Autores

Mota, L.S.O. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE) ; Souza, R.M. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)

Resumo

O presente trabalho tem por escopo a análise das mudanças ocorridas na linha de costa das praias do município de Aracaju em médio e curto prazo. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: análise multitemporal da linha de costa e identificação dos geoindicadores de erosão/progradação/estabilidade em curto prazo. A interpolação dos dados obtidos indicou que as praias que compõem o município de Aracaju apresentaram comportamentos diferenciados, fato que resultou na classificação da costa em três setores. O setor I e III apresentaram variações associadas à morfodinâmica das desembocaduras fluviais, enquanto o setor II relacionada à sazonalidade. Em médio prazo o Setor I apresentou tendência à erosão nas adjacências da desembocadura, e à progradação no restante do setor; para o setor II foi evidenciado a tendência à estabilidade e; para o setor III tendência a retrogradação. Já em curto prazo, destaca-se a ocorrência de episódios de erosão e sedimentação em todos os setores.

Palavras chaves

Análise multitemporal; Geoindicadores; Erosão e progradação costeira

Introdução

A paisagem costeira constitui umas das que apresenta maior complexidade devido à interação dos elementos físicos (continente, atmosfera e oceano) e antrópicos. Inserido nessa paisagem encontra-se o ambiente praial, o qual se apresenta como um sistema em “equilíbrio dinâmico”, cujo dinamismo é representado por fases de erosão e deposição. Tais processos são conduzidos pelos principais fatores controladores do referido ambiente: nível do mar, energia das ondas e marés, regime de ventos, dinâmica de desembocaduras fluviais, suprimento de sedimentos e atividades antrópicas (DAVIS; FITZGERALD, 2004; ESTEVES, 2003; HANSON, 1988, STIVE et al, 2002,). A linha de costa, definida como a “interface entre a terra e a água [...] em que sua posição sobre a praia varia em função das marés, altura das ondas, inclinação da praia, maré meteorológica e granulometria da praia” (DOLAN et al, 1980), é instável em função de ser suscetível a mudanças no regime de ondas, marés, correntes e ventos. Aquelas associadas às desembocaduras fluviais são extremamente instáveis, uma vez que estão associadas também às variações na descarga fluvial (COOPER, 1999; ESTEVES, 2003; WRIGHT, 1977). As praias podem ser caracterizadas pela presença de perfis de erosão ou perfis de acumulação, originando características de linha de costa em recuo ou progradação respectivamente. Tais modificações ocorrem em escalas de tempo variadas: curto prazo (dias, meses), médio prazo (anos, décadas, séculos) e longo prazo (milhares de anos). A fim de monitorar essas mudanças nas diversas escalas temporais, pode-se utilizar de estudos multitemporais do posicionamento da linha costa, cuja análise percorre a escala de décadas e revela o comportamento desta em médio prazo, assim como, embasado no monitoramento das variações morfológicas da praia na escala de meses. O estudo pormenorizado das variações morfológicas do ambiente praial em curto e médio prazo são fundamentais, tendo em vista o fato do ambiente costeiro constituir-se como uma área de grande concentração e atração populacional. Com o modelo imediatista adotado pelo crescimento urbano associado à especulação imobiliária, principalmente nos ambientes costeiros, o planejamento para ocupação é realizado em curto prazo. Tal conjuntura não coincide com a escala temporal na qual ocorrem as mudanças promovidas pelos agentes naturais, especialmente na zona costeira. Assim, as diferentes formas de ocupação no referido ambiente, por vezes se contrapõem a dinâmica natural deste, fato que pode resultar tanto em prejuízos socioeconômicos como em impactos ao ambiente natural. Diante de tal cenário, destaca-se o município de Aracaju localizado no litoral central do estado de Sergipe, que nas últimas décadas vem apresentando uma intensificação no processo de ocupação e elevada especulação imobiliária da sua frente litorânea, fato que tem resultado na supressão de algumas unidades, como dunas e manguezais. Além da destruição destas unidades, destaca-se também a ocorrência de processos erosivos na linha de costa em alguns setores do município, que culminaram na destruição de estruturas antrópicas nas proximidades das desembocaduras do rio Sergipe e Vaza-Barris. Assim, o presente trabalho tem por escopo avaliar em curto prazo as variações morfológicas das praias, e em médio prazo as variações das linhas de costa contidas na área de estudo, dentre os anos de 1965 e 2014. Destarte, os resultados desta pesquisa poderão subsidiar o planejamento urbano e ambiental no que concerne à estruturação da ocupação nas proximidades da linha de costa da área estudada.

Material e métodos

A área de estudo compreende a frente litorânea do município de Aracaju/SE, delimitada pelas desembocaduras do rio Sergipe e Vaza-Barris ao norte e ao sul, respectivamente. Esta abarca as praias dos Artistas, da Atalaia Velha, da Aruana, do Robalo, do Refúgio, dos Náufragos e do Mosqueiro. O regime de marés da região é do tipo meso-maré com amplitude máxima de 2,0m e mínima de -0,1m (DHN, 2015). De acordo com o modelo de ondas elaborado por Pianca; Mazzine; Siegle (2010) para o setor estudado, detectou-se que as ondas incidentes possuem a predominância de E e secundariamente de SE. Já o sentido do transporte de sedimentos é predominantemente de NE-SW (OLIVEIRA, 2003). Os procedimentos metodológicos utilizados englobaram quatro etapas: levantamento bibliográfico, mapeamento multitemporal da linha de costa, análise em curto prazo dos geoindicadores de modificação da linha de costa e integração e interpretação dos dados. Para realização do mapeamento, utilizou-se o programa de geoprocessamento ARC GIS 10.2.1. Os mapas foram confeccionados sobre uma base cartográfica composta por fotografias aéreas de 1965, 1971, 1978, 1986 e 2004, ortofotos de 2004 e, imagens de satélite de 2003, 2008, 2010 e 2014. As fotografias aéreas foram georeferenciadas com auxílio do programa GLOBAL MAPPER 15, tomando por base as ortofotos de 2004. Foi utilizado o sistema de projeção UTM e o datum SIRGAS BRASIL 2000 para o georreferenciamento e confecção dos mapas. A análise multitemporal da linha de costa, a qual perfaz o estudo em médio prazo, foi realizada com base no mapeamento multitemporal desta. De tal forma, o posicionamento da linha de costa foi obtido para os anos de 1965, 1971, 1978, 1986, 2003, 2008, 2012 e 2014. Destaca-se que para o mapeamento da linha de costa foi utilizado o indicador da linha de preamar máxima, a qual é identificada nas imagens aéreas como o limite entre a areia seca e areia molhada (ESTEVES, 2003). Não obstante as ressalvas existentes quanto ao referido indicador, este foi adotado tendo em vista os seguintes fatores: a morfodinâmica da praia, que apresenta características dissipativa; a amplitude das variações que superam consideravelmente a amplitude da variação da largura média da praia; e o uso de uma série multitemporal de imagens que, de acordo com Muehe; Klumb-Oliveira (2014), reduz notadamente possíveis erros de intepretação. Já para a análise em curto prazo, foram identificadas as principais características da praia e da linha de costa com base na metodologia exposta pelos autores Bush et al (1999) e Souza; Suguio (2003). Estas consistem na identificação dos indícios de erosão, estabilidade e progradação da linha de costa. Para a análise do comportamento da linha de costa foram considerados os seguintes geoindicadores (BUSH et al, 1999, SOUZA; SUGUIO, 2003): Erosão - dunas ausentes ou com sobrelavagem; escarpas ativas ou remanescentes de dunas; vegetação ausente; canais de maré expostos na zona de arrebentação; estruturas fixas na praia destruídas; Erosão, com tendência a estabilidade - dunas escarpadas; turfa, lama ou tocos de árvores expostos na praia; praia estreita ou ausente na maré alta; vegetação efêmera; Acresção ou longo tempo de estabilidade - Dunas e praias supridas de sedimentos e vegetadas; Praias com bermas bem desenvolvidas; Ausência de sobrelavagem; Vegetação bem desenvolvida ao longo da linha de costa e pós-praia. Com o intuito de identificar os geoindicadores de modificação da linha de costa em curto prazo foram realizados trabalhos de campo nos anos e 2011 e 2015. Uma planilha foi elaborada e preenchida a partir dos geoindicadores físicos da praia/linha costa, a partir de pontos demarcados com o GPS a cada 1km, assim como entre os pontos quando ocorria mudanças no estado da praia. A partir da integração dos dados obtidos nos mapeamentos e trabalhos de campo, tornou-se possível a comparação entre os comportamentos da linha de costa em médio e curto prazo.

Resultado e discussão

Variações da linha de costa em médio prazo O presente estudo multitemporal realizou-se com base no mapeamento e sobreposição das linhas de costa para os anos de 1965, 1978, 1986, 2003, 2008 e 2014 (figura 1). Em função das diferentes tendências observadas para a linha de costa, a área foi dividida em três setores: Setor I – localizada nas adjacências da margem direita da desembocadura do rio Sergipe; Setor II – compreende a porção central da área estudada e; Setor III – compreende as adjacências da margem esquerda da desembocadura do rio Vaza-Barris (figura 2). No setor 1, na porção localizada mais ao norte da área investigada, na praia dos Artistas (vizinhanças da desembocadura) e na praia da Atalaia, identificou-se comportamento que caracteriza elevada variabilidade, apresentando comportamentos diferenciados entre as referidas praias. Entre 1965 e 1978 houve erosão, com recuo de até 400m nas proximidades da desembocadura (praia dos Artistas). Concomitante a este processo houve acresção em um pequeno setor da praia da Atalaia. Já entre os anos de 1978 e 1986 as proximidades da desembocadura mantiveram-se estáveis, enquanto a praia da Atalaia continuou o processo de progradação, com avanços de até 300m em relação ao ano de 1978. Entre os anos de 1986 e 2003, a linha de costa continuou o processo de progradação na praia de Atalaia, distando cerca de 500m da posição da linha de costa em 1965. Vale ressaltar que durante o referido período, entre a década de 1990 e 2000, foram construídos molhes, nas proximidades da praia dos artistas com o objetivo de conter a erosão costeira nas margens da desembocadura. Assim, a dinâmica natural da movimentação da linha de costa foi alterada neste setor pela interferência antrópica. Entre 2003 e 2008 o comportamento foi alterado, observando-se processo de erosão da praia da Atalaia, até então com processos sequentes de sedimentação, com recuo de mais de 100m. No período entre 2008 e 2014, registrou-se a continuidade da erosão na praia dos artistas, nas vizinhanças da desembocadura, fato que resultou no desaparecimento da faixa de areia em partes desta praia. Já na praia da Atalaia, a linha de costa manteve-se estável, na porção antes erodida. No setor II da área de estudo, a análise que compreendeu o período de 1965 a 2014, apontou para a ocorrência de pequenas variações no posicionamento da linha de costa, com alternância entre períodos de erosão e progradação, o que caracteriza a estabilidade em médio prazo deste setor. No setor III, localizado nas vizinhanças da margem esquerda do rio Vaza-Barris, na praia do Mosqueiro, foram identificadas grandes variações no posicionamento da linha de costa, tal como verificado no setor I. Houve progradação da linha de costa entre 1965 e 1978, em função de eventos deposicionais de grandes proporções, resultando em avanços de até 800m da linha de costa. Entre o período de 1978 e 1986 houve continuidade do processo de acresção nas adjacências da desembocadura, com pequeno recuo na porção leste. Após 1986 houve uma inversão do comportamento, com recuo da linha de costa de até 300m. Entre o período de 2003 e 2008, houve continuidade do processo de erosão da linha de costa, tendência esta que continuou entre os anos de 2008 e 2014, em menores proporções. Vale ressaltar que, mesmo com a tendência à erosão verificada para os últimos 20 anos, a linha de costa atual, 2014, ainda encontra-se progradada em relação à de 1965. Os dados obtidos a partir das análises da variação do posicionamento da linha de costa revelam que as áreas que mais estiveram sujeitas a eventos de erosão e sedimentação foram os setores adjacentes às desembocaduras. Tal característica corrobora os estudos de autores como Angulo (1993), Bittencourt et al (2001), Cooper (1999), Esteves (2003) e Wright (1977) e FitzGerald (1982) os quais definiram que as áreas que sofrem influência da dinâmica fluvial, tendem a ser altamente instáveis e apresentar elevada variabilidade devido a ação conjunta entre dinâmica fluvial e marinha. Análise em curto prazo dos geoindicadores de variação da linha de costa A frente litorânea de Aracaju foi analisada a partir dos geoindicadores de modificação da linha costa. Para tal, a linha de costa da área investigada foi subdivida em 24 setores de análise, a partir de 25 pontos demarcados em campo (vide figura 2). Tais pontos apresentaram equidistâncias de aproximadamente 1km. O setor I, que compreende os bairros da Coroa do Meio e Atalaia (entre os pontos 20 e 25) apresentou duas tendências diferenciadas. Observou-se processo de progradação contínuo em quase toda sua extensão, onde foi visualizada vegetação bem desenvolvida, a presença de algumas dunas frontais, pós-praia larga e vegetada com mais de 100m de comprimento em alguns pontos e presença de bermas. A exceção deste setor refere-se às adjacências da desembocadura do rio Sergipe, que se apresenta com características de praias em erosão (escarpas ativas, estruturas artificiais de contenção e faixa de praia ausente durante a maré alta). No setor II, que compreende as Praias da Aruana, Robalo, Refúgio e Náufragos (entre os pontos 6 e 20) observou-se tendência à estabilidade em todos os setores. Identificaram-se também evidências de processos erosivos pretéritos que resultaram no retrabalhamento de feições deposicionais, eólicas e marinhas, que deu origem a escarpas de praia, encontradas na maioria dos pontos analisados. Atualmente estas escarpas estão inativas, caracterizando a estabilidade da praia. Soma-se a este indício de estabilidade, a presença recente de vegetação sobre algumas escarpas e sobre a própria praia. No setor III, nas adjacências da desembocadura do rio Vaza-Barris, que compreende a praia do Mosqueiro (entre os pontos 1 e 6), foi identificado tendência preponderante à erosão, com poucos setores com indícios de estabilidade. Com base nos dados expostos, notou-se que em curto prazo houveram comportamentos diferenciados entre os setores, que em muito se assemelharam à tendência geral do comportamento da linha de costa em médio prazo. Na figura 3 e 4 são apontadas as consequências dos principais processos erosivos que ocorreram na costa aracajuana nos últimos anos. Destaca-se que em ambos os casos os prejuízos econômicos são advindos da construção de estruturas fixas em locais de elevadas variabilidade morfodinâmica, sem prévios estudos da dinâmica costeira. A figura 3 demonstra severa erosão ocorrida entre 2004 e 2008, na margem esquerda da desembocadura, o qual ocasionou a destruição parcial da rodovia José Sarney. Vale ressaltar que no período em que a rodovia foi construída, década de 1980, a linha de costa encontrava-se bastante progradada em relação a décadas anteriores, em função de um ciclo deposicional de elevadas proporções, fruto da atuação das barras associadas ao delta de maré-vazante. O ciclo de erosão subsequente provocou recuo da linha de costa afetando a referida estrutura. Já a figura 4 aponta a destruição de estruturas de lazer, ocorrido entre os anos de 2007 e 2008 fruto de processo similar ao ocorrido na outra desembocadura. Atualmente esta área encontra-se com indícios de estabilidade, tendendo à progradação.

Figura 1 - Variações no posicionamento da linha de costa entre 1965 e

Figura demonstra as modificações de posicionamento da linha de costa em médio prazo para Aracaju/SE.

Figura 2 - Setores de análise da linha de costa

Figura destaca os pontos demarcados em campo, associado a divisão da costa em três setores de análise.

Figura 3 - Processo erosivo na margem esquerda da desembocadura do rio

A figura aponta para processo erosivo decorrente da elevada variabilidade morfodinâmica dos ambientes de desembocadura.

Figura 4 - Erosão costeira nas proximidades da desembocadura do rio Se

A figura demonstra a evolução de um processo erosivo severo que resultou na destruição de estruturas fixas.

Considerações Finais

A análise em curto e médio prazo das variações morfológicas da linha de costa das praias estudadas revelaram dois comportamentos distintos. As praias adjacentes às desembocaduras fluviais apresentaram as maiores modificações de posicionamento da linha de costa, ao longo dos 50 anos estudados, com variações de até 800m. Variações estas, resultantes dos processos de sedimentação e erosão recorrentes neste ambiente. Já as praias que entremeiam as duas desembocaduras apresentaram menores variações, tanto em médio quanto em curto prazo, com destaque para o efeito da sazonalidade nas mudanças morfológicas destas. A análise prognóstica da frente litorânea de Aracaju revela uma tendência clara ao acréscimo da ocupação, em função da elevada especulação imobiliária para os terrenos que margeiam as praias. Nesse sentido, reforça-se a necessidade de medidas preventivas, a fim de evitar possíveis prejuízos socioeconômicos advindos de conflito entre dinâmica natural e mau uso do ambiente costeiro. Tais medidas podem ser tomadas tendo por respaldo o estudo da morfodinâmica praial em médio e curto prazo, o qual pode fornecer dados que possibilitem o ordenamento da ocupação de forma mais acurada, tendo em vista a dinâmica do ambiente costeiro.

Agradecimentos

Referências

ANGULO, R.J. A ocupação urbana do litoral Paranaense e as variações da linha de costa. Boletim Paranaense de Geociências. v.41, p.73-81, Curitiba, 1993.

BITTENCOURT, A.C.S.P.; MARTIN, L.; DOMINGUEZ, J.M.L.; SILVA, I.R.; SOUZA, D.L.A Significant Longshore Transport Divergence Zone at the Northeastern Brazilian Coast: Implications on Coastal Quaternary Evolution.Anais da Academia Brasileira de Ciências. Vol. 74, n 3, Rio de Janeiro, 2001.

BUSH, D.M.; NEAL, W.J.; YOUNG, R.S.; PILKEY, O.H.; Utilization of geoindicators for rapid assessment of coastal-hazard risk and mitigation. Ocean & Coastal Management 42. p.647-670, 1999.

COOPER, J.A.G. The role of extreme floods in estuary-coastal behaviour: contrasts bewtween river-and tide dominated microtidal estuaries. Sedimentary Geology ( ISSN: 0037-0738). 150: 123-137, 2002.

DAVIS, R.; FITZGERALD, D. Beach and Coasts. Blackwell Science Ltd. Austrália. 2004.

DHN. Tábuas de maré. Marinha do Brasil, Diretoria de Hidrografia e navegação. Disponível em http://www.dhn.br. Acesso em 06 de junho de 2015.

DOLAN, A.H.; WALKER, I.J. Understanding vulnerability of coastal communities to climate change related risks.Journal of coastal research.Special Issue 39, 2004.

ESTEVES, S. L. Estado-da-arte dos métodos de mapeamento da linha de costa. Instituto de Geociências, UFRS, 2003.

FITZGERALD, D.M.- Sediment Bypassing at Mixed Energy Tidal Inlets. Coastal Engineering.n. 18. 1982. DOI: http://dx.doi.org/10.9753/icce.v18.%25p.

HANSOM, J.D. People and coasts. In: Coasts. First Published 1988, Cambridge: 1988.

OLIVEIRA, M.B. Caracterização integrada da linha de costa do Estado de Sergipe – Brasil. Dissertação (Mestrado) - Cursos de Pós-graduação em Geologia, Igeo, UFBA, 2003.

SOUZA, C.R.G.de, SUGUIO, K. The coastal erosion risk zoning and the São Paulo state plan for coastal management. Journalof costal research. p. 530-547, 2003.

STIVE, M.J.F.; AARNINKHOF , S.G.J. , HAMM, J, HANSON, H.; LARSON, M.; WIJNBERG, M.K. NICHOLLS, R.J.; CAPOBIANCO, M. Variability of shore and shoreline evolution. Coastal Engineering 47, 211– 235, 2002.

WRIGHT, L.D. Sediment transport and deposition at river mouths: A synthesis. Society America Bulletin. v. 88, p.857-868, 1977.