Autores
Santos, F.A. (INSTITUTO FEDERAL DO PIAUÍ / CAMPUS PIRIPIRI)
Resumo
O estudo buscou identificar as características ambientais, mapear as unidades ambientais e avaliar a suscetibilidade erosiva dessas unidades no município de Juazeiro do Piauí. Para realização do estudo foram adquiridos dados de quatro variáveis biofísicas, a saber: Declividade média (Dm); Erosividade das chuvas (R); Erodibilidade dos solos (K); Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI). Por meio dessas variáveis estimaram-se quatro classes de suscetibilidade erosiva, quais sejam: muito baixa, baixa, média e alta. Ao associar as geotecnologias ao uso do MDE SRTM e trabalho de campo, foi possível mapear as seguintes unidades ambientais: Superfície Pedimentada Dissecada em Morros e Colinas; Patamares Estruturais da Bacia do rio Poti; Vale da Bacia do rio Poti. A integração das variáveis possibilitou inferir que o Vale da Bacia do rio Poti é a unidade com mais alta suscetibilidade erosiva, posto que tenha sofrido aumento em 5% dessa classe de 1997 a 2016.
Palavras chaves
Mapeamento ambiental; SIG; Variáveis Biofísicas
Introdução
Os sistemas ambientais apresentam um equilíbrio dinâmico interno e externamente, bem como uma delicada rede de interação entre seus elementos constituintes. Esse equilíbrio tem sido modificado notadamente pelas atividades humanas, tais como a industrialização, a mecanização agrícola, supressão da cobertura vegetal natural para implantação de pastagens, além da exacerbada explotação de recursos energéticos e matérias-primas. Nesse contexto, os estudos voltados à análise ambiental têm se embasado na abordagem sistêmica e parte do pressuposto que muitas das alterações ocorridas no meio natural têm como motor acelerador o homem. Nessa perspectiva, é relevante a realização de mapeamento e, por conseguinte, conhecimento das potencialidades e limitações das paisagens e, ainda, subsidiara ações de planejamento ambiental. Cabe salientar que, à luz da abordagem sistêmica, o mapeamento das unidades ambientais toma como base a integração dos diversos componentes biofísicos que integram determinada área. Desse modo, a realizar o mapeamento deve integrar o conhecimento acerca dos aspectos geológicos, geomorfológicos, climáticos, hidrográficos, pedológicos, da cobertura vegetal e do uso humano destinado àquela área. Diante do exposto, foi oportuno e necessário o desenvolvimento de estudo com temática relacionada ao conhecimento da suscetibilidade erosiva no município de Juazeiro do Piauí, situado no setor nordeste do estado do Piauí. Posto que a ausência de informações e/ou mesmo conhecimento fragmentado sobre os componentes do meio físico tornam as práticas humanas danosas, gerando desequilíbrios nos sistemas ambientais. Ressalta-se que diversos estudos têm sido desenvolvidos com temática semelhante, podendo-se destacar os seguintes: Ferreira et al. (2012), que confeccionaram um modelo para identificar áreas mais susceptíveis a processos erosivos nas circunjacências da cidade de São João Del-Rei (MG); Silva e Machado (2014), que realizaram a classificação e o mapeamento da susceptibilidade erosiva natural e a influência antrópica da bacia hidrográfica do córrego Mutuca, no Município de Nova Lima (MG); Tavares e Ferreira Neto (2015), que se propuseram a analisar espacialmente e discutir a influência e a inter-relação das atividades antrópicas sobre a susceptibilidade erosiva na bacia hidrográfica do rio Pratagy (AL); Sampaio et al. (2016) que propuseram um modelo de representação espacial da susceptibilidade à erosão da Sub-bacia do Alto Mundaú (CE). A presente pesquisa, que teve como base teórica a abordagem sistêmica, utilizou-se de metodologia quantitativo-qualitativa e exibe natureza descritiva. Os procedimentos técnicos constaram da construção de um banco de dados a partir de informações obtidas a diversos órgãos governamentais. O banco de dados foi armazenado e integrado via ferramentas do Sistema de Informação Geográfica (SIG) QuantumGIS (QGIS), versão 2.14. Frente o que foi apresentado, acima, ficou evidente que as atividades humanas necessitam está alicerçadas sobre um adequado planejamento ambiental, considerando o conhecimento das características ambientais, suas potencialidades e limitações. Desse modo, o presente estudo propôs-se a identificar as características ambientais, mapear as unidades ambientais e avaliar a suscetibilidade erosiva do município de Juazeiro do Piauí.
Material e métodos
Localização e caracterização da área em estudo A pesquisa ora apresentada foi realizada no município de Juazeiro do Piauí, o mesmo está situado na Mesorregião Centro-Norte Piauiense, Microrregião de Campo Maior. O referido município compreende uma área de 827,2 km2, cuja sede municipal dista 158 km de Teresina, capital do estado do Piauí. A área estudada assenta-se sobre formações geológicas predominantemente sedimentares, que datam da Era Paleozóica, a saber: Formação Cabeças, formada por arenitos e siltito, abrangendo 78,2% da área do município; Formação Pimenteiras, composta por arenitos vermelhos friáveis, siltitos e folhelhos, estendendo-se por 21,8% da área de estudo (BRASIL, 1973; CPRM, 2006). O relevo da área exibe altitudes variáveis que variam de 100 m a 260 m, contudo predominam as cotas altimétricas no intervalo de 180 m a 260 m, em 58,3% do município. As classes de declividades variam de plano a suave ondulado, no entanto, em 81,4% da área predomina as classes de relevo plano a suave ondulado, devendo-se destacar que em 3,2% do município ocorre relevo forte ondulado a montanhoso (USGS, 2017). Cabe destacar que o município de Juazeiro do Piauí situa-se no médio curso da bacia do rio Poti, além deste, a área também é drenado pelo rio Parafuso e riacho Vertente. Ressalta-se que em 75% da área do município estudado ocorrem precipitações que variam de 900 mm a 1.200 mm, conforme dados da Agência Nacional de Águas (ANA, 2017). Foram identificadas quatro subordens de solos, quais sejam: os Latossolos Amarelos, que se distribuem por 44,6% (368,9 km2) do município, além dos Neossolos Litólicos, os Neossolos Quartzarênicos e os Planossolos Háplicos que ocupam, respectivamente, 39,2% (324,3 km2), 13,1% (108,4 km2) e 3,1% (25,6 km2) da área (INDE, 2014). A vegetação do referido município é constituída por fisionomias em diversos estágios de conservação e regeneração, apresentando formações baixas, mais abertas, destacando-se o estrato herbáceo a arbóreas mais encorpadas. Destaca-se também, a presença de cerrado rupestre que se situa principalmente sobre os afloramentos rochosos e entre as linhas de drenagem temporárias (ALBINO, 2005). Procedimentos metodológicos A pesquisa, que teve base teórica alicerçada na abordagem sistêmica, empregou metodologia quantitativo-qualitativa, ao usar a quantificação, análise e interpretação na coleta de dados. Diga-se, ainda, que o estudo exibe natureza explicativa, visto que analisou a suscetibilidade erosiva em Juazeiro do Piauí. É importante citar que o mapeamento das unidades ambientais foi realizado tomando como base o elemento geomorfológico, a partir das cotas altimétricas e classes de declividade, associado ao trabalho em campo. Nesse sentido, à luz da abordagem sistêmica, ao elemento geomorfológico buscou-se realizar integração das demais componentes da paisagem. Ressalta-se que para operacionalização do estudo, foram adquiridas informações de quatro variáveis biofísicas, junto a diversos sites governamentais, quais sejam: Declividade média (Dm); Erosividade das chuvas (R); Erodibilidade dos solos (K); Índice de Vegetação Ajustado ao Solo (SAVI). Em seguida, foi elaborado um roteiro metodológico que constou da definição de classes de suscetibilidade para cada variável a partir dos dados levantado, conforme está exposto na Figura 1. Os referidos dados resultaram na construção de um banco de dados que foram armazenados, manuseados e refinados por meio do pacote de programas USUAIS (OLIVEIRA; SALES, 2016) e, também, das ferramentas do Sistema de Informação Geográfica (SIG) QuantumGIS (QGIS), versão 2.14. Para estimativa da suscetibilidade erosiva foram definidas cinco classes, quais sejam: 1 - suscetibilidade muito baixa; 2 - suscetibilidade baixa; 3 - suscetibilidade média; 4 - suscetibilidade alta. Nesse sentido, quanto mais próximo a 1, menor a suscetibilidade da unidade ambiental e vice-versa.
Resultado e discussão
Unidades ambientais mapeadas
A partir das características ambientais, notadamente as topo-morfológicas e
trabalho em campo, foi possível mapear três unidades ambientais em Juazeiro
do Piauí (Figura 2): Superfície Pedimentada Dissecada em Morros e Colinas;
Patamares Estruturais da Bacia do rio Poti; Vale da Bacia do rio Poti.
Superfície Pedimentada Dissecada em Morros e Colinas
A Superfície Pedimentada Dissecada em Morros e Colinas (SPDMC) abrange 59,6%
(493 km2) do município. A SPDMC assenta-se sobre as Formações Cabeças (ocupa
92,1%) e Pimenteiras (abrange 7,9%) (CPRM, 2006). A unidade possui extensas
áreas com relevo tabular dissecado em morros e colinas, níveis altimétricos
variando de 180 a 380 m e predomínio de relevo plano a suave ondulado em
83,9%, além de 3,1% com relevo forte ondulado a montanhoso.
Em 93,1% da unidade predomina clima subúmido úmido, com precipitações
variando de 1.000 a 1.100 mm em 44,3% da área e predomínio de cinco meses
secos, em 99,5%. Foram identificadas as seguintes ordens de solos: os
Latossolos, que abrangem 60,8% da unidade; os Neossolos, com 23,6%; os
Argissolos distribuem-se por 14% da unidade; os Plintossolos e os Luvissolos
com 1,5% e 0,1%, respectivamente. Esses solos são recobertos por vegetação
do tipo caatinga arbustiva aberta ou expostos, em áreas degradadas. A
principal atividade econômica desenvolvida na unidade está relacionada às
lavouras temporárias.
Patamares Estruturais da Bacia do rio Poti
Os Patamares Estruturais da Bacia do rio Poti (PEBP) abrangem 35% (289,5
km2) da área de Juazeiro do Piauí. A maior parte da unidade assenta-se sobre
a Formação Cabeças, abrangendo 67,8%, e a Formação Pimenteiras, que abrange
32,2% (CPRM, 2006). A unidade apresenta altitudes que variam de 140 a 300 m
e relevo plano a suave ondulado que compreende 78% da área.
Em 83,4% da unidade ocorre clima tipo subúmido úmido, com pluviometria de
1.000 a 1.100 mm, em 62,7% da unidade e predominância de cinco a seis meses
secos, em 89,2%. As seguintes ordens de solos ocorrem nos PEBP: Neossolos
Litólicos, que ocorrem em 39,5%; Latossolos Amarelos, que abrangem 35,7%;
Argissolos e Luvissolos que se distribuem por 22,2% e 2,6%, respectivamente.
Na unidade são encontradas áreas com solo exposto, recoberto por caatinga
aberta ou carnaubal. As atividades econômicas desenvolvidas nessa unidade
estão ligadas à pecuária caprina e extração de rochas areníticas da Formação
Cabeças.
Vale da Bacia do rio Poti
O Vale da Bacia do rio Poti é a unidade que ocupa a menor área, que
corresponde a 5,4% (44,7 km2) do município estudado. A unidade assenta-se
sobre a Formação Cabeças, abrangendo 92,1%, e Formação Pimenteiras,
compreendendo 7,9% (CPRM, 2006). O VBP possui altitudes que variam de 100 a
220 m e seu relevo oscila entre o plano a suave ondulado, em 92,1%.
Na unidade é possível visualizar áreas com afloramento rochoso recoberto por
cerrado rupestre e presença de cactos. Em 51,4% dos vales abertos da bacia
do rio Poti ocorre clima do tipo subúmido seco, predomínio de pluviometria
situada entre 1.000 a 1.100 mm em 60,6% e ocorrência de cinco a seis meses
secos em 63,3%. Ocorrem na unidade as seguintes ordens de solos: os
Neossolos ocorrem em 45,9% da área; os Latossolos distribuem-se por 38,9%;
os Argissolos, identificados em 15,2%. Ressalta-se que a extração vegetal
para a produção de lenha e queimadas, em área de transição de caatinga
arbustiva/carnaubal, tem deixado o solo desprotegido. Ocorre, ainda,
extração de rochas areníticas (quartzitos ornamentais) nos morros da
Formação Cabeças, pela ECB Rochas Ornamentais.
Análise da suscetibilidade erosiva das unidades ambientais
Em 87,3% (722,1 km2) do relevo de Juazeiro do Piauí predominam as classes
plano a suave ondulado, relevo ondulado e forte ondulado que se distribui
por 11,4% (94,3 km2) e 1,3% (10,8 km2), respectivamente, do município
(Figura 3). A unidade ambiental que se apresenta mais suscetível é a
Superfície Pedimentada, com 7,4% de sua área exibindo relevo forte ondulado.
A essa unidade seguem-se os Patamares Estruturais e o Vale do rio Poti, cujo
relevo forte ondulado foi identificado em 5,3% e 0,4% de suas áreas,
respectivamente.
Na área estudada predomina suscetibilidade alta a muito alta em relação à
Erosividade das chuvas (R) (Figura 3), que ocorre em 57,2% (473,2 km2). Por
outro lado, as classes de R com suscetibilidade muito baixa, baixa e média
distribuem-se por 0,3 (2,5 km2), 12,6% (102,2 km2) e 29,9% (247,3 m2),
respectivamente. Destaca-se que a unidade mais suscetível ao fator R é o
Vale da Bacia do rio Poti, visto que 99,1% de sua área apresenta
suscetibilidade alta a muito alta. A Superfície Pedimentada e os Patamares
Estruturais exibem, respectivamente, 60,1% e 51,8% suscetibilidade alta a
muito alta.
Em Juazeiro do Piauí predomina a classe de suscetibilidade muito alta de
Erodibilidade dos solos (K), em 52,3% (432,7 km2) (Figura 3),
particularmente devido à ocorrência de solos jovens (Neossolos Litólicos e
Neossolos Quartzarênicos). Por outro lado, em 44,6% (368,9 km2) e 3,1% (25,6
km2) ocorrem as classes de suscetibilidade muito baixa a baixa,
respectivamente. A unidade ambiental mais suscetível ao fator k é o Vale da
Bacia do Poti, com suscetibilidade muito alta em 77%. A Superfície
Pedimentada e os Patamares Estruturais exibem suscetibilidade muito alta em
62,4% e 44,3%, respectivamente, devido à presença de Neossolos Litólicos e
Neossolos Quartzarênicos, considerados solos pouco desenvolvidos.
Em relação ao SAVI, foram detectadas mudanças na fisionomia da cobertura
vegetal (Figura 3). Destaca-se que ocorreu redução da classe solo exposto
(suscetibilidade muito alta), que passou de 1,7% para 0,6% de 1997 para
2016. A classe de atividade fotossintética muito baixa sofreu considerável
aumento, pois em 1997 distribuía-se por 25% da área, passando a 85,1% em
2016. Esse fato é produto da redução das classes de baixa, média e alta
atividade fotossintética que, ocorriam em 31,8%, 34,4% e 7,2%,
respectivamente. Essas mudanças foram geradas pela expansão das atividades
humanas aliadas à redução dos totais de precipitação para essa área do
Nordeste do Brasil (SALES et al., 2015).
Os dados do SAVI indicaram que houve aumento da suscetibilidade em relação à
fisionomia da cobertura vegetal de 1997 para 2016, tendo sido o Vale do rio
Poti a unidade ambiental com mais alta suscetibilidade, pois em 1997
apresentou 50% de sua área com suscetibilidade alta (muito baixa atividade
fotossintética) a muito alta (solo exposto), passando para 97,2% em 2016. Em
seguida, encontram-se os Patamares Estruturais que em 1997 exibiu 29,2% de
sua área com suscetibilidade alta a muito alta, passando a 95,5% em 2016.
Por sua vez, a Superfície Pedimentada que em 1997 apresentava apenas 22,2%
da sua área com suscetibilidade alta a muito alta, teve aumento para 79,1%
em 2016.
Pode-se constatar que de 1997 para 2016 houve aumento da suscetibilidade
erosiva no município de Juazeiro do Piauí (Figura 4). Em 1997 a classe de
suscetibilidade muito baixa era de 37,7% (312,2 km2) e foi reduzida a 13,1%
(108,6 km2) em 2016. A classe de suscetibilidade baixa era de 51,1% (422,5
km2) em 1997 e aumento para 59,2% (489,3 km2) em 2016. As classes de
suscetibilidade média e alta que em 1997 eram de 10,8% (89,1 km2) e 0,4%
(3,4 km2), respectivamente, aumentaram, em 2016, para 26,2% (217,1 km2) e
1,5% (12,2 km2), respectivamente. De modo geral, pode-se afirmar que a
suscetibilidade erosiva aumentou em Juazeiro do Piauí, principalmente devido
a supressão da cobertura vegetal para cultivos temporários e produção de
carvão vegetal e lenha. Destaca-se em 1997 a unidade que apresentou maior
suscetibilidade foi o Vale do rio Poti, com 0,9% de sua área com
suscetibilidade alta, passando para 5,9% em 2016. Os Patamares Estruturais e
a Superfície Pedimentada, também, apresentaram aumento na classe de
suscetibilidade alta, passando de 0,5% a 2,5% e 0,3% a 0,5%,
respectivamente.
![](imagens/9-6-6c3d04468e.jpg)
Figura 1. Roteiro metodológico empregado para avaliação da suscetibilidade erosiva das unidades ambientais do município de Juazeiro do Piauí.
![](imagens/9-6-27f5fcba6e.jpeg)
Figura 2. Unidades ambientais mapeadas no município de Juazeiro do Piauí.
![](imagens/9-6-a0cfc570c6.jpg)
Figura 3. Variáveis ambientais (A: Declividade; em B: Erosividade; em C: Erodibilidade; em D: SAVI para 1997; em E: SAVI para 2016).
![](imagens/9-6-607f0aae7d.jpg)
Figura 4. Suscetibilidade erosiva do município de Juazeiro do Piauí. Em A: Suscetibilidade erosiva em 1997 e em B: Suscetibilidade erosiva em 2016.
Considerações Finais
A priori, cabe salientar a importância do uso de geotecnologias associado do MDE SRTM para análise ambiental, que no presente estudo possibilitou mapear e caracterizar três unidades ambientais no município de Juazeiro do Piauí, quais sejam: Superfície Pedimentada Dissecada em Morros e Colinas (mais representativa da área pesquisada); Patamares Estruturais da Bacia do rio Poti; Vale da Bacia do rio Poti. Fato este que gerou informações que serão sumamente importantes quando considerado o planejamento das atividades econômicas naquela área. Ressalta-se, ainda, que ao integrar informações de quatro variáveis biofísicas (Dm, R, K, SAVI) foi possível realizar uma análise temporal e identificar a suscetibilidade erosiva das unidades mapeadas. Desse modo, reconheceu-se que a unidade ambiental com mais suscetibilidade erosiva foi o Vale da Bacia do rio Poti, pois essa classe exibiu aumento de 5% de 1997 para 2016. Embora em menor escala, as demais unidades, também, apresentaram aumento nessa classe. Esse aumento é resultado da redução dos totais pluviométricos associado às atividades econômicas praticadas na área. As informações apresentadas constituem ponto de partida para realização de planejamento no que concerne à práticas das atividades humanas, além de poder subsidiar estudos posteriores, com foco no monitoramento sistemático da dinâmica ambiental e humana naquela área.
Agradecimentos
Referências
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