior porte sejam responsáveis não só pelo aumento da taxa de diminuição do arquipélago, mas que também possam alterar a distribuição das linhas de fluxo de forma a permitir a alternância de domínio de processos deposicionais e erosivos. Portanto, é recomendável que este tipo de abordagem seja realizado considerando os anos com cheias de maior porte.

Agradecimentos

Ao CNPQ, pelo financiamento das pesquisas.

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