Autores

Degrandi, S.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA) ; Ziemann, D.R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA) ; Cecchin, D.N. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA) ; Figueiró, A.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA)

Resumo

O presente trabalho apresenta a identificação dos valores da geodiversidade (Gray, 2004) e o uso geoturístico atualmente realizado no geossítio Pedra das Guaritas, localizado no município de Caçapava do Sul (RS-Brasil). A metodologia utilizada para a elaboração do trabalho envolveu a realização de pesquisa bibliográfica e trabalho de campo. Em relação aos valores da geodiversidade associados ao geossítio destacam-se os valores intrínseco, cultural, estético, funcional e científico, com ênfase na utilização das Guaritas para a realização de trilhas ou percursos interpretativos.

Palavras chaves

geopatrimônio; geoturismo; percursos interpretativos

Introdução

Desde a emergência do termo geodiversidade no início dos anos 1990 para se referir a diversidade natural abiótica da Terra (Sharples, 1993), no sentido de estabelecer uma analogia com o termo biodiversidade, vem ocorrendo a popularização de conceitos associados como o de patrimônio geológico- geomorfológico, geoconservação e geoturismo. A compreensão da importância da geodiversidade para além de seu valor econômico (Gray, 2004) ajudou a promover trabalhos de identificação, mapeamento, valorização e conservação de sítios de interesse geológico- geomorfológico, também denominados de geossítios. A partir dessa valorização da geodiversidade, o conceito de patrimônio geológico ou geopatrimônio passou a designar o conjunto de valores que representam a geodiversidade de um determinado território, constituído por todo o conjunto de elementos naturais abióticos, que devem ser conservados devido ao seu valor patrimonial (RODRIGUES; FONSECA, 2008; BORBA, 2011; FIGUEIRÓ; VIEIRA; CUNHA, 2013). Já o geoturismo constitui uma atividade que ainda se encontra em construção teórico-conceitual (Moreira, 2014), assentada no uso do geopatrimônio como principal atrativo turístico. Nesse sentido, o presente trabalho discute os valores da geodiversidade (Gray, 2004) e o uso geoturistico do Geossítio Pedra das Guaritas, localizado no município Caçapava do Sul (RS-Brasil). As Guaritas compreendem belas feições geomorfológicas esculpidas por processos erosivos que geraram cerros isolados com aspecto de ruínas (Paim et al. 2010) e que constituem um dos geopatrimônios mais importantes presentes em território gaúcho, com valores intrínseco, cultural, estético, funcional e científico identificados (DEGRANDI, 2011; BORBA et al, 2013; GARCIA 2014; SOUZA, 2014; PEIXOTO, 2015; BORBA et al, 2016).

Material e métodos

A realização deste trabalho assentou-se sobre revisão bibliográfica para a caracterização, levantamento do uso geoturístico atualmente realizado e identificação dos valores da geodiversidade (Gray, 2004) associados ao geossítio Pedra das Guaritas. Além disso, foi realizado trabalho de campo para mapeamento, coleta de dados e obtenção de fotografias sobre os principais aspectos geopatrimoniais identificados na área do geossítio. Através dos dados obtidos em campo e da revisão bibliográfica foi elaborado um quadro-síntese que apresenta os valores da geodiversidade associados ao geossítio Pedras das Guaritas.

Resultado e discussão

O geossítio Pedra das Guaritas localizado em Caçapava do Sul, na porção centro-sul do Estado do Rio Grande do Sul (RS) (mapa 1) apresenta um exuberante cenário paisagístico que o torna um dos lugares mais espetaculares do Rio Grande do Sul (PAIM, et al 2010), tendo recebido essa denominação em função dos cerros testemunhos que serviram como local de guarda e emboscada (guaritas) durante a Revolução Farroupilha no Rio Grande do Sul (1835-1845). Paim et al. (2010, p.237) destacam que as Guaritas compreendem feições geomorfológicas na forma de cerros escarpados constituídos por arenitos e conglomerados, esculpidos por processos erosivos, que em conjunto definem uma aparência ruiniforme para a área. Essa paisagem é resultado da erosão diferencial ao longo de sistemas de fraturas que facilitaram e orientaram a erosão dominantemente pluvial e, assim, o desenvolvimento do aspecto de ruinas que pode ser observado na figura 1. As Guaritas segundo Paim et al. (2010) englobam quatro regiões contíguas com geomorfologia ruiniforme: a Pedra Pintada e a Pedra da Arara, que compreendem arenitos de origem dominantemente eólica (Aloformação Pedra Pintada), recobertos, em discordância erosiva, por arenitos e conglomerados aluviais (Aloformação Varzinha); e Pedra das Guaritas e Capão do Cedro, onde afloram arenitos e, secundariamente, conglomerados fluviais da Aloformação Vazinha. Essas quatro regiões descritas por Paim et al. (2010) foram delimitadas como um único geossítio pelos autores. Entretanto, sugerimos uma delimitação mais concisa para o aproveitamento geoturístico das Guaritas como a apresentada na figura 2, levando em consideração que esta área é a que apresenta as feições geomorfológicas mais representativas desse geossítio e onde está situada a Associação de Moradores, composta por pecuaristas familiares que vivem na região. As feições ruiniformes apresentadas na figura 1 representam a principal paisagem cênica das Guaritas, sendo utilizada como imagem-símbolo para a participação do Alto Camaquã na World Famous Mountains Association (WFMA) desde 2010. A beleza cênica dessas feições, vistas a partir da RS-625, obtiveram a melhor avaliação (nota 9,36) em relação ao critério “destaque na paisagem” (valor estético) do estudo realizado por Borba (2017a), em que o autor analisa a percepção de 37 estudantes de pós-graduação em relação a 18 cenas/fotografias de geomonumentos de Caçapava do Sul. Os resultados do estudo demostram a prioridade de gestão em relação ao geossítio Pedra das Guaritas em relação ao conjunto geral de geomonumentos de Caçapava do Sul, principalmente rem relação a seu aproveitamento geoturístico (BORBA, 2017a). Além de comporem uma impressionante beleza paisagística, as feições geomorfológicas esculpidas em cerros isolados ou contíguos e os vales com escarpas e vertentes íngremes possuem importância ecológica para a estruturação habitats de espécies endêmicas da flora e fauna do Pampa sul- rio-grandense (LAROCCA, 1998; GUADAGNIN et al. 2000; BORBA et al. 2016). A vegetação predominante no Geossítio Pedra das Guaritas é marcada por grande heterogeneidade fisionômica com campos sem árvores e arbustos (campos limpos) até campos com alta incidência de capões de mato e vassourais (campos sujos), assim como matas de galeria acompanhando os cursos d’água e de matas de encostas nos cerros, onde a vegetação desenvolve-se em solos com pouca disponibilidade hídrica e menor quantidade de matéria orgânica (RAMBO, 1956; GUADAGNIN et al. 2000). Nos afloramentos rochosos, encostas e topos dos cerros desenvolve-se uma flora rupestre nas depressões das rochas ou sobre camadas muito finas de sedimentos. As cactáceas, próprias desse ambiente particular, ocorrem nas áreas mais expostas da rocha em função de suas adaptações ao dessecamento e constituem um importante foco para a conservação, com destaque para a ocorrência de Parodia sp (LAROCCA, 1998; GUADAGNIN et al. 2000). Nas encostas com orientação sul e em reentrâncias e pequenas cavidades encontram-se hábitats com sombreamento e muita umidade que funcionam como refúgios para espécies raras como Petunia exserta (Solanaceae), considerada endêmica desse geossítio e em perigo de extinção (GUADAGNIN et al. 2000). As características bióticas e abióticas singulares das Guaritas têm sido evidenciadas por pesquisadores que apontam que este e outros geossítios próximos como a Casa de Pedra e o Rincão do Inferno, precisam ser protegidos através da criação de uma Unidade de Conservação (FEPAN, 2007; MMA, 2007; PAIM et al., 2010; BORBA et al., 2016). Sobre esse aspecto destaca-se a publicação atualizada do Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2007) intitulada “áreas prioritárias para a conservação, uso sustentável e benefícios da biodiversidade brasileira”, que aponta as Guaritas como uma das treze novas áreas a serem protegidas no Pampa com a criação de uma unidade de conservação de proteção integral (MMA, 2007). Salienta-se ainda que o geossítio Pedra das Guaritas (Paim et al., 2010) e o geossítio Minas do Camaquã (Paim, 2002) dão nome a indicação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) para a criação de um geoparque (“Geoparque Guaritas-Minas do Camaquã") na região do Alto Camaquã (PEIXOTO, 2015). Conforme destaca Borba (2017b) o contexto geológico singular da Bacia Sedimentar do Camaquã, do qual o geossítio Pedra das Guaritas faz parte, possui relevância continental, o que torna os cerros testemunhos das Guaritas um geopatrimônio de valor internacional, sendo este um dos critérios fundamentais adotadas para a certificação Geopark. Diante das singularidades culturais, bióticas e abióticas abordadas acima, destacamos no quadro 1 os diversos valores da geodiversidade (Gray, 2004) associados ao geossítio Pedra das Guaritas. O aproveitamento geoturístico das feições geomorfológicas singulares que formam as Guaritas, se bem planejado, pode trazer um incremento das atividades já desenvolvidas pela Associação de Moradores das Guaritas que atualmente recebe grupos de estudantes de universidades de todo o Sul do Brasil. A sede da Associação conta uma construção bastante interessante produzida em madeira e coberta com capim santa fé, utilizada para a realização de eventos, reuniões e para a recepção de turistas e estudantes, com a possibilidade de agendamento de refeições para grupos. Além disso, o local conta com uma casa construída para as filmagens do filme “Valsa para Bruno Stein”, que desde 2012 abriga a Litoteca Professor Eduardo Marin, reunindo uma coleção de amostras de rochas da região. No local é possível realizar trilhas ou percursos interpretativos por entre os principais cerros testemunhos, observando espécies da flora e fauna do Pampa, assim como feições geomorfológicas esculpidas pelos processos erosivos, tais como tafonis (janelas de abrasão) e marmitas ou panelas. Algumas trilhas foram mapeadas por Souza (2014) que descreve quatro percursos com diferentes graus de dificuldade, idealizados para interconectar dez pontos que representam características geopatrimoniais importantes do geossítio Pedra das Guaritas para a interpretação ambiental. Destaca-se também a realização de atividades ligadas aos esportes de aventura, como por exemplo, os percursos interpretativos “Guaritas – Passo do Umbú” (trekking) e “Guaritas – Minas do Camaquã” (mountain bike) organizadas pelo Grupo Flor de Tuna Cia de Aventura que promove atividades esportivas com o propósito de levar os participantes até paisagens singulares de Caçapava do Sul (GRUPO FLOR DE TUANA CIA DE AVENTURA, 2017). Salienta-se que apesar da existência de certa infraestrutura para o turismo receptivo, o geossítio Pedra das Guaritas ainda não possui um planejamento adequado em relação a seu uso geoturístico, já que as trilhas realizadas não possuem nenhum plano de manejo, estudo de capacidade de carga ou mecanismos para auxiliar a interpretação ambiental/geopatrimonial (SOUZA, 2014).

Mapa 1 – localização de Caçapava do Sul e do geossítio Pedra das Guari

Or.:Degrandi (2016)

Figura 1 – cerros testemunhos vistos a partir da RS-625 e de uma das f

Fonte: acervo pessoal dos autores.

Figura 2 – geossítio Pedra das Guaritas e sede da Associação dos Morad

Fonte: Imagem CNES/Google Earth (28/07/2016)

Quadro 1 – valores da geodiversidade aplicados ao geossítio Pedra das

Fonte: elaborado pelos autores com base em Gray (2004).

Considerações Finais

O geoturismo pode ser considerado uma importante estratégia para o desenvolvimento territorial de locais onde o geopatrimônio atua como um fator- chave na atração de turistas como em Caçapava do Sul, permitindo interpretar a diversidade paisagística do território e, ao mesmo tempo, gerar trabalho e renda para as comunidades locais. Nesse sentido, embora o geossítio Pedra das Guaritas ainda seja pouco aproveitado, considera-se que seu potencial de uso para o desenvolvimento do geoturismo é um dos mais significativos de Caçapava do Sul, principalmente em função dos valores geopatrimoniais que apresenta para a realização da interpretação ambiental e da beleza cênica que apresenta.

Agradecimentos

Referências

BORBA, A. W. Geodiversidade e geopatrimônio como bases para estratégias de geoconservação: conceitos, abordagens, métodos de avaliação e aplicabilidade no contexto do Estado do Rio Grande do Sul. Pesquisas em Geociências, Porto Alegre, v.38, n. 1, p. 03-13, jan./abr. 2011.

BORBA, A. W. et al. Inventário e avaliação quantitativa de geossítios: exemplo de aplicação ao patrimônio geológico do município de Caçapava do Sul (RS, Brasil). Pesquisas em Geociências, Porto Alegre, v. 40, n.3, p. 275-294, set./dez. 2013.

BORBA, A. W. Proposta de uma (geo)identidade visual para Caçapava do sul, “capital gaúcha da geodiversidade”. Geographia Meridionalis, v. 01, n. 02 Jul-Dez/2015 p. 405–411.

BORBA, A. W.; SILVA, E. L.; SOUZA, L. P. M.; SOUZA, L.F.; MARQUES, V. Relação entre a geodiversidade intrínseca e a estruturação de habitat na escala do geossítio: exemplos na Serra do Segredo e nas Pedras das Guaritas (Caçapava do Sul, RS, Brasil). Pesquisas em Geociências. v. 43, n. 2, maio./ago. 2016, p.183-202.

BORBA, A. W. Geomonumentos de Caçapava do Sul (Centro-Sul do RS, Brasil) e seu Destaque na Paisagem: a Quantificação do Valor Estético do Geopatrimônio e Suas Aplicações. Geografia, Ensino & Pesquisa, Vol. 21, n.1, p. 216-225, 2017.

BORBA, A. W. Um Geopark na região de Caçapava do Sul (RS, Brasil): uma discussão sobre viabilidade e abrangência territorial. Geographia Meridionalis, v. 03, n. 01 Jan-Jun/2017 p. 104–133.

DEGRANDI, S. M. Ecoturismo e Interpretação da Paisagem no Alto Camaquã/RS: uma alternativa para o (des)envolvimento local. 2011. 197f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2011.

FEPAM. Fundação Estadual de Proteção Estadual. Zoneamento Ambiental para a atividade da Silvicultura. V. I e II. Porto Alegre, 2007.

FLOR DE TUNA CIA DE AVENTURA. Disponível em:<http://flordetuna.blogspot.com.br/>. Acesso em: 08 de dezembro de 2017.
GRAY, M. Geodiversity: valuing and conserving abiotic nature. England: John Wiley and Sons, 2004.

GARCIA, T. S. Da geodiversidade ao geoturismo: valorização e divulgação do geopatrimônio de Caçapava do Sul, RS, Brasil. 2014. 178f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, 2014.

GUADAGNIN, D. L.; J. LAROCCA, M.; SOBRAL, Flora vascular de interesse para a conservação na bacia do arroio João Dias: avaliação ecológica rápida. In: Minas do Camaquã: um estudo multidisciplinar, edited by L. H. ROCHI and A. O. C. LOBATO. UNISINOS, São Leopoldo, 2000, p. 71-84.

LAROCCA, J. Cactáceas em paredões rochosos da Serra Geral do Rio Grande do Sul: uma abordagem fitogeográfica. Departamento de Botânica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1998.

MMA – Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira: Atualização - Portaria MMA n°9, de 23 de janeiro de 2007. / Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. – Brasília: MMA, 2007.

MOREIRA, J. C. Geoturismo e Interpretação Ambiental. Ponta Grossa: Editora UEPG, 2014.

PAIM, P. S. G.; CHEMALE Jr. F.; LOPES, R. C. A Bacia do Camaquã. In: HOLZ, M.De ROZ, L. F. Geologia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CIGO-UFRGS, (p.231-274), 2000.

PAIM, P. S. Minas do Camaquã, RS. Marco da história da mineração de cobre no Sul do país. In: SCHOBBENHAUS, C. et al (Edit.). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. DNPM/CPRM - Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos (SIGEP) – Brasília, p. 501-510, 2002.

PAIM, P. S. G.; FALLGATTER, C.; SILVEIRA, A. S. Guaritas do Camaquã, RS - Exuberante cenário com formações geológicas de grande interesse didático e turístico. In: WINGE, M. et al (Edit.). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. v. 3. Brasília: CPRM, 2010.

PEIXOTO, C. A. B. Caracterização ambiental dos geossítios da proposta: Projeto Geoparque Guaritas-Minas do Camaquã/RS. Dissertação (Mestrado em Geografia) –Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, 2015.

RAMBO, B. A fisionomia do Rio Grande do Sul - Ensaio de monografia natural. Selbach, Porto Alegre, 1956.

RIO GRANDE DO SUL. 2015. Lei 14.708, de 15 de julho de 2015, declara o município de Caçapava do Sul “capital gaúcha da geodiversidade”. DOE, Edição de 16/7/2015. Disponível em: < http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/LEI%2014.708.pdf>. Acesso em: 5 de dezembro de 2017.

RODRIGES, M. L.; FONSECA, A. A valorização do geopatrimônio no desenvolvimento sustentável de áreas rurais. Anais...Colóquio Ibero de Estudos Rurais. Portugal, out. 2008.

SHARPLES, C. Sharples C. A methodology for the identification of significant landforms and geological sites for conservation purposes. Report to forestry commission, Tasmania Report to forestry commission. Tasmania, 1993.

SOUZA, L. P. M. Trilhas geoturisticas para interpretação do geossítio Guaritas – Caçapava do Sul/RS. (Trabalho de graduação em geografia). Universidade Federal de Santa Maria, 2014.