Autores

Lawall, S. (UFRRJ) ; Rodrigues, N.B. (UFRRJ) ; Costa, M.O. (UFRRJ)

Resumo

O solo é um recurso natural finito e com inúmeras funções sociais e ecológicas. O estudo da origem, evolução e diversidade deve transcender o ensino superior e chegar no ensino básico. Indaga-se de que forma estamos aprendendo e ensinando a pedologia? Este trabalho objetiva-se demostrar a importância da ciência do solo para o entendimento dos processos naturais e antrópicos competentes a ciência dos solos, apresentando resultados de práticas experimentais realizadas no projeto Solos Itinerantes, que tem a função de levar a ciência do solo às escolas da rede pública da Baixada Fluminense (RJ). O trabalho foi realizado a partir da experiência de três oficinas que contribuíram para ampliação do conhecimento de temas múltiplos pelos alunos de graduação em Geografia. Considera-se que há a necessidade de maior envolvimento do profissional de licenciatura em Geografia na Pedologia, visto que esta permite compreender as dinâmicas no ambiente de desenvolvimento das atividades humanas.

Palavras chaves

ensino de solos; experimentos; oficina didática

Introdução

Como aprendemos e/ou lecionamos a temática sobre os solos na Geografia escolar? Compete a Geografia o processo de ensino-aprendizagem a respeito da ciência do solo? E a formação do profissional de Licenciatura em Geografia, a Pedologia está presente? De forma geral, a Ciência do Solo ou Pedologia está diretamente relacionada a um grupo de estudantes na graduação vinculados aos cursos de bacharelado, ou seja, o saber pedológico entra em foco nas ciências agronômicas, passando as ciências da Terra e Engenharias. No entanto, os currículos de licenciatura, e em especial de Geografia, a Pedologia vem se diluindo a partir do momento que não é mais disciplina obrigatória em muitos cursos, e por vezes aparece fragmentado nos conteúdos de Geomorfologia, comprometendo o processo de formação do professor- educador. Deste modo, pode-se atribuir a Pedologia um papel coadjuvante no bojo das disciplinas de Geografia Física, e ainda, na própria Geografia, uma vez que esta auxilia no entendimento dos processos da superfície terrestre. Além da problemática na Graduação, este processo de desmantelamento é estendido ao ensino básico, tanto no Fundamental quanto no Ensino Médio, como destaca LAHMAR et al (2004) que, há quase um consenso acerca do fracasso e retração do ensino de solos, visto que o ensino de solos não tem se desenvolvido tanto no ensino básico quanto no superior, e tão pouco é aplicado o conhecimento adquirido no âmbito escolar para o cotidiano. Ainda segundo LAHMAR et al (2004, p.38) ressaltam que, “este fracasso é associado, em grande parte, ao fato de que o solo não é apresentado, durante a formação, nem como recurso natural, nem como fator social, econômico, cultural ou histórico”. A pouca abordagem da Pedologia no cotidiano escolar em si evidencia outro problema no ensino e aprendizagem da temática que é a questão do conteúdo dos livros didáticos. A maior parte deles debruçarem na questão dos solos como recurso natural, voltado as práticas agrícolas e não como corpo natural, pertencente à paisagem e que sustenta as atividades da superfície. Nesse sentido, RUELLAN (1988, p.03) destaca que, “são raros os indivíduos que conseguem interpretar os solos distribuídos pela superfície terrestre como, por exemplo, muitos conhecem a anatomia de uma planta”. Mediante ao contexto, temos problemas vinculados à formação do educador, também na desvalorização do conteúdo no ensino básico e ainda na reprodução mínima da Pedologia nos livros didáticos, os quais podem ser única fonte bibliográfica de para muitos estudantes. Este processo que reúne formação do profissional-educador, conteúdo e cotidiano escolar, pode desencadear duas perspectivas conflitantes: o professor malformado para o conteúdo da ciência dos solos, haja vista a retirada da obrigatoriedade da ciência do solo em sua formação; e a constante reprodução da desvalorização da pedologia no âmbito escolar, advinda da má formação e não reforço de sua importância como disciplina da Geografia Física. No ensino fundamental e médio, o tema acerca dos solos está ligado aos programas básicos do 6º ano (Fundamental II) e 1ª série (Ensino Médio), respectivamente. Nestas duas fases, o conteúdo de solos está vinculado à temática de Geomorfologia, ou estudo do relevo, como um apêndice dos processos exógenos, ou durante a abordagem dos impactos ambientais relacionados aos processos erosivos por atividade antrópica. Neste sentido, o trabalho apresentado tem como objetivo principal demostrar a importância da ciência do solo, para o entendimento dos processos naturais e antrópicos, por meio de metodologia que envolve a teoria e prática de temas pedológicos. Para isso, legitima-se a oficialização do projeto de extensão “Solos Itinerantes”, o qual tem como propósito levar a ciência do solo para ambiente escolar através de visitas e oficinas dos alunos de graduação para os alunos do ensino básico na Baixada Fluminense no Rio de Janeiro.

Material e métodos

A metodologia foi baseada na criação de Oficinas ou Workshops durante o curso de Pedologia Aplicada ao Ensino da Geografia, disciplina eletiva do curso de Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a fim de treiná-los para a formação do grupo de extensão universitária, Solos Itinerantes. Desse modo, a capacitação foi dividida em três oficinas aplicadas em períodos distintos do curso de Geografia: O primeiro para turma de 2016/2, o segundo momento foi aplicada aos bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) de Geografia na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), no Instituto Multidisciplinar, e por fim, terceiro momento, pela turma de 2017/2. As oficinas foram oferecidas com a finalidade de introduzir o ensino de solo, através de práticas experimentais mais dinâmicas e diferenciadas para os discentes, com propósito de discutir métodos e ferramentas para aprimorar o ensino de solos na Baixada Fluminense. Os conceitos trabalhados foram de: processo de formação dos solos, fatores de formação, propriedades físicas dos solos (especialmente a cor e granulometria), infiltração da água no solo, processos erosivos, a contribuição do relevo na dinâmica hidrológica, uso e cobertura do solo e intemperismo. Assim foi solicitado aos alunos que fizessem experimentos os quais eles transpusessem a teoria à prática. Além disso, que estes experimentos fossem simples e de uso comum, ou seja, qualquer aluno do fundamental pudesse reproduzir pelo baixo custo e viabilidade na execução. Durante a aulas teóricas foram pesquisados alguns projetos renomados, com o intuito de conduzir a ciência do solo a diferentes meios e principalmente ao ambiente escolar. Sendo assim, foram os seguintes projetos: Projeto Solo na Escola/ USP-ESALQ, Projeto ABC na Educação Científica-Mão na massa, Programa Solo na Escola / UFPR, Projeto Trilhando pelos Solos/UNESP, Projeto O Solo na Escola Fundamental: Vamos pôr a Mão na Massa – UFGD, Projeto Nossos Solos, Nossa vida/ UFT, Programa Embrapa na Escola/ RJ e Projeto Colóide- UNESP. Estes projetos concentram esforços principalmente na abordagem dos processos de formação e dissociação dos solos, entendo também o solo além de sustentáculo para agricultura. E assim, a partir de novas metodologias eles aguçam a curiosidade, interesse e atenção dos alunos. A maioria dos materiais utilizados para as oficinas foram reciclados incluindo, garrafa pet, galão de água mineral, plásticos, papelão, copo descartável, canteiros, baldes, aquários, isopor, esponja, gel de cabelo, pincéis, e diferentes tipos de solos obtidos na região da Baixada Fluminense. Os resultados estão organizados a partir da seleção de alguns temas e a execução destes, partindo sempre do princípio de extrapolar o solo como recurso natural e enxerga-lo como meio natural e unidade da paisagem.

Resultado e discussão

A primeira oficina, executada em 2016/2 com 12 alunos inscritos no curso, os quais fizeram oficinas que contemplaram: o processo de formação de solos, a granulometria, processos eólicos de arrasta e o papel da vegetação, a construção de uma composteira com material reciclado de galão de água e o plantio em garrafas pets. Essa oficina foi pioneira, para se pensar em novas abordagens e experimentos para o estudo da ciência do solo. Na figura 01, apresentam-se quatro experimentos, destes, dois, ou seja, 1A e 1B abordam o solo como recurso natural no processo de formação de uma composteira (A) e na dinâmica do vento em solos com cobertura vegetal e exposta, com o tema de erosão eólica e práticas conservacionistas. Erosão eólica é pouco comum e os alunos, através do sopro simularam a ação dos ventos no solo exposto e no solo coberto com vegetação. Figura 01: Oficina de Ciência do Solo com quatro aplicações temáticas. A: montagem de composteira; B: Erosão eólica e uso e cobertura do solo; C: granulometria dos solos; D: processo de formação dos horizontes. Fonte: Lawall, 2016. Em 1C, apresenta-se a granulometria a partir da separação das frações no plástico por decantação, argila entra em suspensão. Sendo possível trabalhar os constituintes do solo simplesmente com plástico, água e tipos de solos distintos. E por fim, em D, em caixote de papelão foi apresentado à formação ou evolução temporal dos perfis de solos fruto do intemperismo, baseado na representação dos perfis de LEPSCH (2011). O conceito de intemperismo químico e a sucessão dos horizontes, pela dinâmica do tempo fazem presentes nestes contextos. No segundo momento, a oficina com a “caixa pedogenética” foi demostrada aos bolsistas do PIBID/GEO/IM (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), os quais puderam compreender o processo de formação dos horizontes (figura 02), tal como exposto em LEPSCH (2011). Figura 2: aplicação da oficina “caixa pedogenética” aos alunos do PIBID Geografia/UFRRJ/IM. A: alunos e professores do PIBID observando a formação da caixa; B: a caixa pronta. Fonte: Costa, 2016. As etapas seguintes mostram a forma de preenchimento da “caixa pedogenética”, que foi a oficina comum nos três momentos. Logo, a primeira divisória foi exclusivamente para o material de origem, preenchendo-a completamente de rochas fragmentadas. Em seguida, a segunda divisória foi preenchida por 70% de rocha, ou seja, as rochas fragmentadas, 15% de material intemperizado e 15% de solo de horizonte A (solo de cor mais escura). Na terceira divisória, houve preenchimento de ⅓ da quantidade de rocha original/fragmentadas e proporções iguais de horizonte C e horizonte A, mostrando a formação do solum. Já na sexta etapa, a quarta divisória foi preenchida por rochas fragmentadas, horizonte C (maior que o horizonte B), horizonte B diagnóstico e horizonte A. E por fim, na última etapa A última divisória deverá ser preenchida por rocha original, rochas fragmentadas, horizonte C, horizonte B (maior que o horizonte C) e horizonte A, gerando o perfil completo de solos decorrente dos processos e fatores pedogenéticos. Nesse sentido, essa oficina da “caixa pedogenética” foi aplicada para 12 bolsistas do PIBID e no final da atividade foi entregue um questionário que tinha como finalidade saber se a proposta de ensinar a ciência de solo seria compartilhada na prática docente dos bolsistas. Sendo assim, mais de 80% dos pibidianos responderam que gostariam de utilizar essa proposta metodológica em sala de aula. Além disso, todos os entrevistados afirmaram que a atividade facilitou o aprendizado de solos e que despertou os sentidos visuais e o tato. Caminhando para o fim, a terceira e maior oficina foi realizada com a turma de graduandos de Geografia de 2017/2, os quais totalizavam 39 alunos formando sete grupos distintos. A partir daí, foi possível criar de fato, o projeto com alunos envolvidos no Solos Itinerantes, que será levado as escolas da rede pública da Baixada Fluminense (RJ) em 2018/1, guardada a gama de diversidade de experimentos apresentados nas oficinas acumuladas. Das oficinas realizadas os temas principais foram: O relevo como um dos fatores de formação dos solos; A compactação dos solos e a densidade do solo; A formação dos horizontes ou pedogênese; e A infiltração e retenção da água no solo e a erosão. Além disso, dois temas mais lúdicos e que trazem as propriedades físicas ou morfológicas dos solos, a textura e a cor, uma vez que foram abordados o uso da tinta de solos e a produção de cerâmica, envolvendo a Geografia das Artes nas obras de Joan Mirot, em A Terra Lavrada. Na figura 3A, foi abordado o papel do relevo na dinâmica da água e como fator de formação do solo, apresentando a escola Russa no envolvimento da paisagem. Maquete construída para que a água da precipitação fosse simulada e distribuída, trabalhando os conceitos de infiltração e escoamento superficial. Em 3B, houve uma extensão da “caixa pedogenética” uma vez que os alunos do ensino fundamental podem, através deste experimento, montar o seu perfil de solo com material disponibilizado, além da explicação na própria caixa. Figura 03: Oficina ou Workshop de ciências do solo, turma de Graduação em Geografia 2017/2. A, B, C: fatores de formação, processos pedogenéticos e textura com infiltração. D, E, F: infiltração, compactação e retenção com escoamento superficial envolvendo uso e cobertura do solo. Fonte: Lawall, 2017. Na figura 3C, com o filtro de café e garrafa pet foi possível simular e demostrar a diferença da granulometria e sua contribuição na infiltração. O mesmo foi visto em 3D, porém com uso e cobertura da terra, onde fica nítido que a vegetação contribui para a maior infiltração e percolação porque age na formação da porosidade secundária e redução da compactação ou densidade do solo. Em se tratando de densidade do solo, a demostra-se em 3E e por fim, o experimento que apresenta a recarga e o escoamento superficial, em 3F, o qual é simulado a chuva em volume total equivalente e após a infiltração é contabilizado o que foi para recarga, simulando o balanço hídrico. E por fim, de forma mais lúdica a pintura realizada com a tinta do solo, a qual é possível trazer a cor como propriedade física e morfológica, além da cerâmica através da moldagem de objetos com argila. Na figura 4, esse universo está representado, e em 4D a 4F, apresenta-se a obra de Joan Mirot, em Terra Lavrada, artista espanhol que utilizou tinta de solo em suas obras. A pintura em paisagem permitiu um ensaio e ação dos alunos na tela reproduzida e exposta na oficina. A prática aproximou e despertou o interesse dos alunos não somente na ciência do solo, mas também para artes. Figura 04: Oficina ou Workshop de ciências do solo, turma de Graduação em Geografia 2017/2. A, B,C: Cores e texturas do solo. D,E,F: Pintura da tela A Terra Lavrada (Mirot) com tinta de solo. Fonte: Lawall, 2017. Nesse viés destaca-se a importância da prática experimental no estudo de solos e outras ciências aplicadas, no geral sendo um agente facilitador para o aluno no processo de ensino-aprendizagem e integração dos conteúdos. Respaldando-se nos estudos de PIAGET (1973) frisa-se que, no processo de ensino é de fundamental importância o embasamento na experimentação, para a obtenção de um melhor resultado no processo de ensino e aprendizagem do aluno. Em conformidade ROSITO (2000, p.197) considera que “uma teoria sem embasamento experimental não permite ao aluno uma compreensão efetiva dos processos de ação das ciências”. A reflexão ao final das oficinas realizadas foi de que, há a necessidade de levar essas atividades para a nossa prática docente, visto que essa proposta metodológica permitiu inserir o ensino de solo de maneira lúdica e dinâmica no âmbito escolar.

Figura 01

Oficina de Ciência do Solo com quatro aplicações temáticas

Figura 2

aplicação da oficina “caixa pedogenética” aos alunos do PIBID

Figura 03

Oficina ou Workshop de ciências do solo

Figura 04

Oficina ou Workshop de ciências do solo

Considerações Finais

Constatou-se que o conteúdo de solos, é de suma importância para o processo de formação de professores. Tanto os alunos do curso de graduação em Geografia quanto os do PIBID relataram, que a educação em solos é elementar para a formação e consolidação do espaço geográfico. Podemos observar que, ao abordar a formação de solo e explicar seus fatores de formação, bem como os fatores de formação, propriedades físicas e ainda a dinâmica da água e a erosão, facilitou a compreensão desse conteúdo pelos discentes, uma vez que eles participaram da sua construção e tiraram suas dúvidas ao longo da atividade. As oficinas didáticas com as práticas estabelecidas podem ser entendidas como um meio interlocutor entre a teoria e o estudo do meio, de fato, ou seja, na natureza. Desta forma, é possível romper com as dificuldades de deslocar o aluno para o meio, e sair da abstração, uma vez que paisagem é reproduzida de forma reduzida e representativa. E assim, o aluno poderá associar a representação, a realidade e teoria, fechando um ciclo básico do processo ensino-aprendizagem.

Agradecimentos

Aos alunos do curso de Licenciatura em Geografia das turmas de 2016/2 e 2017/2, além dos bolsistas do PIBID Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, campus de Nova Iguaçu que contribuíram para a construção dos resultados dessa pesquisa.

Referências

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