Autores

P.b. Roque, M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA) ; Delpupo, C. (IF - CAMPUS CONSELHEIRO LAFAIETE) ; L.l.faria, A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA) ; F.gjorup, D. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA) ; E.g.r.schaefer, C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA)

Resumo

Este trabalho descreve de forma preliminar as principais feições geomorfológicas da Ilha Seymour, Antártica peninsular. Além disso, identifica os principais agentes e processos modeladores da paisagem periglacial da ilha. Foram identificadas doze unidades de relevos na ilha. São elas: superfície estrutural de cimeira; superfície estrutural pouco dissecada; superfície estrutural muito dissecada; encosta íngreme; encosta suave associada a processos de solifluxão; planície flúviomarinha; planície de maré; planície flúvioglacial; praias, terraços marinhos e falésias; depósito de tálus; solos com padrões; e lagos. Em Seymour, a relação entre os processos geomorfológicos se mostrou determinada pelas condições climáticas regionais, a ação dos ventos, a influência das oscilações das marés, aos agentes fluviais, a processos de integração e desintegração mecânica das rochas causadas pelo congelamento e descongelamento associados a diferentes variações de temperaturas, e, sobretudo ao forte controle geotectônico e geológico sobre a distribuição dos ambientes.

Palavras chaves

geomorfologia de áreas periglaciais; Antártica; Mapeamento geomorfológico

Introdução

Estudos dedicados à compreensão da gênese e mecanismos de funcionamento dos elementos do meio físico representam importantes fontes de conhecimento para o entendimento das paisagens globais. Técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento veem desempenhando papel chave nos estudos de paisagens em regiões remotas do planeta. Essa contribuição se torna especialmente importante para estudos geomorfológicos, já que as geotecnologias cada vez mais representam subsídio para a realização de mapeamentos das formas de relevo terrestre. Mapeamentos geomorfológicos de áreas periglaciais da Antártica são grandes exemplos de produtos provenientes de estudos da paisagem em áreas remotas do planeta. Assim, o sensoriamento remoto tem sido utilizado em análises de formas e processos geomorfológicos de ambientes glaciais (Clark, 1997), pois oferecem um conjunto de métodos e ferramentas que são úteis para monitorar a diversidade dos processos envolvidos nestes ambientes (Florenzano, 2009); e podem auxiliar na investigação destes processos e formas, contribuindo para o estudo da dinâmica glacial e periglacial de áreas de difícil acesso. Desta forma, imagens de satélite são recursos imprescindíveis, contudo nem sempre de fácil obtenção para a Antártica. Embora os ambientes periglaciais constituam um dos mais importantes componentes da paisagem global, principalmente no que diz respeito a processos regulatórios de água, temperatura e carbono, muitas áreas ainda carecem de estudos geomorfológicos mais detalhados. A Ilha Seymour representa especial importância em estudos de natureza geomorfológica, já que, por estar em uma zona de transição climática entre a Antártica Continental e Marítima, estudos desta natureza prestam-se como subsídio para o monitoramento de mudanças ambientais. Nesse sentido, este trabalho, embora em caráter preliminar, buscou identificar, analisar e mapear as feições geomorfológicas que compõem a paisagem da Ilha Seymour; a partir da integração de informações obtidas por imageamento de satélites e fotografias, sintetizados sob a forma de produtos cartográficos, gerando subsídios ao gerenciamento ambiental desta área.

Material e métodos

Área de estudo A Ilha Seymour localiza-se no extremo nordeste da Península Antártica (Figura 01), em uma região de transição climática entre os domínios da Antártica Marítima e da Antártica Continental. De acordo com Nozal et al. (2007), a ilha faz parte do grupo de Ilhas James Ross, e se localiza no norte do Mar de Weddell, a aproximadamente 100 km da extremidade norte da Península Antártica. Encontra-se ao redor das coordenadas 64° 17’ S latitude e 56° 45’ W longitude, e ocupa uma área de aproximadamente 20,5 km no sentido NE-SW por 9,6 km de largura (Elliot et al., 1975). Figura 01: Localização da Ilha Seymour, no contexto da Península Antártica (a); Limites da ilha (b); e direção dos ventos predominantes (c). Material e Métodos A identificação e analise das feições geomorfológicas da ilha Seymour foram realizadas inicialmente, pela interpretação de fotografias tomadas na visita à área de estudo; e posteriormente, pelo auxilio de ferramentas de geoprocessamento. A identificação das formas foi baseada em Glasser et al. (2005), Glasser e Jansson (2005), Hubbart e Glasser, (2005), Smith e Clark (2005), Smith et al. (2006); Gustavsson et al. (2006). A realização da análise dos processos, formas e mapeamentos da Ilha Seymour faz parte e dá continuidade aos trabalhos realizados em 2011 durante a OPERANTAR XXIX.

Resultado e discussão

Aspectos gerais da paisagem: fatores e processos A ilha de Seymour constitui uma importante área livre de gelo da Antártica por estar inserido em um setor climático transicional, o que lhe confere um padrão próprio de desenvolvimento de sua paisagem. Seis conjuntos de processos geomorfológicos são responsáveis pela formação das paisagens da ilha. São eles: (i) processos criogenéticos periglaciais; (ii) processos fluviais; (iii) processos lacustres; (iv) processos eólicos; (v) processos marinhos; quase sempre submetidos a um (vi) controle estrutural ou geotectônico. Tais processos atuam quase sempre de forma interativa. A ilha se situa numa zona de permafrost contínuo e perene (Figura 02c, d) (Gutiérrez et al., 2011), embora sua superfície não seja atualmente coberta por geleiras, como seus vizinhos - Ilhas Snow Hill e James Ross (Figura 02a, b). Em outra porção mais elevada, localizada na base de uma grande superfície protegida, aparece um extenso campo de solos poligonais (Figura 02e, f). Esta feição periglacial consiste no surgimento de padrões na superfície do solo produzidos pela segregação de materiais de diferentes tamanhos como resultados de ciclos de congelamento e descongelamento da camada ativa (Bockheim e Tarnocai, 1998). Embora os processos periglaciais sejam abundantes, poucas são as evidências de processos glaciais pretéritos. Um típico vale glacial em U, localizado na porção central da ilha, se apresenta como uma feição fóssil que conecta a paisagem periglacial atual de Seymour com um passado de glaciação continental (Figura 02g). O sistema de drenagem superficial de Seymour hierarquiza-se segundo a influência de condicionantes sedimentológicos e geotectônico. Gjorup (2013) notou pontos e cristas proeminentes concordantes com estratos resistentes das rochas. Para esse autor, o controle tectônico também é claro e linhas de falha geralmente limitam compartimentos altimétricos de relevo (Gjorup, 2013). De acordo com Souza et al. (2014), o vento é um fator de fundamental importância no processo erosivo e evolução da paisagem em Seymour (Figura 02h). Unidades de relevo da Ilha Seymour Doze unidades de relevos foram identificadas e mapeadas na ilha Seymour. São elas: superfície estrutural de cimeira (4,79 %); encostas íngremes (5,4 %); encostas suaves (13,9 %); superfície estrutural muito dissecada (23,2 %); superfície estrutural pouco dissecada (21,8 %); planície de maré (12,1 %); planície flúvioglacial (0,55%); planície fluviomarinha (5,2 %); praias, terraços marinhos e falésias (1,5 %); deposito de tálus (1,49 %); solos poligonais (0,67 %); e lagos (9,4 %), como mostra a Figura 03. Superfície Estrutural de Cimeira - Localiza-se no ponto culminante da ilha, a 220 m de altitude, situa-se sob encostas de aproximadamente 200 m, as mais altas observadas em Seymour. Ela corresponde a uma extensa superfície plana e residual. De acordo com Gazdzicki et al. (2004) a origem desta feição está intimamente ligada às ações glaciais ocorridas no passado, com o nivelamento generalizado da paisagem e deposição de material glacial (Figura 04a). Encostas Íngremes associadas aos depósitos de tálus - Localiza-se no entorno da superfície estrutural de cimeira, nas faces mar Weddell e Cape Wiman, fazendo contato entre o topo e as partes mais rebaixadas da paisagem. Tal feição apresenta grande variabilidade altitudinal e declivosa abrangendo cotas de até 200 m e declividades que oscilam de 45% até pouco mais de 75%. Este ambiente é constituído por encostas muito íngremes que foram intensamente dissecadas pelo contato com o mar, apresentado consequentemente um forte caráter erosivo (Figura 04b). A partir do sopé das encostas desenvolve-se um típico depósito de tálus (Figura 03). Encostas Suaves - Estão localizadas ao sul e também no entorno do grande topo residual da meseta, contrapondo-se às encostas íngremes. Apesar da grande diferença altitudinal apresentada em ambas às feições, à diferenciação das encostas íngremes e suaves se deu, sobretudo, pela declividade (Lee et al., 2002; Vieira e Furtado, 2004). A parte norte expõe essa paisagem mais dinâmica, onde existem extensas áreas sujeitas a processos de solifluxão (Figura 03). Para efeito de mapeamento, este processo foi associado às encostas suaves (Figura 04c). Tomando como base os estudos de Bremer (2008). Superfícies estruturais pouco e muito dissecadas - São as unidades geomorfológicas mais abundantes presentes na ilha. Estas unidades se diferenciam basicamente pela altitude, declividade e dissecação. As superfícies pouco dissecadas são áreas pouco declivosas com altitudes que variam desde a cota de 25 até 60 m (Figura 04d, e), enquanto que as superfícies estruturais muito dissecadas estão localizadas na parte sul da ilha com cotas que variam de 68 até 105 m (Figura 04f, g). Planície de Maré - Se desenvolve na porção norte da ilha (formação La Meseta) é composta por dois níveis altimétricos (Figura 03). A planície de maré inferior (Figura 04h) representa área efetivamente inundável, sujeita ao aporte atual de material marinho. Enquanto a planície de maré superior (Figura 04i) que é composta por elevações isoladas, remodeladas pelo vento. Esta unidade geomorfológica se localiza em cotas que variam desde o nível do mar até aproximadamente 10 m, e apresenta declividade abaixo de 3%. Planície Fluvioglacial - São caracterizadas por baixa declividade, se localizando nas partes rebaixadas da paisagem, coincidindo com a área de deposição de cursos d’agua, sua localização coincide quase sempre com cotas abaixo de 40 m. Em função da baixa declividade, a ocorrência mais comum dessas unidades se dá inserida entre as superfícies de soerguimento pouco dissecadas ao sul da ilha (Formação Lopez Bertodano). No entanto, ocorrem planícies inseridas em outros domínios, como em partes deprimidas das encostas íngremes ao norte da (formação La Meseta), fato este observado também por Gjorup, (2013) (Figura 03 e Figura 04j). Assim como relatado em Byers por Faria (2010), em Seymour os sistemas fluviais são notadamente bem desenvolvidos. Os rios que se localizam sobre as planícies são constituídos por canais anastomosados que mudam constantemente de curso, apresentando uma grande relação ente largura e profundidade. Praias, Terraços Marinhos e Falésias - Estão localizadas na linha de costa ao longo de toda a ilha e representam o estágio atual de erosão marinha onde os sedimentos são constantemente remobilizados. Nas praias, há a presença de terraços marinhos, sendo estes compostos principalmente por sedimentos marinhos atuais na porção sul da ilha (formação Lopez Bertodano); sedimentos mais antigos na porção norte (La Meseta); e central das áreas de vales da (formação Cross Valley). Acima das praias se observa ao longo de toda a costa linhas de falésias (Figura 04k), foi constatado que essa unidade geomorfológica na face mar de Weddell são mais abruptas, mais altas, isso está intimamente relacionada ao fato que as taxas de soerguimento da borda Weddell ter sido maior, combinado ao fato da agressão da erosão também ser maior. Planície fluviomarinha - Entre a praia e os diferentes níveis de terraços marinhos na parte sul da ilha sobre a formação Lopez Bertodano, foi mapeado as planícies fluviomarinha (Figura 03). Localizadas em áreas com cotas que 22 m, são áreas de grande influência das oscilações das marés e dos processos continentais, com terrenos mal drenados e prolongadamente inundáveis. Assim como já descrito nos trabalhos de Suguio e Martin (1978), IAC (1999), Maciel (2001) e Amorim (2007) que caracterizam planícies fluviomarinhas em diferentes ambientes sob distintas condições climáticas, em Seymour essa unidade também se localiza em áreas planas e suavemente onduladas (Figura 04l).

Figura 01

Localização da Ilha Seymour, no contexto da Península Antártica (a); Limites da ilha (b); e direção dos ventos predominantes (c).

Figura 02

Superfície da ilha antes (a) e depois (b) de uma nevasca. Detalhe da ilha Cock Burn, à direita, nas duas fotografias; Exemplos de cunhas de gelo aflorantes (c) e (d); Solos com padrões, visão geral (e) e no detalhe (f); Vale glacial fóssil (g); Superfície

Figura 03

Geomorfologia da Ilha Seymour

Figura 04



Considerações Finais

A área da pesquisa mostrou grande variabilidade de ambientes representativos de áreas periglaciais situados em uma zona de transição climática entre a Antártica Marítima e a Antártica Continental. No ambiente periglacial da ilha Seymour, seis principais fatores atuam - quase sempre de forma interativa - para a geração dos processos geomorfológicos responsáveis pela formação das paisagens. São eles: (i) processos criogenéticos periglaciais; (ii) processos fluviais; (iii) processos lacustres; (iv) processos eólicos; (v) processos marinhos; quase sempre submetidos a um (vi) controle estrutural ou geotectônico. Apesar da natureza exploratória, a pesquisa permitiu avanços em relação aos estudos que já veem sendo feitos no tocante ao entendimento da paisagem de uma importante área livre de gelo, inserida nesta zona de transição climática entre a Antártica Marítima e Peninsular.

Agradecimentos

Ao Laboratório Terrantar DPS/UFV. De Geomorfologia do Quaternário DGE/UFV. A Marinha do Brasil. Ao CNPq e à Capes.

Referências

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