Autores

Silvestre, C.P. (UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE) ; Silva, A.L.C. (FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES - UERJ)

Resumo

Os ambientes lagunares são importantes para a biodiversidade costeira e constantemente ameaçados pelas atividades antrópicas. Sendo assim, este estudo objetiva apresentar uma síntese do conhecimento sobre as lagunas costeiras no estado do Rio de Janeiro. Para tal, foi realizada uma ampla revisão bibliográfica sobre as lagunas fluminenses. O litoral fluminense é composto por diversas lagunas de tamanhos variados, que ocupam diferentes posições na planície costeira, como as Lagoas de Jacarepaguá, Rodrigo de Freitas, Piratininga, Itaipu, Maricá, Guarapina, Jaconé, Saquarema, Araruama, entre outras. Apesar das pesquisas realizadas desde a década de 1940, esses ambientes costeiros ainda são pouco estudados no tocante a evolução geomorfologia e geológica destes. Este conhecimento pode auxiliar no manejo e gerenciamento costeiro, cada vez mais necessário diante da concentração populacional nessas áreas.

Palavras chaves

sistema barreira-laguna; litoral; Rio de Janeiro

Introdução

Este estudo objetiva apresentar uma síntese do conhecimento sobre as lagunas costeiras localizadas no litoral do estado do Rio de Janeiro (Figura 1). Para tal, foi realizada uma ampla revisão bibliográfica sobre as lagunas fluminenses. Este conhecimento pode auxiliar na adoção de medidas relacionadas ao manejo e gerenciamento costeiro, cada vez mais necessário em virtude da tendência de concentração populacional nessas áreas. O litoral fluminense é composto por diversas lagunas de tamanhos variados, que ocupam diferentes posições na planície costeira (Figura 1C), as principais são: Lagoas de Jacarepaguá (Figura 1D) e Rodrigo de Freitas (Figura 1E), na cidade do Rio de Janeiro; Piratininga e Itaipu (Figura 1F), em Niterói; Maricá, Guarapina (Figura 1G) e Jaconé, em Maricá; Saquarema (Figura 1H) e Araruama (Figura 1I). Os ambientes litorâneos são influenciados por diversos processos e variáveis, e estão sempre em constante transformação, buscando alcançar o equilíbrio dinâmico através do confronto entre essas forças que os influenciam (FRIEDMAN & SANDERS, 1978; CARTER, 1988; DAVIS & FITZGERALD, 2004; BIRD, 2008). Quase a metade da população mundial vive atualmente a menos de 100 km do litoral (DAVIS JR. & FITZGERALD, 2008). No Brasil, de acordo com dados do censo de 2010, 26,6% da população concentra-se na faixa litorânea, representando cerca de 50,7 milhões de um total de 190 milhões de habitantes (IBGE). As lagunas costeiras aparecem geralmente associadas às barreiras arenosas, compondo um sistema barreira-laguna, que apresenta diversos subambientes, como praias, dunas, canais de maré, mangues, leques de arrombamento, etc. (MCCUBBIN, 1982; DAVIS JR. & FITZGERALD, 2008). As barreiras arenosas (ou cordões litorâneos) são acumulações de sedimentos moldadas pela ação das ondas, correntes e ventos e separadas do continente por uma planície de maré, laguna e/ou pântano (GLAESER, 1978; apud CLIFTON, 2006). O modo como uma barreira se desenvolve possibilita o fechamento de enseadas preexistentes permitindo a formação da laguna à retaguarda (BIRD, 2008). A formação de sistemas barreira-laguna ocorre principalmente em litorais de margens passivas, devido ao baixo gradiente destas; sob regime de micromaré (0 a 2 m de amplitude) e mesomaré (2 a 4 m); e são também condicionadas pelo clima, que controla os eventos meteorológicos de alta energia (MCCUBBIN, 1982; DAVIS Jr. & FITZGERALD, 2008; BIRD, 2008). Os sistemas lagunares estão presentes em 13% dos litorais de todo o mundo e são ecossistemas de alta produtividade primária, constantemente ameaçados pelas mais variadas atividades antrópicas que se desenvolvem a partir da ocupação das áreas no seu entorno. São corpos d'água rasos, geralmente paralelos à linha de costa epodem estar conectados ao oceano por um ou mais canais de maré, permanecendo abertos, pelo menos de forma intermitente. A salinidade de uma laguna pode variar de baixa até hipersalina de acordo com as condições climáticas locais e a dinâmica estabelecida com o ambiente marinho (KJERFVE, 1994). A morfologia das lagunas, considerando a magnitude da troca de água com o oceano, pode ser classificada em: (1) sufocadas (choked), formadas por uma série de células elípticas conectadas ao oceano por um único canal longo e estreito, ocorrem em litorais com ondas de alta energia e corrente de deriva litorânea, como por exemplo, a lagoa dos Patos (RS); (2) restritas (restricted), são corpos d’água grandes e largos, apresentam dois ou mais canais de maré, possuem uma circulação de corrente bem definida, influenciadas por ventos locais, como na Laguna de Terminos (México); e (3) vazadas (leaky), com corpos d’água alongados, muitos canais e correntes de maré suficientemente fortes para impedir o fechamento desses canais pela ação das ondas e da corrente de deriva litorânea, como na Laguna Mississippi Sound (Estados Unidos) (KJERFVE, 1986 apud KJERFVE, 1994).

Material e métodos

O levantamento bibliográfico consistiu em pesquisar sobre a formação e evolução de sistemas lagunares no Brasil e no mundo e trabalhos realizados no litoral fluminense. Essa pesquisa foi realizada junto as Bibliotecas do Instituto de Geociências e de Pós-Graduação em Geoquímica da Universidade Federal Fluminense, por meio dos sites de Periódicos da CAPES e de outras instituições onde foram consultadas teses, dissertações e revistas científicas relevantes para esse trabalho. Está síntese do conhecimento sobre lagoas costeiras e, em especial, as lagunas fluminenses, está inserida no contexto de um projeto de doutorado em andamento, voltado para o entendimento da formação e evolução geológica da Lagoa de Maricá ao longo do Quaternário.

Resultado e discussão

As lagunas no litoral fluminense possuem uma geomorfologia bastante variada e ocupam diferentes posições na planície costeira (Figura 1C). Suas dimensões e formas estão diretamente relacionadas à morfologia costeira preexistente, a maneira como as barreiras se desenvolveram e a atuação dos processos geomorfológicos (erosão e deposição), desde o início de sua formação (BIRD, 1994). Os sistemas lagunares internos se formaram a partir do fechamento de antigas enseadas por barreiras (LAMEGO, 1940; 1945). Esses são mais desenvolvidos e estão localizados entre os maciços cristalinos e, quase sempre, à retaguarda das barreiras de idade pleistocênica, que se desenvolveram por volta de 123.000 anos A.P. (MARTIN et al., 1982 apud TURCQ et al., 1999), tais como: as lagoas de Jacarepaguá (Figura 1D), Rodrigo de Freitas (Figura 1E), Piratininga (Figura 1F), Maricá (Figura 1G), Jaconé, Saquarema (Figura 1H) e Araruama (Figura 1I). Essas lagunas foram novamente inundadas durante a Transgressão Holocênica, que deu origem ao sistema barreira-laguna mais recentes e de menor porte (entre 7.000 e 5.000 anos AP) (IRELAND, 1987; TURCQ et al., 1999; PEREIRA, 2001; SILVA, 2011). Silva (2011) por meio de um estudo sobre a evolução geomorfológica e geológica da planície costeira de Maricá identificou três sequências deposicionais relacionadas a sistemas barreira-laguna, são elas: Sequência Costeira Pleistocênica I, Sequência Costeira Pleistocênica II (datada entre 40.000 e 46.000 anos AP) e Sequência Costeira Holocênica (8110 anos AP). Com base nessas sequências deposicionais, Silva (2011) propôs um modelo para evolução geológica deste litoral, condicionado principalmente por variações no nível do mar. Para este autor, a Lagoa de Maricá está associada a uma extensa unidade lamosa identificada na base da Sequência Costeira Pleistocênica I e sua formação pode iniciado a cerca de 120.000 anos AP, corroborando com Turcq et al. (1999). Uma vez formadas, as lagunas evoluem de acordo com a deposição e acumulação de sedimentos, vindos principalmente da plataforma continental interna e face litorânea, que fornecem areia e cascalho para o sistema lagunar, transportados por correntes de maré e por transposição de ondas; dos processos eólicos, principalmente nas áreas de clima árido; da descarga fluvial, que geralmente transporta sedimentos de tamanhos variados e são depositados próximos a borda interna da laguna; dos processos químicos e biológicos, que ocorrem através da precipitação de sais e crescimento de organismos, respectivamente (DAVIDSON-ARNOTT, 2010). Em geral, as lagunas funcionam como armadilhas de sedimentos, por isso, são ambientes de rápido preenchimento sedimentar na escala de tempo geológico e formam extensas áreas colmatadas nas planícies costeiras. Isto ocorre devido à sua eficiência na retenção de sedimentos, a taxa de variações do nível do mar e as atividades antropogênicas (KJERFVE, 1994; BIRD, 1994). As taxas normais de sedimentação de uma laguna variam entre 30 e 40 cm por século (SHEPARD, 1953). A taxa de sedimentação, com base em análises do teor de Pb210, nas Lagoas de Piratininga e Itaipu é de 0,13 cm/ano para o último século no centro da laguna (RESENDE & SILVA, 1995) e de 0,28 cm/ano próximo a margem lagunar (LAVENÈRE-WANDERLEY, 1999), respectivamente. Na Lagoa Rodrigo de Freitas a sedimentação é de 0,75 cm/ano na área central (LOUREIRO et al., 2012a). As lagunas fluminenses estão localizadas em áreas densamente povoadas e algumas estão protegidas por Unidades de Conservação (UC). O Parque Natural Municipal (PNM) de Marapendi; a Área de Proteção Ambiental (APA) das Lagunas e Florestas de Niterói, que abrange as Lagoas de Piratininga e Itaipu; a APA das Lagoas do Município de Maricá; o Parque Estadual da Costa do Sol que é constituído por trechos da barreira que limita a Lagoa de Araruama, são alguns exemplos. Essas UC objetivam proteger a diversidade biológica, disciplinar a ocupação e assegurar a sustentabilidade do usodos recursos naturais (SNUC - MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2004). Entretanto, o crescimento demográfico do litoral fluminense no final do século XX e à falta de planejamento urbano, tem contribuído para a degradação e consequente eutrofização do complexo lagunar de Jacarepaguá (SAMPAIO, 2008; GOMES et al., 2009; GOMES, 2011) (Figura 1D), das Lagoas Rodrigo de Freitas (DOMINGOS et al., 2012) (Figura 1E) e de Araruama (OLIVEIRA et al., 2011) (Figura 1I). A eutrofização de ambientes lagunares ocorre com frequência e pode gerar florações fitoplanctônicas produtoras de toxinas, que causam a contaminação e morte de toneladasde peixes devido ao baixo teor de oxigênio dissolvido na água (GOMES et al., 2009; OLIVEIRA et al., 2011). Outras formas de intervenções antrópicas ocorrem, tais como: introdução de elementos químicos na lagoa de Itaipu (LAVENÉRE-WANDERLEY, 1999) (Figura 1F), Saquarema (AZEVEDO, 2005) (Figura 1H) e Rodrigo de Freitas (LOUREIRO et al., 2012b) (Figura 1E); diminuição do espelho d’água (RESENDE & SILVA, 1995; LAVENÉRE-WANDERLEY, 1999; BATISTA et al., 2003); descaracterização do entorno das lagunas (RESENDE & SILVA, 1995; MEDEIROS & ASSUMPÇÃO, 2003; BARTHOLOMEU et al., 2008) etc. As lagunas normalmente apresentam baixo influxo de água doce; salinidade elevada devido à predominância da evaporação sobre a precipitação, principal mecanismo de introdução de água doce; entrada de água salgada pelo processo de sobrelavagem e através do canal de maré; e uma hidrodinâmica pouco influenciada por correntes e ondas, devido à presença da barreira entre esta e o oceano (DAVIS Jr. & FITZGERALD, 2008). A salinidade das lagunas fluminenses varia, principalmente, devido à proximidade com o mar e as estações do ano. As Lagoas de Jacarepaguá (GOMES et al., 2009) (Figura 1D), Rodrigo de Freitas (SOARES et al., 2012) (Figura 1E), Piratininga (GONÇALVES, 1999 apud PLASTINA, 2009) (Figura 1F), entre outras, apresentam salinidade variando entre baixa e média. A Lagoa de Araruama (Figura 1I) é considerada hipersalina, devido ao gradiente climático da região que varia de semiárido na porção leste a tropical em direção a oeste deste litoral, o aumento gradativo da pluviosidade média ocorre na mesma direção (KNOPPERS et al., 1991). O clima dessa região é apontado como um dos fatores responsáveis pela formação de dolomita na Lagoa Brejo do Espinho (Figura 1I) (ANJOS et al., 2003). Estudos realizados nos sedimentos de fundo das Lagoas de Piratininga (RESENDE & SILVA, 1995), Itaipu (LAVENÉRE-WANDERLEY, 1999) (Figura 1F) e Rodrigo de Freitas (BAPTISTA NETO et al., 2011) (Figura 1E) mostram que as fácies sedimentares lamosas são predominantes nesses ambientes. As fácies arenosas são concentradas nas margens oceânicas e próximas aos canais de maré. A microfauna presente nesses sedimentos evidencia a influência da água marinha no sistema (FIGUEIRA & VILELA, 2007; BARTHOLOMEU et al., 2008; BARTHOLOMEU, 2010). Diversos estudos realizados em ambientes costeiros (MEYER et al., 2005; VOLKMER-RIBEIRO & MACHADO, 2007; SANTOS et al., 2011; SILVA et al., 2012; SILVA et al., 2013 etc.) têm utilizado organismos como espículas de esponjas, diatomáceas e foraminíferos para compreender melhor sua evolução geomorfológica e geológica, pois esses seres são sensíveis às variações ambientaise contribuem para a reconstituição paleoambiental (HAQ & BOERSMA, 1978 apud DULEBA, et al. 2005). Foraminíferos analisados nos sedimentos lamosos da Lagoa de Maricá indicam um ambiente confinado de baixa energia, salinidade e onde a poluição ainda não atingiu níveis críticos (BOMFIM et al., 2010). A ocorrência e a correlação entre diferentes tipos de micro e macrofósseis, pode auxiliar no entendimento da hidrodinâmica, da salinidade pretérita desse ambiente, das variações do nível do mar e de mudanças climáticas (VOLKMER-RIBEIRO & MACHADO, 2007; SILVA et al., 2012; SILVA et al., 2013)

Figura 1

Localização de algumas lagunas ao longo do litoral fluminense.

Considerações Finais

Este estudo possibilitou a caracterização dos sistemas lagunares fluminense através de inúmeros trabalhos científicos realizados ao longo desse litoral desde a década de 1940. As lagunas se formam e evoluem associadas, principalmente, às barreiras, e são ambientes de rápido preenchimento sedimentar na escala de tempo geológico. O sistema barreira- laguna pode ser composto por diversos subambientes, que são frequentemente degradados pela ocupação humana, o que pode gerar a eutrofização e a descaracterização física das lagunas, como nas Lagoas de Jacarepaguá e de Araruama. As áreas relativamente preservadas pertencem a UC e são importantes para a preservação de espécies endêmicas da flora e fauna, como ocorre nas APAs de Maricá e das Lagoas de Maricá. Os sistemas lagunares internos são mais desenvolvidos e estão localizados entre os maciços cristalinos e, geralmente, à retaguarda das barreiras pleistocênicas. Essas lagunas foram novamente inundadas durante a transgressão Holocênica, que formou o sistema barreira-laguna externo e de menor porte. A salinidade das lagunas varia de acordo com sua localização geográfica, proximidade com o mar e estações do ano. Apesar de inúmeras pesquisas realizadas no litoral fluminense, as lagunas ainda são pouco estudadas, principalmente do ponto de vista geomorfológico e geológico. Conhecer a dinâmica e a formação das lagunas pode auxiliar no gerenciamento costeiro, cada vez mais necessário em virtude da concentração populacional nessas áreas.

Agradecimentos

A CAPES pela concessão da bolsa de doutorado.

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