Autores
Cunha, P.P. (D.C.TERRA - UNIV. COIMBRA) ; Pereira, D.I. (UNIV. MINHO, PORTUGAL) ; Pereira, P. (UNIV. MINHO, PORTUGAL)
Resumo
No Mesozóico, o contexto de rifting e margem passiva fizeram um aplanamento do Maciço Hespérico, com cristas de resistência. A compressão iniciou-se no Cretácico Final. No Eocénico Médio, dobramento litosférico por compressão gerou a ocidente as bacias do Mondego e Baixo Tejo-Alvalade. No Paleogénico, fracas drenagens continuaram o aplanamento, sob climas áridos a semi-áridos. Dos 24 aos 9,5 Ma, a compressão orientou-se NW-SE e aumentou, continou-se o aplanamento e drenagens exorreicas, sob clima subtropical. O clímax da compressão ocorre desde o Tortoniano, gerando estruturas push-up, de desligamento e pop-up, com soerguimento de relevos com planaltos e leques aluviais no sopé. Dos 9,5 aos 3,7 Ma, a sedimentação foi endorreica. Dos 3,7 aos 1,8 Ma, o clima foi húmido e grandes leques aluviais eram tributários de sistemas exorreicos (com nível do mar ca. +50 m). Em contínuo soerguimento, a mudança dos altos níveis eustáticos do Terciário para os baixos durante os climas frios do Quaternário, causou a presente etapa de incisão que produziu escadarias de terraços, vales epigénicos estreitos e cascatas.
Palavras chaves
Unidades morfoestruturais; Evolução da paisagem; Portugal continental
Introdução
Neste trabalho sintetizam-se os principais processos geodinâmicos que afectaram o sector ocidental da Ibéria, bem como as sucessivas fases tectónicas que, associadas ao coevo contexto climático e eustático, determinaram a evolução do relevo durante o Cenozóico. Este trabalho é baseado em Pereira et al. (in press). Caracterizam-se, seguidamente, as unidades morfoestruturais de Portugal continental.
Material e métodos
Este trabalho combina metodologias geológicas e geomorfológicas para interpretar os processos geodinâmicos responsáveis pela génese do relevo de Portugal Continental bem como caracteriza as unidades morfoestruturais fundamentais e os principais relevos que as integram. Os métodos geológicos incidiram no registo das bacias sedimentares, enquanto que os métodos geomorfológicos contribuíram para a análise, caracterização e interpretação das principais formas de relevo regionais. Foi particularmente determinante a análise de cartografia geológica na escala 1/50.000 integrada com modelos digitais de terreno, depois aferida com verificação no terreno.
Resultado e discussão
Em Portugal continental diferenciam-se as seguintes unidades
morfoestruturais (Pereira et al., 2014, 2015) (Figs. 1, 2 e 3):
- Constituídas essencialmente por materiais do Maciço Hespérico (MH):
Planaltos e Montanhas do norte de Portugal; Cordilheira Central Portuguesa;
e Planaltos do Sul de Portugal.
- Constituídas por materiais mesozóicos: Terrenos Mesozóicos Ocidentais e
Meridionais.
- Constituídas por materiais cenozóicos: Bacias Cenozóicas do Mondego, do
Baixo Tejo, de Alvalade e do Algarve.
Planaltos e Montanhas do noroeste de Portugal
Constituem vasta superfície de aplanamento desnivelada em três grandes
compartimentos, delimitados pelas falhas de desligamento de Penacova-Régua-
Chaves (PRC) e de Manteigas-Vilariça-Bragança (MVB), a altitudes
predominantes entre 600 e 1000 m. A movimentação tectónica durante o final
do Cenozóico originou (Ribeiro et al., 1990; Cabral, 1995, 2012; Cunha et
al., 2000; De Vicente et al., 2011): os relevos de Nogueira e Bornes, bem
como as depressões de Vilariça e Longroiva (Cunha & Pereira, 2000),
associados à falha de MVB; os relevos de Padrela-Falperra, Alvão, Marão,
Montemuro, Freita e Caramulo, associados à falha de PRC.
O essencial do levantamento dos relevos de Montesinho e Peneda-Gerês deve
ser anterior, associado à Cordilheira Cantábrica.
Para leste da falha de MVB, o aplanamento do soco liga-se
geomorfologicamente à Bacia Cenozóica do Douro.
Cordilheira Central Portuguesa
Tem orientação geral NE-SW resultante de falhas inversas que soergueram
diversos compartimentos (Daveau et coll. 1985-86). Esta cordilheira e a sua
continuação para SW (Maciço Calcário Estremenho) separam a Bacia Cenozóica
do Mondego da Bacia Cenozóica do Baixo Tejo-Alvalade. Tem um compartimento
mais soerguido a NE (Serra da Estrela, ca. 2000 m) granítico, e um outro a
sudoeste (Serras da Gardunha, Açor e Lousã) constituído por metassedimentos.
Planaltos do Sul de Portugal
Constituem uma superfície aplanada, aos 300-400 m de altitude, sobre um
substrato essencialmente metassedimentar, por vezes granitóide e,
localmente, de rochas máficas (Feio, 2004, Feio et al., 2004).
Os Planaltos do Sul de Portugal compreendem: a Plataforma de Castelo Branco
e a Plataforma de Nisa, desniveladas pela falha inversa do Ponsul; e a
Plataforma do Alto Alentejo, que está desnivelada por várias falhas, de que
se destacam a falha de Vidigueira-Moura, do Alentejo-Plasencia e de São
Marcos-Quarteira (Brum da Silveira, 2002).
A Plataforma de Castelo Branco está separada por escarpas tectónicas que a
separam dos blocos levantados situados a NW e da Plataforma de Nisa (a SE).
A Plataforma de Nisa é uma área granítica com formas suaves e reduzida
incisão fluvial.
Da Plataforma do Alentejo sobressaem alguns relevos residuais, com destaque
para as cristas quartzíticas da Serra de S. Mamede. Os maiores
desnivelamentos tectónicos são os associados à falha da Vidigueira (E-W) e
falha de São Marcos-Quarteira (NW-SE).
Terrenos Mesozóicos Ocidentais
Os Terrenos Mesozóicos Ocidentais são constituídos, essencialmente, pelo
Maciço Calcário Estremenho, Serra de Sintra, Serra da Arrábida e Serra da
Boa Viagem.
O Maciço Calcário Estremenho (680 m) tem um típico modelado cársico,
desenvolvidos em calcários do Jurássico Médio (Martins, 1949). Compreende os
relevos anticlinais de Candeeiros, Aire e Montejunto. Merecem destaque os
planaltos de Santo António e de São Mamede, separados pelas depressões
tectónicas de Minde, Alvados e Mendiga.
A Serra de Sintra é um relevo constituído por um maciço granítico e por
rochas sub-vulcânicas, bem como por calcários mesozóicos.
A Serra da Arrábida (501 m) e a Serra da Boa Viagem são relevos calcários
monoclinais que se salientam na plataforma litoral.
Existem alguns outros relevos menores. As Colinas Calcárias do Baixo Mondego
são pequenas colinas de baixa altitude, calcárias e com cobertura
siliciclástica pliocénica, dominadas pela erosão fluvial. As Serras
Calcárias de Condeixa-Sicó-Alvaiázere apresentam modelado calcário, com
padrão de relevo reticulado pela densa erosão fluvial. As Colinas Calcárias
do Oeste correspondem a um sector dominado por calcários do Jurássico
Superior. As Serras e Colinas entre Montejunto e Lisboa correspondem a um
sector com colinas em calcários e rochas vulcânicas.
Um aspecto fundamental no relevo de algumas áreas sedimentares está
relacionado com a tectónica diapírica, induzida por evaporitos e depois
condicionada pela compressão cenozóica.
Terrenos Mesozóicos Meridionais
Os Terrenos Mesozóicos Meridionais são constituídos por litologias
mesozóicas da margem algarvia, condicionados pela tectónica cenozóica e pela
incisão quaternária.
A Serra Calcária Algarvia situa-se no prolongamento para sul dos relevos
xistosos da Serra do Caldeirão, com relevos calcários definindo estruturas
alongadas E-W.
A Colinas Calcárias do Algarve situam-se entre a Serra Calcária Algarvia e a
Plataforma Litoral, com a qual tem limites difusos.
Bacia Cenozóica do Mondego
A paisagem da Bacia Cenozóica do Mondego diferencia-se em duas regiões
separadas pelo Maciço Marginal de Coimbra, um relevo fini-Cenozóico com uma
importante falha (PRC) no seu limite leste (Sequeira et al., 1997). A leste
deste relevo, o enchimento sedimentar mesozóico e cenozóico está preservado
numa depressão tectónica limitada pela falha PRC e pela falha da Lousã
(Cunha, 1992; Pais et al., 2012, 2013). Ao longo das escarpas da falha PRC e
da falha da Lousã, leques aluviais fini-cenozóicos ainda existem junto a
Góis, Miranda do Corvo e Mortágua. A Superfície Sedimentar Culminante ainda
se preserva nos montes de Sacões (600 m) e Santa Quitéria (492 m). Nesta
região existem largos vales epigénicos, com escadarias de terraços e
meandros encaixados. A ocidente do Maciço Marginal de Coimbra, a paisagem
expressa-se por uma vasta Plataforma Litoral, com a Superfície Sedimentar
Culminante entre ca. 150 m (a este) a ca. 70 m (o oeste, junto ao litoral
atlântico) (Cunha et al., 1993). A Plataforma Litoral está desnivelada
localmente pela tectónica activa e exibe vales fluviais epigénicos com
escadarias de terraços, bem como campos dunares eólicos.
Bacias Cenozóicas do Baixo Tejo e de Alvalade
A paisagem destas bacias está dominada pela platitude da Superfície
Sedimentar Culminante, com altitude decrescendo para jusante desde ca. 260 m
(a leste, junto à fronteira espanhola) a ca. 65 m (a oeste, junto ao litoral
atlântico). O Rio Tejo apresenta um máximo de seis níveis de terraços, acima
da planície aluvial, e diferencia-se geomorfologicamente em vários troços
separados por falhas. Junto ao litoral existem campos dunares e escadarias
de terraços costeiros. Merecem destaque os estuários do Tejo e do Sado.
Bacia Cenozóica do Algarve
Na área terrestre algarvia documenta-se uma vasta superfície de aplanamento
elaborada sobre rochas do soco, bem como do Mesozóico ao Miocénico, coberta
por unidade siliciclástica aluvial a marinha (do Pliocénico final ao
Gelasiano). De oeste a este, o litoral algarvio exibe íngremes arribas nas
duras litologias do Carbonífero e do Jurássico, arribas mais sinuosas suaves
nas litologias mais brandas do Miocénico e Pliocénico e, finalmente, uma
costa baixa que inclui o sistema de ilhas barreiras-laguna da Ria Formosa.
Fig. 1 – Principais unidades morfoestruturais de Portugal continental. PMNP:
Planaltos e Montanhas do Norte de Portugal; CCP: Cordilheira Central
Portuguesa; PSP: Planaltos do Sul de Portugal; TMO: Terrenos Mesozóicos
Ocidentais; BCM: Bacia Cenozóica do Mondego; BCBT: Bacia Cenozóica do Baixo
Tejo; BCAv: Bacia Cenozóica de Alvalade; AgMT: Terrenos Mesozóicos do
Algarve; BCAg: Bacia Cenozóica do Algarve; falhas assinaladas a traço preto.
Fig. 2 – Principais unidades morfoestruturais de Portugal norte e central
(letras a branco). Nomes de montanhas, a amarelo; depressões tectónicas de
desligamento, a verde; falhas, a traço preto; nomes de falhas, a preto.
Fig. 3 – Principais unidades morfoestruturais de Portugal central e sul
(letras a branco). Nomes de montanhas, a amarelo; falhas, a traço preto;
nomes de falhas, a preto.
Fig. 1 – Principais unidades morfoestruturais de Portugal ...
Fig. 2 – Principais unidades morfoestruturais de Portugal norte e central ...
Fig. 3 – Principais unidades morfoestruturais de Portugal central e sul ...
Considerações Finais
A erosão do MH e o enchimento das bacias sedimentares adjacentes, originou no final do Cretácico uma vasta região de fraco relevo. A meados do Campaniano a distensão mesozóica foi substituída por compressão N-S, que soergueu os Pirinéus e a Cordilheira Cantábrica. No início do Eocénico Médio a compressão intraplaca gerou amplos dobramentos litosféricos com eixo WSW-ENE, cujas sinformas deram origem às bacias portuguesas do Mondego do Baixo Tejo e Alvalade. Durante o Paleogénico, fracas drenagens foram coevas da continuação do aplanamento do Maciço Hespérico, sob climas áridos a semi-áridos. A partir do Aquitaniano, a compressão incrementa e passa a fazer-se segundo NW-SE (Bética). Dos 24 aos 9,5 Ma, a compressão orientou-se NW-SE e aumentou, continuando o aplanamento e drenagens exorreicas, sob clima subtropical. O clímax da compressão intraplaca verifica-se desde meados do Tortoniano, tendo sido responsável pela génese de estruturas tectónicas compressivas de tipo desligamento, push-up e pop-up, conduzindo ao soerguimento de importantes relevos e leques aluviais no sopé. Dos 9,5 aos 3,7 Ma, os leques aluviais eram endorreicos. Dos 3,7 aos 1,8 Ma, o clima foi húmido e grandes leques aluviais ficaram tributários de sistemas exorreicos. Em contexto de contínuo soerguimento crustal, a mudança dos altos níveis eustáticos do Terciário para os baixos durantes os climas frios do Quaternário, causou a presente etapa de incisão com provável início a ca. dos 1,8 Ma que produziu escadarias de terraços, vales epigénicos estreitos e cascatas.
Agradecimentos
Este estudo foi apoiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, bem como pela União Europeia, através do Fundo de Desenvolvimento Regional Europeu, baseado no COMPETE 2020 (Programa Operacional da Competitividade e Internacionalização), através dos projectos UID/MAR/04292/2013 – MARE e UID/GEO/04683/2013 - ICT.
Referências
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